sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 13

Aos poucos estava voltando ao normal... Seja lá o que normal fosse para uma mulher que tinha acabado de se separar do marido por causa de uma traição.... Mas pelo menos, já conseguia dormir algumas duas horas na noite sem acordar sem motivos. Com isso passava o dia mais disposta e conseguia passas muito mais tempo com Alice e isso me deixava extremamente feliz. Estávamos cada vez mais juntas e unidas e aos poucos ela me ajudava a superar a separação, quando estava com ela eu me esquecia de Ian, esquecia do sofrimento e toda aquela dor agonizante que invadia meu peito, com ela era só alegria mesmo. Voltei também a me socializar na faculdade e as pessoas também voltaram a se aproximar de mim. Tudo estava a mil maravilhas a não ser por a minha relação com Ian, mesmo separados continuamos discutindo como malucos e isso acabava com as minhas esperanças de que um dia pudéssemos voltar a ser aquele casal feliz.
Eu tinha que seguir minha vida, não podia ficar presa a um homem que não dava a mínima para mim. Em dois meses que estávamos separados ele não moveu um músculo se quer para tentar me reconquistar e isso era um sinal de que ele realmente não me amava. Acho que ele estava vivendo feliz com Megan, já que afinal, eu não estava no meio do caminho e eles podiam ficar a vontade, com certeza era isso... Tinha que ser.
– Por favor, vamos fazer uma pausa... - Alex falou jogando a caneta que estava em sua mão em cima do caderno. - Não aguento mais! - Eu tinha passado a tarde inteira depois da faculdade na casa dele estudando para uma prova. Nós dois tínhamos voltado a se falar e agora estávamos super amigos. Ele estava se saindo bem, não tinha extrapolado os limites que eu impus e estava bem atencioso. Até parecia outro Alex...
– Vê se vira macho, cara! - Falei rindo pra ele.
– Ah falou a dona que vira madrugada estudando... - Tirou sarro de mim. - Meu cérebro tem limite de uso, não sabia não?!
– Desculpe minha falha, tinha me esquecido desse detalhe. - Debochei dele.
– Ein, estou com fome, quer comer alguma coisa?
– Rápido que daqui a pouco tenho que buscar Alice na escola!
– Pra já! - Se levantou da mesa de centro da sala e foi para cozinha. Enquanto ele preparava nosso lanche voltei a estudar mas logo fui interrompida quando alguém entrou pela porta da frente fazendo um barulho enorme.
– Wow, é isso mesmo? Tem uma mulher aqui? - Um homem alto e muito bonito riu para mim assim que entrou. - Não me leve a mal, mas isso é um milagre é que você é a primeira que Alex trás em casa! - Riu e eu corei. – Meu Deus menina, você deve ser especial ein.
– Somos só amigos... - Falei ajeitando meu cabelo para trás da orelha.
– Outch cara... Essa doeu em mim. - Jogou o molho de chaves na mesa de jantar e veio ao meu encontro. - Sou Julian... - Sorriu galanteador para mim. Julian era muito bonito, não posso negar. Era alto e tinha ombros largos e pela sua postura parecia ter um físico muito agradável. Seus cabelos eram ralos e loiros, tinha os olhos claros e um maxilar forte... Se não fosse pelas circunstancias eu até me sentiria atraída por ele, mas como não tinha olhos para outro homem a não ser Ian...
– Sou Nina!
– Vejo que conheceu o insuportável do meu primo! - Alex voltou da cozinha com dois sanduíches na mão.
– Insuportável não o nanico! – Retrucou.
– Você nunca me disse que tinha um primo, Alex! - O repreendi.
– É desnecessário, ele é irrelevante.
– Outch! - Julian fingiu-se de ferido. - Mas mudando de assunto, cadê a velha?
– Quanto carinho com a sua avó... - Falei pegando um dos sanduíches.
– Ih, quem não conhece aquela figura que a compre... – Respondeu divertido.
– Ela foi jogar xadrez ou comprar Viagra pro velho dela... - Alex deu de ombros colocando dois copos de suco de laranja em nossa frente me fazendo rir.
– Obrigado por me convidarem para o lanche da tarde, fico lisonjeado de participar desse enriquecido banquete com vossas presenças... - Julian riu ao perceber o que realmente iríamos comer sem nem o convidar.
– Alex, o que você colocou nesse sanduíche? - Falei cuspindo o pedaço que havia comido no guardanapo.
– Hum, ele tem maionese, atum e molho barbecue...
– Certeza que tem alguma coisa estragada aqui! - Fiz cara de nojo.
– Meu deus menina, você vai realmente comer alguma coisa que essa mala fez? - Julian riu pegando o prato com o sanduíche de minha mão. - Ele não sabe nem fazer um macarrão instantâneo se quer! - Abriu o sanduíche. - Serio que nojo, não coma isso... De quando que é esse atum?
– Sei lá... Estava ali no armário! - Alex deu de ombros.
– Céus, você quase me matou de infecção alimentar Alex!- Joguei meu guardanapo nele.
– Que exagero Dobrev! – Revirou os olhos.
– Meu deus, pensei que gostasse de mim! – Fingi estar ofendida.
– Isso não se faz com a menina... – Bateu com força a nuca dele.
– Já pode parar de puxar o saco da minha amiga! – Alex falou bravo para o primo retribuindo o tapa. – Ela não vai pra cama com você! – Falou me fazendo corar.
– Ui ui ui, está com ciuminho, é? – Provocou. – Aah, só porque ela falou que vocês são só amigos... – Fez voz de mulher.
– Ow, parou, quantos anos vocês tem?
– Eu tenho vinte e nove, já esse daí... – Julian riu empurrando Alex no sofá e puxando sua cueca para cima da calça.
– Senhor, estou cercada de idiotas. – Revirei os olhos rindo. – Mas tudo bem, adoraria ficar vendo os dois se matarem, mas tenho que ir buscar minha pequenina na escola. – Suspirei arrumando meu material.
– Sua o que?
– Minha filha...
– Quantos anos você tem?
– Vinte e um! – Respondi sem dar a mínima.
– Você está por fora, priminho, Nina era casada...
– O que? – Julian riu.
– Bom, adoraria também fazer um relatório completo da minha vida para você, mas minha filha me espera. – Me levantei ajeitando minha bolsa no ombro. – Adeus meninos...
– Quer uma carona? – Julian se colocou em pé ao meu lado.
– Não, obrigada... – O olhei desconfiada. – Eu estou de carro...
– Autch... – Alex riu ainda no sofá.
Eu só revirei os olhos e sai os deixando rindo sozinhos. Como fui buscar Ali mais cedo não peguei transito e em menos de meia hora já tinha estacionado o carro em frente à escola dela. Entrei em sua sala para pegá-la e encontrei minha filha no cantinho, brincando sozinha de montar leggo.
– Hey, o que Alice está fazendo ali sozinha? – Perguntei para uma professora estranhando a pequenina estar sozinha. Ela era uma menina super comunicativa e adorava interagir com os amigos.
– Hoje ela está reclamando de dor de cabeça, está bem desanimada, só pedindo pelo pai... – Explicou. – Nina, não querendo me meter, mas aconteceu alguma coisa com você e Ian?
– Na verdade, aconteceu sim... Nós nos separamos faz pouco tempo e Alice sente muita falta da presença de seu pai em casa.
– Eu imagino, essa separação não está fazendo bem a nossa pequena! – Sorriu. – Espero que tudo se ajeite com vocês Nina, Alice é uma criança muito especial e ama muito vocês dois... – Meus olhos começaram a transbordar de lágrimas, eu não estava conseguindo superar e muito menos minha filha, acabou comigo saber que eu não estava sendo mãe o bastante para ela... – Eu não sei o que aconteceu com vocês mas os dois tem que pelo menos manter uma relação amigável, sair com ela juntos, serem amigos, sabe? Ela está muito perdida, sempre chega falando que o papai dela não mora mais junto com ela e que vocês são só amigos... – Será que eu tinha como a mandar calar a boca ou seria grosseria demais? Eu já estava machucada e culpada o bastante, ela não precisava pisar em meu calo. – Sinto muito Nina, mas eu achei que vocês precisassem saber disso....
– Tudo bem. – Falei secando as lágrimas e tentando me controlar para não desmoronar em lágrimas ali mesmo. – Vou pegá-la, ok? – Em passos lentos fui até minha filha e me agachei ao seu lado colocando seus cabelos para trás. – Olá minha princesa.
– Mamãe! – Seu rostinho se iluminou ao me ver.
– Como você está, boneca?
– Com dor de cabeça... – Falou manhosa.
– É mesmo? E porque está aqui sozinha?
– Porque sim... Não quero brincar com eles... – Coçou os olhinhos.
– Dói mais alguma coisa?
– Só a cabeça...
– Então venha, vamos para casa. – Peguei sua mão a ajudando a se colocar de pé e a puxei para os meus braços a dando um abraço muito forte. – Tudo vai ficar bem, ok? – Sussurrei para ela voltando a chorar. – Vai tudo melhorar... – Seus bracinhos contornaram meu pescoço e ela me abraçou forte também descansando a cabeça em meu ombro. – Mamãe promete.... – Falei. - Agora vamos para casa que você deve estar cansada não é?
– Uhum...
Me levantei com ela no colo não querendo larga-la por nada e peguei sua mochila. Fomos para o carro em silencio e assim que a coloquei sentada em sua cadeirinha ela se aconchegou abraçada ao seu urso com os olhinhos quase se fechando.
– Mamãe, e o papai? - Perguntou quando dei partida no carro.
– Está na casa da vovó Edna... Hoje é o dia de a mamãe ficar com você, lembra?
– Uhum... - Choramingou.
– Você está com saudades dele?
– Sim... - Pensando no que a professora dela havia me dito sobre manter uma relação amigável com Ian para o bem de Alice tive uma ideia. - Que tal nós fazermos uma janta amanha bem gostosa e chamarmos o papai para comer com a gente? - Era para o bem de Alice e por ela eu faria qualquer coisa.
– Jura? - Seus olhinhos brilharam.
– Juro! - Assenti.
– Oba! Nós vamos poder brincar nós três de volta!
– Sim! - Sorri ao vê-la tão animada. - Está feliz filha?
– Muito mamãe!
– Que bom princesa. - Sorri. - E a cabeça ainda dói?
– Uhum... - Fez beicinho.
– Tudo bem, quando chegarmos em casa te dou um remédio, ok?
– Quero um mama...
– Podemos fazer também.
Ao chegarmos em casa, fiz alguma coisa rápida para eu e Alice comermos e fomos para o banho, depois descemos para sala e eu insisti para que nós duas brincássemos um pouco, mas ela teimou e praticamente implorou para mamar. A fiz uma mamadeira e Ali mamou em meu colo, encolhida debaixo de um cobertor que deixava no sofá da sala enquanto abraçava seu urso. Seu corpo fazia leves espasmos em meu colo e mesmo que estivesse coberta ainda tremia de frio. Ela estava queimando em febre e pela sua dor de cabeça e o jeito desanimado no dia ela tinha pego uma gripe bem forte.
– Umm... - Um leve gemido saiu de sua garganta. - Mamãe...
– Oi amor... - A ajeitei em meus braços. - O que dói?
– Tudo dói mamãe... - Choramingou.
– Mas onde?
– Tudo, tudo...
– Tudo bem, vou te dar um remédio e se não passar vamos ao medico, ok?- Levantei com ela no colo e fui até a cozinha.
– Vai passar... Vai sim, não quero medico... - Gemeu.
– Mas se não melhorar, teremos que ir ok?
– Não, vai melhorar, vou ficar boazinha... - Insistiu. Alice odiava ir ao médico, muitas vezes nem falava que estava com dor para que nós não a levássemos.
– Vou medir sua temperatura, ok?
– Cadê o papai? - Sua voz era dengosa devido ao mal estar da febre.
– Papai ta na casa dele, hoje é o dia da mamãe, lembra? - Com uma certa dificuldade por ela estar em meu colo peguei a caixa de primeiros socorros e o termômetro.
– Mas eu quero o papai...
– Mas a mamãe esta aqui, filha.
– Mas eu quero o papai também! – Deu uma choradinha.
– Amor, é tarde, papai está dormindo... Está todo mundo dormindo.
– Acorda ele, eu quero o papai...
– Ok, só vamos ver quanto você está de febre e já ligamos para o papai... - Menti. Eu sabia cuidar dela doente, já tinha feito isso inúmeras vezes, não precisava de Ian. E além do mais, iria ver sua temperatura para a dar o remédio e assim que ele fizesse efeito ela iria dormir e se esqueceria de Ian.
Alice estava com 39.2 de febre e mesmo medicada ela não baixava. Já se passava da meia noite e nem eu nem ela tínhamos dormido. Ali ficou no meu colo o tempo todo, gemendo, reclamando de dor no corpo e pedindo por Ian.
– Mamãe, ta doendo...
– Mas o que dói, filha? - Eu a ninava o tempo todo, cantarolando uma música calma, mas nada a acalmava.
– Tudo dói...
– Já vai passar, é só esperar o efeito do remédio. - Expliquei compreensiva.
– Não vai, não vai... - Me doía vê-la assim e não poder fazer nada, me sentia uma inútil ver minha filha sofrer daquele jeito e só poder dizer que iria passar. Se pudesse pegaria para mim todas as dores que ela fosse sentir em sua vida inteira só para não vê-la sofrer daquele jeito. - Eu quero meu papai...
– Filha, já é tarde, papai já deve estar dormindo...
– Mas eu quero! Quero meu papai.
– Amanha a gente vê ele...
– Nao! Eu quero ele e quero agora!
– Ok, vamos ligar para o papai, ok? - Suspirei derrotada. Ela só iria sossegar depois que Ian estivesse com ela... Sem falar que Ali estava doente e ela só queria o pai e eu não poderia negar.
– Agora ta?
– Ta bom... - Com ela no colo mesmo, peguei meu celular e liguei para Ian, ignorando o horário e tudo mais.
– Nins... - Sua voz era sonolenta e com certeza eu tinha o acordado.
– Ian, desculpe o horário... - Comecei.
– O que houve?
– É que Alice está com quase quarenta de febre e faz horas que está te chamando. - Respondi. - Você sabe que eu não ligaria que não fosse importante.
– Fez bem em ter ligado... Só vou trocar de roupa e em menos de meia hora estou ai!
– Ok... - Desliguei o telefone. - Pronto filha, papai já está vindo te ver...
A embalei por mais uns quinze minutos e logo Ian chegou assumido meu lugar de ninar Alice. Agradeci por ele não ter demorado a chegar porque meus braços estavam em condições de miséria, ela ainda não tinha saído de meu colo desde que chegou e por mais que ela fosse pequena era bem pesadinha.
– Pronto amor, papai esta aqui com você. - Ele falou a abraçando forte.
– Papai...
– Pronto, já vai passar, vai passar...
– Não vai embora, pai!
– Papai não vai, estou aqui, não vou a lugar nenhum... Durma que passa.
– Não, você vai embora...
– Não vou Ali, confie no papai, amanha quando acordar eu vou estar aqui.
– Você jura?
– Juro! - Afirmou. - Agora durma princesa.
Não marquei quanto tempo ele ficou a acalentando mas foi o suficiente para sua febre abaixar e ela se entregar. Meu corpo inteiro estava doendo, ficava muito tensa e nervosa quando Ali adoecia.
– Se quiser me da-la... – Falei chegando perto dele para pegar Alice que dormia em seu colo.
– Não, pode deixar, eu a levo, você deve estar com dor nos braços de ficar com ela... – Ele falou compreensivo.
– A coloque em minha cama que então a dela fica livre e você pode dormir aqui... – Cruzei meus braços forte contra o peito.
– Não, eu fico no sofá mesmo... - Renegou.
– Você quem sabe, a cama de Alice está livre mas se quiser ficar no sofá. – Não iria insistir para que ele dormisse na cama, não queria que ele pensasse que eu ainda me importava com ele, por mais que ainda quisesse o melhor para ele. – Bom, fique a vontade, você sabe onde fica as toalhas de banho, o banheiro e os cobertores, então...
– Pode deixar!
– Vou estar na cozinha, não consegui comer nada por causa dela... – Dei as costas e o deixei sozinho ali.
Eu me sentia estranha com a presença dele. Era horrível pensar que eu não sabia como agir com o homem que eu costumava a ser tão intima, tão espontânea. Eu queria poder tocá-lo, sorrir para ele, queria poder enchê-lo de beijos, mas doía, doía muito. Toda vez que eu pensava em perdoá-lo me vinha a imagem dele com Megan e eu me sentia uma imbecil por apenas cogitar em voltar com ele.
– Quer alguma ajuda? – Ian chegou à cozinha me fazendo derrubar tudo o que tinha nas mãos.
– Que susto porra! – Rangi os dentes colocando a mão no peito. – Ajuda eu não quero, quero conversar...
– Pode falar.
– Ian eu acho que precisamos entrar em um consenso! – Deixei tudo o que fazia e encostei-me ao balcão cruzando os braços em meu peito.
– Sobre?
– Sobre... Sobe... – Suspirei tomando coragem para falar. – Sobre nossa relação.
– Também acho! – Abriu um leve sorriso.
– Não podemos manter essa relação fria por mais que estamos separados. A separação em si já não está fazendo bem para Alice, podemos pelo menos sermos amigos! – Foi pensando na conversa com a professora de Alice que comecei a falar com Ian.
– Amigos?
– Sim! – Suspirei. – Nós temos uma filha, não podemos continuar assim sem nem nos olharmos direito ou conversar dignamente. Ela percebe que não estamos bem, Ian.
– Eu sei! – Suspirou vindo até mim. – Por favor Nina, vamos deixar essa historia de lado! Me perdoe, pequena.
– Não quero falar sobre isso, Ian. – O ignorei.
– Nina, por favor, volte pra mim! – Pegou minhas mãos e as juntou levando até seu rosto. – Por favor Nina, eu te amo demais, vamos esquecer isso. Você não faz ideia o quanto eu estou arrependido. – Eu só fechei meus olhos pois sabia que não iria conseguir resistir a ele se continuasse olhando naqueles azuis penetrantes. – Minha vida é um vazio só sem seu amor, você e Alice são tudo para mim.
– Ian, você me perdeu...
– Eu preciso de você Nina. – Estávamos tão perto que podia sentir seu halito em meu rosto, nossos corpos estavam juntos e eu me sentia incapacitada quanto nos tocávamos.... Eu estava totalmente vulnerável debaixo dele.
– Acabou Ian, acabou. Você me machucou demais... - Ainda me recusava a abrir os olhos.
– Não faça isso com nós! – Implorou.
– Não tem nós Ian lide com isso! – Abri meus olhos o encontrando chorando.
– O que eu faço para te reconquistar?
– Se você conseguir me mostrar que realmente mudou e que está muito arrependido, talvez... – Suspirei. – Mas eu te desejo sorte porque não vai ser fácil... – Retomei forças e me desvencilhei de suas mãos.

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