Capítulo 27 - Horny as hell

Ok, toda essa conversa de “vou respeitá-lo e não vou forçar” estava me consumindo aos poucos.
Não sei como Ian conseguia estar tão firme nessa ideia de não-sexo. Mesmo depois de minha médica ter me liberado e depois de ter dito que não faria mal e que seria até bom para nossa relação ele ainda não se entregava e estava sempre de bom humor...
Na minha cabeça comecei a fantasiar milhões de coisas. Ian não queria sexo, estava sempre de bom humor, ele só poderia estar com outra... Esse era a única justificativa logica para o que estava acontecendo. Meu namorado estava me traindo e eu tinha quase certeza disso!
Eu também eu não o culpava. Eu estava engordando horrores, minha barriga estava ficando cada vez maior e com certeza eu já não o excitava mais como antes... Era obvio que ele iria procurar outra fonte de prazer.
Mas mesmo pensando nisso eu ainda o desejava (e muito), eu ainda queria tê-lo... Precisava confirmar essas minhas teorias se não minha cabeça não descansaria tranquila no travesseiro.

Pensando nisso eu me arrumei, coloquei uma lingerie vermelha (na verdade, coloquei apenas a calcinha já que o sutiã estaca apertado por motivos óbvios) e por cima uma camisola da mesma cor. Eu iria tentar pela ultima vez que ele dormisse comigo, se ele resistisse, todas as minhas teorias seriam confirmada.
Dei uma ultima olhada em minha imagem no espelho, ficando mais vermelha que minha roupa... Sim, eu estava com vergonha de sair do banheiro daquele jeito. Por mais íntimos que eu e Ian erámos, me sentia extremamente amadora nesses assuntos principalmente quando eu estava tentando seduzi-lo.

Criei coragem e sai do banheiro. Ian estava deitado na cama com uma regata branca e um samba canção bordo, bem do jeito que eu queria...

– Uh, estamos sexy essa noite ein! – Me mediu de cima a baixo.
– Comprei já faz um tempo... Melhor usar antes que não caiba mais – Dei de ombros me sentando ao seu lado.
– Sem sutiã ? – Perguntou olhando meus seios.
– Não esta cabendo mais... – Sorri.
– Ela esta mexendo ? – Colocou a mão em minha barriga.
– Não, está quietinha... Mas eu sei como acordá-la – Sorri perversa deitando a cabeça em seu ombro.
– Nina, nina....
– Porque não? – Gemi.
– Nina... – Me repreendeu tirando minhas mãos de sua nuca e nos separando.
– Por favor Ian, eu estou com saudades de você! – Arrumei o cabelo sem jeito.
– Mas eu estou aqui. – Sorriu torto.

Como que ele conseguia não estar no mínimo excitado quando eu estava tão entregue a ele, implorando para tê-lo, quase nua colada em seu corpo? Sinceramente eu não fazia a menor ideia de como isso era capaz...

– Eu estou gorda, não estou ? – Falei cabisbaixa.
– Oi ? – Riu.
– Não estou mais... mais... – Mordi o lábio nervosa. – mais te agradando tanto como antes. – Desviei o olhar não querendo encará-lo de tanta decepção e vergonha.
– Você não pode estar falando isso! – Riu mais alto.
– Ian,vou te entender se for isso... Sério, eu mesma já percebi os quilinhos a mais, umas gordurinhas. – Ian pegou meu rosto novamente e fez com que eu o olhasse, mas mesmo assim desviei o olhar para outro ponto.
– Olhe para mim! – Exigiu. Demorei um pouco para obedecê-lo, mas logo desisti e olhei dentro dos seus olhos. – Nunca mais, nunca mais mesmo fale uma coisa dessas, ok ? – Sorriu divertido.

Eu estava me sentindo o homem da relação, daqueles que imploram para a mulher pra que elas dormissem com eles mas elas continuavam negando falando que estavam com dor de cabeça ou que não estava afim... Ainda não conseguia entender como que ele conseguia estar tão forte em relação a isso, principalmente sendo homem... A não ser que ele realmente tivesse outra. Outra para saciar seus desejos, para suprimir a tensão do dia... Sim, uma amante.
Pensar nessa possibilidade fez meus olhos encher-se de lágrimas e meu peito fisgar de dor.

– É outra não é ?
– Repete! – Riu.
– É isso mesmo... Outra mulher – Senti uma lágrima quente escorrer pelo canto da minha face e eu me odiei demais por estar chorando na frente dele.
– Nina, de onde você tirou isso?
– Pode me falar... – Funguei.
– Não tem cabimento uma coisa dessas, Nina Dobrev! – Me olhou sério limpando minhas lágrimas bobas. – Juro que eu não ouvi isso, você é única para mim e sempre será! Eu não sinto vontade de transar com ninguém a não ser você!
– Então por favor Ian, nós temos que aproveitar enquanto Alice não está aqui e enquanto a barriga não atrapalha tanto... – O olhei pidona e novamente deixei minhas mãos em sua nuca e com as unhas fiz um cafune nos seus cabelos. – Faça amor comigo... – Sussurrei entre seus lábios enquanto fazia carinho.
– Você sabe o quanto é difícil resistir quando você me pede desse jeito ? Principalmente fazendo esse cafune gostoso ? – Agarrou minha cintura e eu arrepiei.
– Então não resiste... – Acariciei sua pele com o nariz.

Ian soltou um suspiro e então virou seu rosto para me beijar. Começamos com a mesma intensidade do beijo de ontem só que com muito mais desejo. Me sentei em seu colo o deixando no meio de minhas pernas e suas mãos que estavam na minha cintura desceram pela lateral do meu corpo até chegar nas minhas coxas e as apertando com força. Sem querer ficar para trás, comecei a mover minhas mãos também indo para seu peitoral até a barra de sua blusa que logo a tirei para voltar a tocá-lo. Acariciando cada parte daquele seu peitoral delicioso, passando os dedos no seu peito, no abdômen e nos seus braços musculosos aproveitando sua pele macia e gastando minhas unhas nela.

Sua boca desceu pela minha mandíbula e foi para o meu pescoço dando leves beijos e fortes mordidas me enlouquecendo cada vez mais. Ian subiu as mãos para os meus quadris, foi para minhas nádegas as apertando e me colando mais em si. Desceu um pouco mais até a barra da minha camisola para tirá-la e eu o ajudei levantando meus braços. Foi impossível não e arquear meu tronco quando sua boca tocou meus seios, contornando minha aureola com a pontinha da língua, depois os abocanhando e chupando na medida certa. Era disso que eu sentia falta, de sua boca quente em meu corpo, de suas mãos grandes me massageando... Ah, eu precisava ele dentro de mim!

Só percebi que estava deitada na cama quando o gelado dos lençóis fez minha pele em fogo arrepiar. Ian demorou mais um bom tempo em meus seios, os apertando e passando meus mamilos entre seus dedos, com a língua e os mordendo levemente. Então foi descendo pela minha barriga me fazendo temer que parasse, mas ele continuou... Desceu até a minha intimidade a dando um beijo por cima da calcinha mesmo e continuou a descer indo para minhas coxas ignorando totalmente o local que eu mais queria ser tocada. Minhas pernas foram abertas sem muita delicadeza e sua boca quente tocou o interior das minhas coxas, as beijando e mordendo, deixando meu corpo inteiro em fogo. Simplesmente não percebi quando ele retirou minha calcinha e quando me tocou ali com a língua me pegando totalmente desprevenida. Um grito, sim um grito de prazer saiu de mim ao sentir sua língua percorrer todo o meu sexo, massagear meu clitóris e o chupando.

– Iaaann... – Gemi agarrando o lençol. O senti sorrir vitorioso contra mim e continuar seu trabalho. Sínico! Era obvio que me enlouquecer daquele jeito, me ouvir gemer seu nome só ajudava a massagear seu ego... Mas sabe, eu estava excitada demais para ligar e parar de implorar por mais. Outro grito saiu de mim quando ele penetrou um, não, dois dedos em mim e começou com os movimentos de vai e vem.
Minha mente já estava em branco, já não raciocinava direito e só me concentrava no prazer que sua boca estava me proporcionando e naquela onda de calor que me atingiu bem em baixo do ventre.

Ian subia pela minha barriga com mais beijos e lambidas me excitando novamente aos poucos enquanto eu tentava me recompor do recém-orgasmo. Ele ficou na altura do meu rosto, com corpo ainda vestido por cima do meu completamente nu apenas se apoiando com as mãos ao lado do meu rosto.

– Você está vestido... – Gemi manhosa e ele sorriu perverso. Com as mãos, passeei por cada parte do seu peitoral, passei para suas costas, pelo seu quadril e então acariciei toda a extensão dela o deixando arrepiado quando as pontinhas dos meus dedos subiam e desciam em sua espinha.
Sem esperar abaixei seu samba canção e fui com a mão até seu membro entre nossos corpos mesmo. Ian desmoronou em cima de mim afundando a cabeça entre meu ombro e meu pescoço enquanto eu o massageava. Comecei lentamente com meus movimentos de vai e vem e quando percebi que ele já começava a tentar se mover contra as minhas mãos, acelerei só um pouquinho o ritmo. O peso dele estava todo em cima de mim, mas eu pouco ligava, estava adorando ouvir meu nome sendo sussurrado em meu ouvido. Brinquei com seu membro entre meus dedos, o arranhei levemente e quando voltei com meus movimentos o senti tremer em cima de mim enquanto ele jorrava em minha mão.

Esperei ele se recompor e o puxei para um beijo. Nos beijamos avidamente, repletos de desejo e paixão. Um beijo que era luxuria misturado com amor, muito amor.
Ian se ajeitou no meio de minhas pernas ficando bem na minha entrada, me provocando enquanto só me penetrava uma parte e depois saía repetidas vezes...

– Iaaan, vai logo! – Exigi manhosa tentando puxar seu quadril para mim. Mas mesmo assim ele continuou... Só que dessa vez me penetrando com uma boa parte e saindo novamente.

Rebolei contra ele, movi meu quadril, mas mesmo assim não foi suficiente para que ele me preenchesse.

– Cretino, nojento, sínico! Se você acha que eu vou... – Falei brava mas logo fui interrompida por um urro de prazer quando ele me penetrou com força de uma só vez. – Aaaaaah... – Levei minhas mãos até suas costas o aranhando com força.

E ele continuou, com as estocadas fortes, parecendo que queria encontrar meu fim. Quando mais eu gemia por ele, mais ele me obedecia e eu o arranhava deixando minhas marcas. Eu estava quase lá, podia sentir o prazer bem pertinho, mas Ian parou... Parou de se mover me enlouquecendo.

– Não... não, para... – Gemi tentando continuar. Ian abriu mais minhas pernas se ajeitando melhor ali.

– Vem, comigo... – Sussurrou contra os meus lábios e me beijou apaixonadamente. Conforme sua língua se movia dentro da minha boca, ele começou com seus movimentos novamente, só que dessa vez mais lentamente, aumentando aos poucos.

Eu não agüentava tamanha lentidão e movi minhas mãos que estavam nas suas costas, desci para sua cintura e continuei até suas nádegas descontando todo meu prazer nelas as empurrando contra mim aumentando as estocadas.

Novamente o peso de Ian desmoronou em cima ao meu corpo apenas aproveitando a nossa ligação.

– Ahuuum, quase, Nina. – Ian gemeu no meu ouvido. Eu só o puxei mais algumas vezes e juntos, chegamos ao clímax.

Ian continuou em cima de mim enquanto nos recompúnhamos lentamente. Continuei acariciando seu corpo, com uma mão subindo e descendo pelo vão de suas costas e com a outra fazendo um cafuné em sua nuca.

– Como você acha que eu vou me recompor com essas suas mãozinhas deliciosas me acariciando... – Sussurrou contra meu pescoço.

– E como você acha que eu vou me recompor com seu corpo delicioso, completamente nu sobre o meu. – Ri mordendo seu lóbulo.

– Então não seja por isso... – Riu saindo de cima de mim para deitar na cama e me puxar para o seu peito.

– Não pedi para sair. – Resmunguei.

– Vamos amassar a Alice desse jeito... – Me aninhou em si.

– Não vamos, não... – Levantei minha cabeça para beijar seu peitoral.

Voltei a me deitar em seu peitoral, deixando ser tomada pela sensação única de pós-sexo e pela minha sua mão percorrendo minha espinha como eu fiz com ele antes.

Esperei um pouco para que nossas respirações se acalmassem mas ainda assim estava dividida entre deixar o cansaço tomar conta de ou atacá-lo para fazermos um segundo round. Por mais cansada e com sono que eu estivesse, ter as suas mãos em meu corpo era muito mais gostoso que dormir... Argh, malditos hormônios que me deixavam extremamente excitada a qualquer toque de suas mãos fortes.

Levantei minha cabeça e subi em cima dele para beijá-lo.

– Eu quero mais... – Sussurrei contra seus lábios.

– Mais ? – Riu.

– Mais... – Sorri mordendo forte seu lábio.

– Mas essa minha mulher está insaciável! – Acariciou minha bochecha e minha mandíbula com dois dedos me fazendo revirar os olhos pelo carinho. Sua mão foi para minha nuca, prendendo meus cabelos entre os dedos, me puxando para um beijo feroz e nos sentando na cama.

Enquanto nos beijávamos, voltei minhas mãos para seu peitoral, tocando todo seu abdômen, passando as pontinhas dos dedos nos gominhos de sua barriga, subindo para seu peito e voltando para sua nuca e agarrando seus cabelos.

Deixei sua boca e fui para sua mandíbula a mordendo sensualmente. Segui para sua orelha, lambiscando em volta dela e mordendo um tanto forte seu lóbulo. Enrolei mais seus cabelos entre meus dedos e puxei sua cabeça para o lado dando espaço para que minha boca o tocasse.

Ian gemeu alto soltando um riso rouco pelo meu ato um tanto agressivo, e eu comecei a intercalar minhas caricias entre beijos, lambidas e mordidas enquanto ele se deliciava em minha cintura, minhas coxas e nas minhas nádegas me puxando para mais perto.

Me ajeitei nele e com apenas um movimento fiz com que ele me penetrasse. Não liguei em começar com movimentos suaves e cavalguei em seu colo rapidamente.

Nossos gemidos eram altos e a cama rangia tanto que dava a impressão de que iríamos quebrá-la, eu não estava nem ai, eu o desejava demais, o amava demais para ligar para os vizinhos ou para cama... Não conseguia me controlar. Eu sentia que a cada vez que fazíamos amor nosso sentimento crescia mais e mais. Parecia que aquela terrível luxuria e desejo que sentíamos um pelo outro nunca iria passar e que cada vez que transávamos era uma melhor que a outra (pelo menos para mim).

– Te amo, te amo demais... – Sussurrei diminuindo as investidas para prolongar o momento.

– Aaaah, Nina. – Agarrou minha cintura ditando um novo ritmo.

Sentindo meu corpo virar gelatina pelo seu toque, me entreguei, deixando meu corpo todo a mercê dele. Derrubei minha cabeça em seu ombro e com mais alguns movimentos meu corpo inteiro tremeu e seu orgasmo me atingiu quente.

Não sei quanto tempo passou quando eu o abracei melhor, me acalmando aos poucos, sentindo nosso cheiro misturado em sua pele.

– Está satisfeita ? – Tirou meus cabelos do rosto e das minhas costas os colocando para o lado para tocar melhor meu corpo suado.

– Por ora... – Sorri contra seu pescoço aproveitando mais dos nossos cheiros nele.