sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capítulo 42 - Christmas

Aah Dezembro; o mês mais esperado por mi... Já falei como amo o Natal? Todas aquelas comidas, todas as decorações, as músicas, o clima "frio" e agora eu estava mais feliz ainda que justamente nesse mês faltaria só mais um para ter minha pequena nos braços... Sem nem falar que agora eu tinha uma família de verdade para passar as festas de fim de ano. Precisava de mais coisa?

Parecia que eu iria ficar grávida para sempre, quanto mais eu contava o tempo para ela nascer mais longe ficava. Principalmente agora que ela tinha mudado de posição, que tinha descoberto que seu pezinho cabia direitinho no vão de minhas costelas e que minha bexiga conseguia ser um ótimo travesseiro. As vezes eu levantava cinco vezes para ir ao banheiro com a impressão de que eu tinha bebido vinte litros da água, mas quando chegava lá era tudo alarme falso só pela pressão de sua cabeça em minha bexiga, com isso ganhei passe livre na escola em todas as aulas, poderia sair a hora que quisesse e em que aula quisesse só para ir ao banheiro...

Benefícios a parte...

Minha barriga estava enorme, crescia a cada a segundo se duvidar... Alice já não tinha espaço quase para se mover e quando ela se mexia, que era o dia inteiro, minha barriga também se mexia, era tão engraçado, parecia uma maquina de lavar roupa... Sem mais reclamações, eu amava estar grávida mas também queria ter ela comigo.

Como estava nos últimos meses concordamos em não viajar novamente para o Canadá pro Natal e por isso a família de Ian iria vir para Malibu só para passarmos tudo junto.

– Que horas eles chegam? - Perguntei impaciente ao lado de Ian no sofá.
– Pequena, já te falei que o vôo deles esta previsto para chegar daqui umas duas horas ou mais... Se acalme - Riu trocando de canal.
– Estou me sentindo tão mal por não poder hospedá-los aqui em casa. Parece que estamos negando eles... - Apoiei meu queixo em seu ombro e fiquei brincando com os cabelos de sua costeleta.
– Fique calma, eles entendem que não temos espaço aqui... - Falou ronronando devido aos meus carinhos.
– Serio mesmo? - Manhei.
– Seríssimo! - Assentiu com beicinho se roçando mais em mim.
– Mas pelo menos eles vão ficar sempre com a gente, não é? - O imitei com o beicinho.
– Vão sim! - Riu. - e por isso - Me puxou para mais perto dele olhando para mim com o olhar sensual. -Eu acho que.. - Pegou meu rosto emaranhando seus dedos em meus cabelos e roçou nossos lábios. - Devemos aproveitar essas duas horas...- Mordeu meu lábio. - Não concorda? - me deu leves selinhos puxando meus lábios para ele.

Sorri contra sua boca e levei minhas duas mãos para sua nuca enquanto ele descia pela minha "cintura". Enquanto nos beijávamos avidamente, montei em seu colo o deixando no meio de minhas pernas e tomando controle do beijo.

Eu não queria sexo, mas uns amassos não custava nada, não é mesmo? Pois é mas não era isso que Ian estava planejando...
Suas mãos passeavam pelas minhas coxas, apertavam minhas nádegas e puxam meus quadris em direção ao seu peito. Em questão de segundos seu colega foi criando tamanho contra meu centro deixando clara sua intenção. Suas mãos entraram por baixo de minha blusa seguindo até o fecho do meu sutiã tentando abri-lo.
– Ian... - O segurei pelos ombros o separando de minha boca e ele aproveitou para seguir para o meu pescoço. - Para para... - Continuou em meu pescoço mesmo eu tentando empurrá-lo. - Ian... - Peguei suas mãos e prendi ao lado de seu corpo.
– O que foi? - Me olhou confuso.
– Não quero Ian...
– Não? Porque não?
– Não da, não consigo. Estou enorme, minha barriga ta imensa e eu não sei nem como fazer isso com ela tão grande... - Corei ao imaginar aquela cena bizarra.
Não sabia se isso era fisicamente possível de ser feito. Eu mal conseguia dormir por causa dela quem dirá fazer essas coisas...
– Como a gente fazia, oras! - Riu.
– Mas ela não estava tão grande como esta agora...
– Não vejo diferença! - Brincou. - Mas a gente encontra um jeitinho bem confortável- Arqueou as sobrancelhas malicioso. - Pra isso podemos tentar bastante até encontrar, o que acha?
– Ian... - Gemi em reluta. - Não quero...
– Nina, não fazemos amor desde que estávamos no Canadá.
– Eu sei amor, mas eu simplesmente não consigo, não quero, não estou afim... - Sai de seu colo mas ele se levantou comigo voltando a colar nossos corpos.
– Nina, como você tem coragem de me deixar assim? - roçou seu membro em mim e eu tive que morder o lábio para conter o riso pelo tamanho que ele já estava.
– Juro que depois que Alice nascer e assim que eu estiver liberada te recompenso por todo esse tempo... - Fiz biquinho.
– Mais uns meses? - Me olhou boquiaberto e eu assenti. - Não pode ser verdade...
– Mas é, agora se sente ai que eu vou tomar banho e me arrumar para irmos pegar sua família. - Dei um selinho nele. - Ah, acho bom você sentar essa bunda - Desci minhas mãos até suas nádegas e as apertei forte o provocando. - Nesse sofá e esperar eu ficar pronta... - Sorri levemente.
– Argh você me paga, Nina! - Passou as mãos nervoso pelo rosto e ajeitou os cabelos.
– Não vejo a hora, querido. Mas por enquanto vai só imaginando... - Ri saindo da sala.

Não, eu não queria dar o troco por ele ter me deixado na vontade no inicio na gravidez, mas eu realmente não queria...

Enquanto eu tomei banho, Ian ficou na sala me esperando e depois foi se arrumar. Assim que estávamos prontos fomos para o aeroporto pegar sua família.

...

– Clarisse tem como você deixar o cachorro da sua tia em paz? - Robin repreendeu a filha que não tinha parado de brincar com Mike desde que chegou.

Estávamos no quarto de Alice esperando a nossa ceia que tínhamos encomendado chegar, eu sentada na cadeira de amamentar, Edna em um pufe no canto de quarto e Clarisse e Robin no chão enquanto conversávamos e víamos as coisas de Alice e Ian e o pai assistiam jogo na sala.

– Deixa ela Robin, ultimamente Mike esta muito sozinho, eu não tenho conseguido dar muita atenção para ele. É ótimo que Clarisse brinque com ele.
– Viu mamãe e eu quero brincar com ele porque você não quer me dar um cachorrinho...
– Você já tem um monte lá em casa... Aqueles de pelúcia -Riu.
– Sem graça... - Clarisse mostrou a língua.
– Ok pelo menos assim conseguimos conversar - Edna falou. - Clarisse esta ocupada.. - Riu.
– Nina, precisamos te contar uma coisa... - Robin falou calma dobrando um tiptop em seu colo.
– Uh, não gosto desse tom de voz - Falei. - O que houve?
– Melissa esta indo morar em Nova Iorque semana que vem.. - Suspirou e não continuou. - Não só ela... Mas a ex de Ian também.
– Meghan? - Perguntei.
– Ela mesma...
– E você esta me contando isso porque...
– Porque vocês estão indo morar lá e acho que deveria saber para não ser pega de surpresa caso encontre alguma das duas por acaso na quinta avenida ou central park... - Deu de ombros.
– E você acha que eu deveria me preocupar com alguma das duas? – Perguntei. - Digo, elas seriam um problema na minha relação com Ian?
– Nina, Ian te ama e quando o assunto é mulher, você é a única para ele... Então acho que não, você não precisa se preocupar... Mas sabe, é sempre bom ficar pronta para tudo por isso te avisei.
Bom, eu iria confiar afinal, Robin era irmã de Ian e o conhecia como ninguém.
– Então, posso ser vizinha das duas - Sorri orgulhosa. - Obrigada pelo aviso Robin.
– Falando em ser vizinhas - Edna me olhou animada. - Robert esta querendo abrir uma clinica medica junto com Robin em Nova Iorque e deixar alguém de confiança da família cuidado dos negócios no Canadá! - Bateu palma feliz.
– Não acredito! - Falei.
– Sim! Não é demais? - Ela respondeu.
– Assim podemos criar nossas filhas juntas, Nina! - Robin falou animada. - Clarisse gostou tanto de ti e esta tão animada com a prima que eu não posso separá-las.
– Vocês não sabem o quanto eu fico feliz em saber que vamos morar todos juntos, mal vejo a hora. - Falei animada. - Mas e o pai de Clarisse?
– Nós estamos nos acertando aos poucos... Ele esta sendo mais compreensivo comigo e entendendo que minha profissão não é fácil - Explicou. - E que não é porque eu estou de plantão de noite ou aos finais de semana que eu não o amo... Ele também precisa entender que minha mãe tem a vida dela e que não esta sempre a disposição de Clarisse e que ele precisa cuidar dela também...
– Tudo vai dar certo, da para perceber que você ainda gosta dele, tenho fé em vocês, Robin - Falei compreensiva.
– Obrigada Nins... - Sorriu. - Olha só amor que pequeno esse sapato - Mostrou para Clarisse um par de sapatinhos brancos.
– Mamãe, esse é da boneca dela?
– Não filha, é da Alice mesmo... Lindo né?
– Tia, como que a minha prima vai sair daí? - Se levantou e veio até mim se debruçando na guarda da minha poltrona e acariciando minha barriga.
– Bom... - A olhei pensativa pensando em um jeito não muito assustador de contar para ela como Alice iria nascer. - É... É assim... O medico vai dar um remedinho para a tia não sentir dor e então vai fazer um corte bem aqui - Mostrei a região abaixo a minha barriga. - E vai tirar sua prima...
– Vai doer muito... Nunca vou plantar uma sementinha na minha barriga. - Falou meio perplexa e eu não consegui não rir de sua inocência.
– Pronto Cla, agora venha brincar com a mamãe venha... Quando você for mais velha conversaremos sobre esse assunto, ok?

Clarisse assentiu mesmo sem entender e foi brincar com Robin e Mike.
Esperamos mais um tempo e nossa ceia chegou, arrumamos a sala para a comermos e esperamos meia noite para nos sentarmos todos juntos.

Aquele foi de longe o Natal mais animado que eu já tive... Era tão bom ter eles por perto e só de pensar que todos os meus natais seriam assim eu me animava terrivelmente.
Tinha família mais perfeita? Não, realmente não tinha...

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