Aos
poucos estava voltando ao normal... Seja lá o que normal fosse para uma mulher
que tinha acabado de se separar do marido por causa de uma traição.... Mas pelo
menos, já conseguia dormir algumas duas horas na noite sem acordar sem motivos.
Com isso passava o dia mais disposta e conseguia passas muito mais tempo com
Alice e isso me deixava extremamente feliz. Estávamos cada vez mais juntas e
unidas e aos poucos ela me ajudava a superar a separação, quando estava com ela
eu me esquecia de Ian, esquecia do sofrimento e toda aquela dor agonizante que
invadia meu peito, com ela era só alegria mesmo. Voltei também a me socializar na
faculdade e as pessoas também voltaram a se aproximar de mim. Tudo estava a mil
maravilhas a não ser por a minha relação com Ian, mesmo separados continuamos
discutindo como malucos e isso acabava com as minhas esperanças de que um dia
pudéssemos voltar a ser aquele casal feliz.
Eu tinha
que seguir minha vida, não podia ficar presa a um homem que não dava a mínima
para mim. Em dois meses que estávamos separados ele não moveu um músculo se
quer para tentar me reconquistar e isso era um sinal de que ele realmente não
me amava. Acho que ele estava vivendo feliz com Megan, já que afinal, eu não
estava no meio do caminho e eles podiam ficar a vontade, com certeza era
isso... Tinha que ser.
– Por
favor, vamos fazer uma pausa... - Alex falou jogando a caneta que estava em sua
mão em cima do caderno. - Não aguento mais! - Eu tinha passado a tarde inteira
depois da faculdade na casa dele estudando para uma prova. Nós dois tínhamos
voltado a se falar e agora estávamos super amigos. Ele estava se saindo bem,
não tinha extrapolado os limites que eu impus e estava bem atencioso. Até
parecia outro Alex...
– Vê se
vira macho, cara! - Falei rindo pra ele.
– Ah
falou a dona que vira madrugada estudando... - Tirou sarro de mim. - Meu
cérebro tem limite de uso, não sabia não?!
–
Desculpe minha falha, tinha me esquecido desse detalhe. - Debochei dele.
– Ein,
estou com fome, quer comer alguma coisa?
– Rápido
que daqui a pouco tenho que buscar Alice na escola!
– Pra já!
- Se levantou da mesa de centro da sala e foi para cozinha. Enquanto ele
preparava nosso lanche voltei a estudar mas logo fui interrompida quando alguém
entrou pela porta da frente fazendo um barulho enorme.
– Wow, é
isso mesmo? Tem uma mulher aqui? - Um homem alto e muito bonito riu para mim
assim que entrou. - Não me leve a mal, mas isso é um milagre é que você é a
primeira que Alex trás em casa! - Riu e eu corei. – Meu Deus menina, você deve
ser especial ein.
– Somos
só amigos... - Falei ajeitando meu cabelo para trás da orelha.
– Outch
cara... Essa doeu em mim. - Jogou o molho de chaves na mesa de jantar e veio ao
meu encontro. - Sou Julian... - Sorriu galanteador para mim. Julian era muito
bonito, não posso negar. Era alto e tinha ombros largos e pela sua postura
parecia ter um físico muito agradável. Seus cabelos eram ralos e loiros, tinha
os olhos claros e um maxilar forte... Se não fosse pelas circunstancias eu até
me sentiria atraída por ele, mas como não tinha olhos para outro homem a não
ser Ian...
– Sou
Nina!
– Vejo
que conheceu o insuportável do meu primo! - Alex voltou da cozinha com dois
sanduíches na mão.
–
Insuportável não o nanico! – Retrucou.
– Você
nunca me disse que tinha um primo, Alex! - O repreendi.
– É
desnecessário, ele é irrelevante.
– Outch!
- Julian fingiu-se de ferido. - Mas mudando de assunto, cadê a velha?
– Quanto
carinho com a sua avó... - Falei pegando um dos sanduíches.
– Ih,
quem não conhece aquela figura que a compre... – Respondeu divertido.
– Ela foi
jogar xadrez ou comprar Viagra pro velho dela... - Alex deu de ombros colocando
dois copos de suco de laranja em nossa frente me fazendo rir.
–
Obrigado por me convidarem para o lanche da tarde, fico lisonjeado de
participar desse enriquecido banquete com vossas presenças... - Julian riu ao
perceber o que realmente iríamos comer sem nem o convidar.
– Alex, o
que você colocou nesse sanduíche? - Falei cuspindo o pedaço que havia comido no
guardanapo.
– Hum,
ele tem maionese, atum e molho barbecue...
– Certeza
que tem alguma coisa estragada aqui! - Fiz cara de nojo.
– Meu
deus menina, você vai realmente comer alguma coisa que essa mala fez? - Julian
riu pegando o prato com o sanduíche de minha mão. - Ele não sabe nem fazer um
macarrão instantâneo se quer! - Abriu o sanduíche. - Serio que nojo, não coma
isso... De quando que é esse atum?
– Sei
lá... Estava ali no armário! - Alex deu de ombros.
– Céus,
você quase me matou de infecção alimentar Alex!- Joguei meu guardanapo nele.
– Que
exagero Dobrev! – Revirou os olhos.
– Meu
deus, pensei que gostasse de mim! – Fingi estar ofendida.
– Isso
não se faz com a menina... – Bateu com força a nuca dele.
– Já pode
parar de puxar o saco da minha amiga! – Alex falou bravo para o primo
retribuindo o tapa. – Ela não vai pra cama com você! – Falou me fazendo corar.
– Ui ui
ui, está com ciuminho, é? – Provocou. – Aah, só porque ela falou que vocês são
só amigos... – Fez voz de mulher.
– Ow,
parou, quantos anos vocês tem?
– Eu
tenho vinte e nove, já esse daí... – Julian riu empurrando Alex no sofá e
puxando sua cueca para cima da calça.
– Senhor,
estou cercada de idiotas. – Revirei os olhos rindo. – Mas tudo bem, adoraria
ficar vendo os dois se matarem, mas tenho que ir buscar minha pequenina na
escola. – Suspirei arrumando meu material.
– Sua o
que?
– Minha
filha...
– Quantos
anos você tem?
– Vinte e
um! – Respondi sem dar a mínima.
– Você
está por fora, priminho, Nina era casada...
– O que?
– Julian riu.
– Bom,
adoraria também fazer um relatório completo da minha vida para você, mas minha
filha me espera. – Me levantei ajeitando minha bolsa no ombro. – Adeus
meninos...
– Quer
uma carona? – Julian se colocou em pé ao meu lado.
– Não,
obrigada... – O olhei desconfiada. – Eu estou de carro...
–
Autch... – Alex riu ainda no sofá.
Eu só
revirei os olhos e sai os deixando rindo sozinhos. Como fui buscar Ali mais
cedo não peguei transito e em menos de meia hora já tinha estacionado o carro
em frente à escola dela. Entrei em sua sala para pegá-la e encontrei minha
filha no cantinho, brincando sozinha de montar leggo.
– Hey, o
que Alice está fazendo ali sozinha? – Perguntei para uma professora estranhando
a pequenina estar sozinha. Ela era uma menina super comunicativa e adorava
interagir com os amigos.
– Hoje
ela está reclamando de dor de cabeça, está bem desanimada, só pedindo pelo
pai... – Explicou. – Nina, não querendo me meter, mas aconteceu alguma coisa
com você e Ian?
– Na
verdade, aconteceu sim... Nós nos separamos faz pouco tempo e Alice sente muita
falta da presença de seu pai em casa.
– Eu
imagino, essa separação não está fazendo bem a nossa pequena! – Sorriu. –
Espero que tudo se ajeite com vocês Nina, Alice é uma criança muito especial e
ama muito vocês dois... – Meus olhos começaram a transbordar de lágrimas, eu
não estava conseguindo superar e muito menos minha filha, acabou comigo saber
que eu não estava sendo mãe o bastante para ela... – Eu não sei o que aconteceu
com vocês mas os dois tem que pelo menos manter uma relação amigável, sair com
ela juntos, serem amigos, sabe? Ela está muito perdida, sempre chega falando
que o papai dela não mora mais junto com ela e que vocês são só amigos... –
Será que eu tinha como a mandar calar a boca ou seria grosseria demais? Eu já
estava machucada e culpada o bastante, ela não precisava pisar em meu calo. –
Sinto muito Nina, mas eu achei que vocês precisassem saber disso....
– Tudo
bem. – Falei secando as lágrimas e tentando me controlar para não desmoronar em
lágrimas ali mesmo. – Vou pegá-la, ok? – Em passos lentos fui até minha filha e
me agachei ao seu lado colocando seus cabelos para trás. – Olá minha princesa.
– Mamãe!
– Seu rostinho se iluminou ao me ver.
– Como
você está, boneca?
– Com dor
de cabeça... – Falou manhosa.
– É
mesmo? E porque está aqui sozinha?
– Porque
sim... Não quero brincar com eles... – Coçou os olhinhos.
– Dói
mais alguma coisa?
– Só a
cabeça...
– Então
venha, vamos para casa. – Peguei sua mão a ajudando a se colocar de pé e a
puxei para os meus braços a dando um abraço muito forte. – Tudo vai ficar bem,
ok? – Sussurrei para ela voltando a chorar. – Vai tudo melhorar... – Seus
bracinhos contornaram meu pescoço e ela me abraçou forte também descansando a
cabeça em meu ombro. – Mamãe promete.... – Falei. - Agora vamos para casa que
você deve estar cansada não é?
– Uhum...
Me
levantei com ela no colo não querendo larga-la por nada e peguei sua mochila.
Fomos para o carro em silencio e assim que a coloquei sentada em sua cadeirinha
ela se aconchegou abraçada ao seu urso com os olhinhos quase se fechando.
– Mamãe,
e o papai? - Perguntou quando dei partida no carro.
– Está na
casa da vovó Edna... Hoje é o dia de a mamãe ficar com você, lembra?
– Uhum...
- Choramingou.
– Você
está com saudades dele?
– Sim...
- Pensando no que a professora dela havia me dito sobre manter uma relação
amigável com Ian para o bem de Alice tive uma ideia. - Que tal nós fazermos uma
janta amanha bem gostosa e chamarmos o papai para comer com a gente? - Era para
o bem de Alice e por ela eu faria qualquer coisa.
– Jura? -
Seus olhinhos brilharam.
– Juro! -
Assenti.
– Oba!
Nós vamos poder brincar nós três de volta!
– Sim! -
Sorri ao vê-la tão animada. - Está feliz filha?
– Muito
mamãe!
– Que bom
princesa. - Sorri. - E a cabeça ainda dói?
– Uhum...
- Fez beicinho.
– Tudo
bem, quando chegarmos em casa te dou um remédio, ok?
– Quero
um mama...
– Podemos
fazer também.
Ao
chegarmos em casa, fiz alguma coisa rápida para eu e Alice comermos e fomos
para o banho, depois descemos para sala e eu insisti para que nós duas
brincássemos um pouco, mas ela teimou e praticamente implorou para mamar. A fiz
uma mamadeira e Ali mamou em meu colo, encolhida debaixo de um cobertor que
deixava no sofá da sala enquanto abraçava seu urso. Seu corpo fazia leves
espasmos em meu colo e mesmo que estivesse coberta ainda tremia de frio. Ela
estava queimando em febre e pela sua dor de cabeça e o jeito desanimado no dia
ela tinha pego uma gripe bem forte.
– Umm...
- Um leve gemido saiu de sua garganta. - Mamãe...
– Oi
amor... - A ajeitei em meus braços. - O que dói?
– Tudo
dói mamãe... - Choramingou.
– Mas
onde?
– Tudo,
tudo...
– Tudo
bem, vou te dar um remédio e se não passar vamos ao medico, ok?- Levantei com
ela no colo e fui até a cozinha.
– Vai
passar... Vai sim, não quero medico... - Gemeu.
– Mas se
não melhorar, teremos que ir ok?
– Não,
vai melhorar, vou ficar boazinha... - Insistiu. Alice odiava ir ao médico,
muitas vezes nem falava que estava com dor para que nós não a levássemos.
– Vou
medir sua temperatura, ok?
– Cadê o
papai? - Sua voz era dengosa devido ao mal estar da febre.
– Papai
ta na casa dele, hoje é o dia da mamãe, lembra? - Com uma certa dificuldade por
ela estar em meu colo peguei a caixa de primeiros socorros e o termômetro.
– Mas eu
quero o papai...
– Mas a
mamãe esta aqui, filha.
– Mas eu
quero o papai também! – Deu uma choradinha.
– Amor, é
tarde, papai está dormindo... Está todo mundo dormindo.
– Acorda
ele, eu quero o papai...
– Ok, só
vamos ver quanto você está de febre e já ligamos para o papai... - Menti. Eu
sabia cuidar dela doente, já tinha feito isso inúmeras vezes, não precisava de
Ian. E além do mais, iria ver sua temperatura para a dar o remédio e assim que
ele fizesse efeito ela iria dormir e se esqueceria de Ian.
Alice
estava com 39.2 de febre e mesmo medicada ela não baixava. Já se passava da
meia noite e nem eu nem ela tínhamos dormido. Ali ficou no meu colo o tempo
todo, gemendo, reclamando de dor no corpo e pedindo por Ian.
– Mamãe,
ta doendo...
– Mas o
que dói, filha? - Eu a ninava o tempo todo, cantarolando uma música calma, mas
nada a acalmava.
– Tudo
dói...
– Já vai
passar, é só esperar o efeito do remédio. - Expliquei compreensiva.
– Não
vai, não vai... - Me doía vê-la assim e não poder fazer nada, me sentia uma
inútil ver minha filha sofrer daquele jeito e só poder dizer que iria passar.
Se pudesse pegaria para mim todas as dores que ela fosse sentir em sua vida
inteira só para não vê-la sofrer daquele jeito. - Eu quero meu papai...
– Filha,
já é tarde, papai já deve estar dormindo...
– Mas eu
quero! Quero meu papai.
– Amanha
a gente vê ele...
– Nao! Eu
quero ele e quero agora!
– Ok,
vamos ligar para o papai, ok? - Suspirei derrotada. Ela só iria sossegar depois
que Ian estivesse com ela... Sem falar que Ali estava doente e ela só queria o
pai e eu não poderia negar.
– Agora
ta?
– Ta
bom... - Com ela no colo mesmo, peguei meu celular e liguei para Ian, ignorando
o horário e tudo mais.
– Nins...
- Sua voz era sonolenta e com certeza eu tinha o acordado.
– Ian,
desculpe o horário... - Comecei.
– O que
houve?
– É que
Alice está com quase quarenta de febre e faz horas que está te chamando. -
Respondi. - Você sabe que eu não ligaria que não fosse importante.
– Fez bem
em ter ligado... Só vou trocar de roupa e em menos de meia hora estou ai!
– Ok... -
Desliguei o telefone. - Pronto filha, papai já está vindo te ver...
A embalei
por mais uns quinze minutos e logo Ian chegou assumido meu lugar de ninar
Alice. Agradeci por ele não ter demorado a chegar porque meus braços estavam em
condições de miséria, ela ainda não tinha saído de meu colo desde que chegou e
por mais que ela fosse pequena era bem pesadinha.
– Pronto
amor, papai esta aqui com você. - Ele falou a abraçando forte.
–
Papai...
– Pronto,
já vai passar, vai passar...
– Não vai
embora, pai!
– Papai
não vai, estou aqui, não vou a lugar nenhum... Durma que passa.
– Não,
você vai embora...
– Não vou
Ali, confie no papai, amanha quando acordar eu vou estar aqui.
– Você
jura?
– Juro! -
Afirmou. - Agora durma princesa.
Não
marquei quanto tempo ele ficou a acalentando mas foi o suficiente para sua
febre abaixar e ela se entregar. Meu corpo inteiro estava doendo, ficava muito
tensa e nervosa quando Ali adoecia.
– Se
quiser me da-la... – Falei chegando perto dele para pegar Alice que dormia em
seu colo.
– Não, pode
deixar, eu a levo, você deve estar com dor nos braços de ficar com ela... – Ele
falou compreensivo.
– A
coloque em minha cama que então a dela fica livre e você pode dormir aqui... –
Cruzei meus braços forte contra o peito.
– Não, eu
fico no sofá mesmo... - Renegou.
– Você
quem sabe, a cama de Alice está livre mas se quiser ficar no sofá. – Não iria
insistir para que ele dormisse na cama, não queria que ele pensasse que eu
ainda me importava com ele, por mais que ainda quisesse o melhor para ele. –
Bom, fique a vontade, você sabe onde fica as toalhas de banho, o banheiro e os
cobertores, então...
– Pode
deixar!
– Vou
estar na cozinha, não consegui comer nada por causa dela... – Dei as costas e o
deixei sozinho ali.
Eu me
sentia estranha com a presença dele. Era horrível pensar que eu não sabia como
agir com o homem que eu costumava a ser tão intima, tão espontânea. Eu queria
poder tocá-lo, sorrir para ele, queria poder enchê-lo de beijos, mas doía, doía
muito. Toda vez que eu pensava em perdoá-lo me vinha a imagem dele com Megan e
eu me sentia uma imbecil por apenas cogitar em voltar com ele.
– Quer
alguma ajuda? – Ian chegou à cozinha me fazendo derrubar tudo o que tinha nas
mãos.
– Que
susto porra! – Rangi os dentes colocando a mão no peito. – Ajuda eu não quero,
quero conversar...
– Pode
falar.
– Ian eu
acho que precisamos entrar em um consenso! – Deixei tudo o que fazia e
encostei-me ao balcão cruzando os braços em meu peito.
– Sobre?
–
Sobre... Sobe... – Suspirei tomando coragem para falar. – Sobre nossa relação.
– Também
acho! – Abriu um leve sorriso.
– Não
podemos manter essa relação fria por mais que estamos separados. A separação em
si já não está fazendo bem para Alice, podemos pelo menos sermos amigos! – Foi
pensando na conversa com a professora de Alice que comecei a falar com Ian.
– Amigos?
– Sim! –
Suspirei. – Nós temos uma filha, não podemos continuar assim sem nem nos
olharmos direito ou conversar dignamente. Ela percebe que não estamos bem, Ian.
– Eu sei!
– Suspirou vindo até mim. – Por favor Nina, vamos deixar essa historia de lado!
Me perdoe, pequena.
– Não
quero falar sobre isso, Ian. – O ignorei.
– Nina,
por favor, volte pra mim! – Pegou minhas mãos e as juntou levando até seu
rosto. – Por favor Nina, eu te amo demais, vamos esquecer isso. Você não faz
ideia o quanto eu estou arrependido. – Eu só fechei meus olhos pois sabia que
não iria conseguir resistir a ele se continuasse olhando naqueles azuis
penetrantes. – Minha vida é um vazio só sem seu amor, você e Alice são tudo
para mim.
– Ian,
você me perdeu...
– Eu
preciso de você Nina. – Estávamos tão perto que podia sentir seu halito em meu
rosto, nossos corpos estavam juntos e eu me sentia incapacitada quanto nos
tocávamos.... Eu estava totalmente vulnerável debaixo dele.
– Acabou
Ian, acabou. Você me machucou demais... - Ainda me recusava a abrir os olhos.
– Não
faça isso com nós! – Implorou.
– Não tem
nós Ian lide com isso! – Abri meus olhos o encontrando chorando.
– O que
eu faço para te reconquistar?
– Se você
conseguir me mostrar que realmente mudou e que está muito arrependido,
talvez... – Suspirei. – Mas eu te desejo sorte porque não vai ser fácil... –
Retomei forças e me desvencilhei de suas mãos.
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