Ian narrando
Era isso mesmo? Minha princesa iria nascer? Eu iria ser pai? Deus, não conseguia conter a felicidade.
Mas
infelizmente eu não era cem por cento felicidade, afinal, minha Nina
também estava em perigo. Eu só precisava me acalmar que tudo daria
certo. Apesar de ser meio difícil quando as suas duas vidas não estavam
estáveis.
Entrei na sala de parto com ela, não podia deixá-la sozinha, principalmente quando tinha a prometido que nunca a deixaria.
Durante
toda a operação eu segurei sua mão, sentado ao seu lado, olhando em
seus olhos e me recusado a ver os cortes e sangue e tudo mais...
–
Esta tudo bem, tudo vão dar certo – A acariciei. – Ela vai nascer e nós
vamos ser uma família muito feliz. – Sorri terno a passando
tranqüilidade. – Não se esqueça que eu amo muito você...
– Vai
sim... - Ela assentiu com lagrimas nos olhos. – Te amo demais também! –
Sorriu e eu me aproximei dela a beijando de leve nos lábios.
Foram
os quinze minutos mais demorados da minha vida... Parecia que eles se
arrasavam ou então tinham parado mesmo e Alice nunca iria nascer. Se eu
não tivesse pânico de sangue e machucados, iria até o lado da médica só
para apressá-la.
– E um, e dois e... - A voz da medica
ecoou animada na sala. - E três! - E então um choro agudo mas não muito
alto nos fez sorrir abertamente.Ela tinha nascido....
Naquele momento me dei ao luxo de levantar a cabeça e ir ao encontro de minha princesa.
Meu
deus, como ela era linda. Tão pequena, toda suja de sangue mas mesmo
assim linda... Meu coração acelerou e eu não consegui conter as
lagrimas, era emoção demais!
– Venha pai, pegue sua bebe... - Sorri abertamente para Nina, a beijei delicadamente nos lábios e fui pegar Alice.
Quando
a me entregaram ela ainda chorava, mas eu não liguei, só fiquei
contemplando a sua beleza. Parecia que tinham apertado a tecla mudo e eu
só conseguia olhá-la como se fosse a ultima coisa que veria em minha
vida... Ela se mexia e chorava demais, seus braçinhos balançavam e ela
esticava a perna enquanto chorava e até isso a fazia mais linda.
–
Me deixe ver... - Nina falou meio fraca. Ainda estético, com um sorriso
bobo no rosto segurando o embrulho cor de rosa em meus braços, caminhei
até Nina e me agachei de modo que o rosto de Alice ficasse no meio dos
nossos. – Oi meu amor, bem vinda princesa... - A voz de Nina era tremula
devido as suas lágrimas mas no momento em que ela falou, Alice parou
de chorar e abriu bem os olhos procurando de onde vinha a voz. - É a
mamãe amor... – Ela aproximou o rosto da face de Alice e a beijou
delicadamente a testa. Foi momentâneo Alice se acalmar ao ouvir a voz da
mãe, era como se ela estivesse reconhecendo....
– Pronto, pronto... Vamos levá-la agora, venha com a gente pai!
– Não... - Nina gemeu em reluta.
– Calma mamãe, jájá ela estará em seus braços e faminta. - A medica riu.
Olhei para trás e sussurrei um "eu te amo" para Nina e segui com a nossa filha até onde a doutora tinha dito.
Alice Dobrev Somerhalder. Minha
filha, minha e de Nina. Quarenta e cinco centímetros. Dois quilos e
oitocentos. Cabelos negros e liso como os meus e de Nina, um nariz lindo
assim como o da sua mãe, os olhos azuis como os meus, queixo
arredondado como o de Nina... Linda, perfeita... A amava tanto, mas
tanto que era até difícil de explicar.
Nina teria que
ficar em observação até sua pressão normalizar. Seu caso ainda era grave
e ela ainda corria riscos por isso não podia vir para o quarto com a
gente. Eu só queria tê-la aqui comigo para que minha felicidade ficasse
completa...
Enquanto pensava nela Alice dormia calmamente em meus braços com uma das mãozinhas fechada em punho encostada à bochecha.
Ela
era tão pequena. Tão delicada e frágil que eu até tinha medo de
quebrá-la com esse meu jeito desajeitado de homem. Se duvidasse ela
cabia certinho em meu antebraço e minha mão...
Sem resistir, a
trouxe para mais perto de mim e dei um beijo demorado e carinhoso em sua
bochecha. Como conseguia amar tanto essa pequena menininha?
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