sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capítulo 23 - No sex? Really?

Estávamos em sua casa namorando no sofá depois de termos saído do segundo ultrassom. Ian não conseguia conter sua felicidade quando descobrimos que o nosso bebê era uma menina. O caminho inteiro ele tagarelou, fazendo planos de como seria seu quarto, as roupas dela, como ele iria mimá-la e enche-la de bonecas...
– Ela está mexendo ? – Perguntou colocando a mão em meu ventre.
– Está sim... – Agora eu começava a senti-la mexer com mais frequência e às vezes um pouco mais forte mas ainda assim não era forte o bastante para os outros sentirem.
– E porque eu não sinto ? – Me olhou triste.
– Porque ela é pequena ainda... – Comecei a fazer carinho em seus cabelos enquanto sua cabeça estava em minha barriga.
– Quando vou começar a senti-la ?
– Em breve – Ri.
– Espero... – Beijou minha barriga.
– Mas eu tenho certeza que ela vai dar uma cambalhota de alegria se você der um beijo na mamãe dela. – Falei perversa.
– Será ? – Sorriu ainda com a mão nosso neném.
– Uhum, ela me disse que ia dar um chutão bem forte... – Sorri fazendo que sim e o puxando para mais perto. Ele sorriu da mesma forma e encostou nossos lábios e me deu um beijo rápido mas se afastou assim que eu quis intensifica-lo.
– Não fez nem cocegas... – O provoquei.
– Acho que tem uma mamãe querendo se aproveitar de você, Alice! – Sussurrou brincando. O olhei maliciosa e sentei em seu colo deixando sua cintura no meio das minhas pernas e agarrei seu pescoço. – Uh, temos uma mamãe fogosa aqui também... – Acariciou minha cintura e eu joguei meus cabelos para o lado sentindo sua mão fazer um carinho gostoso na parte exposta do meu pescoço e da minha face.
– Ah, você não imagina o quanto. – Ataquei seus lábios. E era verdade, além de fogosa, como ele havia dito, eu estava necessitada, louca para ser sincera. Eu e Ian só tínhamos transado uma ou duas vezes depois que descobrimos que eu estava grávida porque na maior parte do tempo eu estava enjoada, então imagine a minha situação.
Deixei seus lábios e fui faminta para seu pescoço o beijando, mesclando com mordidas e lambidas enquanto ele apertava com força minhas coxas me puxando para mais perto. Subi minha boca até sua orelha e mordi levemente seu lóbulo o fazendo soltar um gemido rouco.
– Eu quero você... – Sussurrei em seu ouvido. Desci minhas mãos pelo seu peitoral até a barra de sua blusa e a retirei com sua ajuda. Passeei por todo seu peitoral o arranhando levemente, me abaixando para beijá-lo por toda sua pele nua enquanto seus dedos se prendiam em meus cabelos para me puxar para cima e colar nossos lábios novamente. Ian colocou suas duas mãos nas minhas costas por de baixo da minha blusa e foi subindo, depois desceu pela lateral do meu corpo e foi para minha barriga. Quando eu pensei que ele fosse até meus seios, suas mãos pararam e me tiraram do seu colo me deixando ofegante no sofá ao seu lado.
– Nina, não consigo...
– O que ? – O olhei perplexa. – Desaprendeu ?
– Nina, você está grávida, poxa... – Gemeu.
– E... – Exigi que ele continuasse. – Ok, eu estou gravida, mas não incapacitada... – Ri sem graça.
– E dai que eu não consigo! – Esfregou as mãos no rosto nervoso. – Nina, é nossa Alice que está na sua barriga.
– Mas Ian, é comigo que você vai transar! – Resmunguei.
– Mas e se eu te machucar ? – Me olhou confuso. – E se eu machucar Alice?
– Não vai, amor. Ela está bem protegida...
– Não consigo Nina! – Negou.
– Ok! Agora nós vamos ficar sem sexo até o final da minha gravidez! – Ri sínica. – Ian... – Gemi em reluta.
– Sinto muito, só não dá! – Pegou meu rosto me dando um beijo na testa. – Nós falamos com a doutora e perguntamos se vai machucar ou se pode, mas enquanto isso nada de sexo... – Saiu me deixando largada no sofá.
Não conseguia acreditar que Ian tinha me negado sexo. Enquanto eu estava simplesmente morrendo de desejo, ele estava pensando na ética de transar durante a gravidez ou se iria nos machucar ou não (o que na minha opinião só iriamos descobrir se tentarmos, mas nem isso Ian queria). Tudo bem que eu estava ficando uma bola de gorda, mas nunca pensei que Ian fosse me negar daquele jeito... Levantei decepcionada do sofá e fui pegando minhas coisas, calçando meus sapatos e amarrando o cabelo em um rabo de cavalo alto torto. Rapidamente Ian voltou e me pegou pela cintura me puxando para mais perto e eu cruzei o braços entre nós.
– Desculpe amor, mas não consigo sabendo que tem um neném dentro de ti...
– Ok, ok... Só me leve para casa, ok ? – Virei o rosto.
– Ficou brava ? – Pegou meu rosto fazendo um beicinho irresistível.
– Não... – Desviei o olhar para não acabar caindo no encanto do seu bico . – Só quero ir para casa, estou com dor de cabeça... – Menti usando a desculpa típica da dor de cabeça.
– Ok, vamos lá minha emburradinha! – Me beijou mas eu não o correspondi,pegou minha mão e nós fomos para o carro onde eu entrei muda e assim permaneci até chegar à minha casa. Nos despedimos com um beijo simples e eu sai sem muitas palavras ainda extremamente irritada pelo seu momento “broxa”.
Quando entrei na sala minha mãe lia alguma coisa e ficou surpresa ao me ver tão cedo em casa, mas eu não consegui ignorá-la.
– Mas já chegou ?
– Não, não estou entrando na escola ainda indo para aula de física sou apenas alucinação sua... – Debochei. Não consegui guardar essa para mim... Meu humor estava péssimo e eu não estava nem ai para o que ela iria achar da minha resposta mal educada. Todos nós temos direito de responder, não é ?
– Nossa... Alguém acordou de mau humor hoje... – Resmungou e eu não respondi, só peguei Mike e subi para meu quarto.
Nunca pensei que falta de sexo fosse capaz de deixar uma pessoa tão emburrada como eu estava. Para mim essa desculpa não era nada válida mas agora eu vejo que realmente é verdade e eu estava terrivelmente afetada com ela.
Fiquei brincando com Mike durante um bom tempo e fui fazer meus deveres para tentar ocupar a cabeça mas logo já tinha escurecido e eu fui tomar banho para dormir – não ligando o fato de ser cedo ainda para isso, mas eu realmente estava com sono.
Me deitei cedo e como já estava se tornando costume, acordei no meio da madrugada com muita sede e mesmo com muita preguiça, me levantei e desci até a cozinha. O único problema foi que eu tinha me esquecido de colocar um roupão e fui buscar minha água com um pijama minúsculo e terrivelmente colado no corpo.
Enquanto eu preenchia uma garrafinha com água para levar para o quarto, minha mãe chegou à cozinha me fazendo derrubar tudo que tinha na mão de susto.

Um comentário:

Não saía sem comentar (: