sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capítulo 26 - Did you feel that?

Eu já estava a duas semanas de molho em casa. Tinha conseguido ser afastada uma semana da escola e agora eu esperava para conseguir retomar minhas atividades normais.
Nessas duas semanas eu tinha virado uma digna dona de casa. Quando retomei as aulas Ian me levava para escola e depois ia para o trabalho. Eu ficava seis horas naquele hospício e depois voltava para casa junto com Candicce(porque agora erámos praticamente vizinhas) chegando em casa eu fazia meus deveres, descansava um pouco e então ia para internet procurar uma receita de comida para fazer para o meu “marido” para depois ficarmos ou na cama ou no sofá namorando.
Eu e Mike já estávamos perfeitamente instalados na nova casa. Mike não poderia estar amando mais, Ian era a paixão de sua vida e por alguns momentos senti ciúmes do meu cachorro. Eu também não poderia estar mais contente (a medida do possível), acordava e ia dormir ao lado de Ian, para que coisa melhor ? Sem falar que Ian estava tentando de tudo e mais um pouco para me deixar feliz e me fazer esquecer o conflito com a minha mãe.
Minha barriga agora já estava visível e eu não conseguia mais esconder a gravidez (na verdade, eu nem escondia mais porque realmente não tinha motivos). Assim que voltei para escola, todo mundo já sabia que eu estava grávida então perguntas e caricias em minha barriga não faltavam, principalmente quando o carro preto e brilhoso de Ian parou em frente ao colégio pela primeira vez (e que por sinal, chamava muita atenção).

...

Estávamos deitados assistindo televisão, ou pelo menos eu estava tentando. Ian acariciava minha barriga para chamar atenção de Alice e eu estava quase dormindo em seus braços principalmente quando sua mão estava em minha barriga fazendo um carinho gostoso. Me espreguicei um pouco na cama tentando me manter acordada e voltei a abraçar Ian, me aconchegando melhor em seu peito.
– O que foi isso ? – Ian me perguntou “assustado” quando sentiu Alice mexendo.
– Você sentiu ? – Sorri.
– Claro!
– Foi ela...
– Sério ? – Se sentou me levando junto.
– Siim!
– Oi bebê, papai aqui! – Se debruçou sobre minha barriga conversando com Alice.
– Agora ela parou... Está reconhecendo sua voz. Fale de novo!
– Vamos, vamos dar uma boa noite para o papai... – Me olhou com lágrimas nos olhos e um sorriso bobo no rosto. Peguei sua mão e coloquei bem onde ela estava e com três dedos apertei de levinho e ela que respondeu com um chute fraquinho. – De novo – Sorriu.
– Papai, criança... – Mais um chute.
– Filha, fica grandona rápido e venha pra cá com a gente! – Ian enchia o peito para falar com Alice e sua voz ficava toda orgulhosa em chama-la de filha.
– Ela gostou da sua voz, parece que deram café a ela, não para de se mexer.
Ian não respondeu nada, só me olhou terno e atacou meus lábios em um beijando cheio de paixão. Deixei nossas mão unidas em minha barriga durante o beijo enquanto ele ia me puxando para mais perto com a mão livre pela cintura. Usei também meu braço livre também e o abracei pelo pescoço intensificando o beijo...
Aproveitei o máximo a sensação da dança que nossas línguas faziam, acabando com as saudades e um beijo como esse. Senti falta da intensidade de nossos beijos, agora Ian estava evitando o máximo beijos com essa urgência porque eu sempre tentava transforma-los em algo a mais (não posso fazer nada se meu libido tinha aumentado horrores) e ele não queria sempre me afastar ou tentar testar seu auto controle. Mas dessa vez eu não extrapolei, só deixei ser levada pelo momento aproveitando o máximo possível já que não sabia quando iriamos nos beijar de novo desse jeito...
Ian encostou nossos narizes para que tomássemos fôlego, mas eu voltei a encostar nossas bocas o dando selinhos demorados e estralados recebendo uma mordida em meu lábio inferior me fazendo sorrir.
Naquela altura eu já nem sabia mais se Alice tinha parado de mexer ou não, a única coisa que eu realmente estava prestando atenção era nos arrepios que a mão quente e máscula de Ian quando ele tocou minha face e foi para minha nuca agarrando meus cabelos para me puxar para mais um beijo daqueles.
Ah, seus beijos eram tão convincentes, parecia que estaríamos ligados em um só a qualquer momento... Controlei o máximo a vontade de começar a despi-lo e só contornei sua cintura o puxando para mais perto. Ian usou a mão que estava em minha cintura para me acariciar por cima da minha camisola com as pontinhas dos dedos tornando ainda mais convincente meu desejo.
Me deixei levar mais ainda, subi minhas mãos pelo seu peitoral e fui para seu pescoço para chegar em seu rosto. O peguei com delicadeza, o acariciando, me deliciando com as pinicadinhas que sua barba para fazer causava em minha mão. Continuei com as caricias, fui para seu pescoço novamente e segui para sua nuca onde eu entrelacei meus dedos em seus sedosos fios pretos.
– Acho bom pararmos... – Ele sussurrou ofegante contra meus lábios. Era obvio que ele iria me parar, obvio.
Em resposta eu só resmunguei, não iria discutir com ele, se ele não quisesse não iria força-lo... Ian riu e me puxou para seus braços me aconchegando no calor de seu peito enquanto eu tentava me conformar de ter sido rejeitada mais uma vez...

Um comentário:

Não saía sem comentar (: