Alexander
tinha ido embora e eu continuei nos braços de Ian. Alice não entendia
absolutamente nada o que estava acontecendo e eu não queria explicar para ela a
situação, na verdade, não tinha nem como eu pelo menos tentar explicar para ela
tudo o que havia acontecido. Assim que ele tinha deixado a casa, ela me
bombardeou de perguntas, queria saber quem era aquele homem que gritava comigo
e porquê eu chorei, queria saber quem era Michaela e porque eu não a perdoava,
sem querer deixá-la sem respostas, eu omiti, falei que era um senhor mal e que
não gostava da mamãe e que Michaela era esposa dele e que eu não a perdoava
porque o que ela tinha feito comigo realmente não tinha perdão, como disse,
estava apenas omitindo. Ela era muito nova para essa história...
Falando
nisso, não sabia o que pensar... Era incrível como eu não me comovia com essa
historia, para mim aquela doença não justificava o que ela havia feito comigo e
por mim, poderia vir o melhor médico de Malibu dizer que ela não havia feito
isso conscientemente que eu não perdoaria, nunca. Não me importava que aquele
ódio que eu sentia por eles era um veneno que eu estava ingerindo aos poucos,
mas ele poderia me matar que eu não os perdoaria. Eu não iria conseguir olhar
na cara dela e não se lembrar dela me xingando de vagabunda ou vadia, jogando
em minha cara que eu só estava com Ian por interesse e que eu estava dando para
o médico de Mike ou pior, quando ela quis sair do país para tirar Alice de
mim... Impossível, impossível mesmo.
Demorei
longos minutos até me recuperar e Ian e Alice fizeram questão de que eu pelo
menos me sentasse à mesa com o resto da família, não consegui negar,
principalmente quando dona Edna disse para mim; “Venha almoçar com a sua
família de verdade, Nins”, ela tinha ouvido tudo e sabia de tudo que havia
acontecido comigo. Acho que minha relação com minha sogra era de causar inveja
em qualquer mulher, ela realmente foi a mãe que eu não tive.
Me sentei
com eles e ajudei Alice a comer, ela estava grudada em mim e extremamente
dengosa depois de ter me visto chorar e queria fazer de tudo para me deixar
feliz, o que não era muito difícil porque com apenas um sorriso dela melhorava
meu dia. Ela ficava falando que me amava o tempo todo e que estava feliz
comigo, coisas que gostava de ouvir. Alice era tão especial, era totalmente
diferente de qualquer criança que eu já tinha visto. Era obediente e carinhosa,
extremamente inteligente e esperta, ela era tudo o que eu precisava, parecia
que ela completava um vazio que eu tive em minha vida...
Depois no
almoço nós duas dividimos uma taça de sorvete de chocolate, mesmo que eu não
tivesse almoçado ela estava me fazendo comer com ela e ficamos assistindo filme
na sala. Clarisse estava deitada no colo de Ian e eu estava aconchegada nos
braços dele com Alice em meu colo. Quem visse de fora com certeza pensaria que
nós quatro éramos uma família, digo, que Clarisse era minha filha e de Ian
também de tão apegada que aquela pequena era a nós. As vezes até o pai dela
ficava com ciúmes dessa nossa relação, mas o que importava era que Robin
adorava ela ser apegada aos tios.
–Alguém
dormiu aqui no meu colo... – Ian falou baixinho.
– Clarisse
dormiu, pai? –Alice perguntou.
– Shhh...
Dormiu filha! – Ele colocou o indicador sobre os lábios para que ela fizesse
silencio. – E você, vai dormir? – A provocou.
– Eu não!
– Falou emburrada. – Estou assistindo filme, pai!
– Tudo
bem, tudo bem! – Falou rindo.
– Agora,
SHHHH. – Ali o imitou. – Quero ver o filme! – O repreendeu e voltou a
encostar-se a mim. Ela voltou a assistir e então Ian foi deixar Clarisse na
cama dela e logo voltou para onde estava.
– O que
acha de essa noite tirarmos para nós dois? – Afastou meus cabelos e sussurrou
em meu ouvido.
– Minha
noite... – Virei o rosto para ele sorrindo e ele retribuiu o sorriso travesso.
– Ela
dorme e nós vamos, o que acha?
– Pode
ser! – Me aproximei dele e o beijei levemente. – Mas antes eu quero passar em
um lugar... Sozinha. – Sorri maliciosa com uma ideia que tinha acabado de
passar em minha mente.
– Hmm
posso saber onde? – Não, eu não diria onde eu estava planejando ir,
principalmente com minha filha escutando.
– Não! –
Falei erguendo o nariz orgulhosa.- De noite você vai ver. – Sorri malandra.
– Hey
vocês dois, shiu! – Alice falou de novo brava.
– É o
papai, brigue com ele! – Apontei.
– De
novo, pai? – Colocou a mão na cintura nos fazendo gargalhar alto... – Vou ter
que assistir o filme de novo quando ele acabar! – Revirou os olhos.
...
De noite
deixamos Alice dormindo e fomos para a casa, tudo bem que ela foi dormir já era
muito tarde, mas mesmo assim não desistirmos de ir no divertir aquela noite.
De tarde
Ian ficou um tempo com Alice e eu consegui planejar como iria ser minha noite
com ele, tinha tido a “bela” ideia de ir a uma daquelas lojas para apimentar
nossa noite assim como ele havia feito comigo, mas com certeza foi uma terrível
ideia.
Acho que
as funcionárias da loja tiveram uma séria crise de riso pela minha extrema
vergonha de estar comprando tudo aquilo e por estar naquela loja. Com certeza
elas não estavam acostumadas com clientes tímidas como eu, então deve ter sido
no mínimo cômico ter me atendido.
Mas
enfim, eu estava trancada no banheiro me arrumando para começar minha noite
enquanto Ian estava na sala me esperando para jantarmos. Coloquei uma lingerie
vinho e uma camisa branca dele por cima, passei em meu corpo um hidratante com
cheiro de morango e coloquei o cabelo jogado para o lado, assim como ele
gostava. Peguei a sacola com tudo que iria usar e desci as escadas em silencio,
antes de ir até Ian fui para cozinha e peguei um pote cheio de gelo que usaria
com ele.
Voltei
para sala e Ian estava sentado no chão lendo um jornal apenas de cueca box
preta. Eu apenas sorri maliciosa e deixei meu pote com gelo e meus
brinquedinhos ao lado dele.
– Ian...
– O chamei com a voz aveludada e sedutora.
Ian
narrando
– Ian...
- Nina fez sua melhor voz sensual e me chamou. Eu estava lendo um jornal
enquanto ela se arrumava para jantarmos, eu estava programando comida chinesa,
mas do jeito que Nina apareceu em minha frente eu simplesmente desisti de comer
qualquer coisa...
Ela usava
uma camisa branca minha que cobria só até um pouco abaixo de suas nádegas,
estava com os primeiros botões abertos e os ombros fora do lugar. Seu cabelo
estava jogado para o lado e caía em seus olhos de uma forma terrivelmente sexy,
sem nem falar do perfume doce e delicioso que eu conseguia sentir de longe.
– Wow...
- Foi a única coisa que eu consegui proferir após ter retomado a consciência.
– O que
foi querido? - Fez beiço em uma falsa inocência. Enquanto ela esperava minha
resposta senti seu pé direito acariciar a lateral do meu corpo, do meu quadril
até a metade de minha cintura, sua pele macia estava quente o que deixou ainda
melhor a caricia. Eu não respondi, só fiquei curtindo aquilo, sentindo minha
pele arrepiar e esquentar gradualmente enquanto ela aumentava a área onde seu
pé alcançava.
Sem
pensar duas vezes, deixei meu jornal de lado e comecei com meus carinhos
também. Peguei sua panturrilha e acariciei ali, subi para sua coxa e a agarrei
com força a trazendo pra mim. Sua perna tinha um delicioso cheiro de morango
assim como o interior de sua coxa.
O corpo
inteiro dela estremeceu quando eu comecei a beijar a região, dando leves
lambidas e mordendo forte enquanto subia para sua intimidade.
–
Iaaan... - Ela gemeu em reluta e entrelaçou os dedos em meus cabelos. - Minha
noite... - Puxou sem muita força meus fios me fazendo afastar dela. - Teimoso!
- Me repreendeu. - Peguei uma camisa sua, espero que não ligue... - Sorriu
mordendo o lábio para me provocar.
– Eu
ligo, na verdade, estou bravíssimo! - Fiz uma cara de bravo brincando com ela.
- E acho que eu devo tirá-la agora! - Continuei brincando e tentei me levantar,
mas ela foi mais rápida e colocou o pé esquerdo contra meu peitoral e me
empurrou de volta para o chão.
– Eu
tiro! - Deu ênfase no "eu". Nina colocou uma mecha de cabelo para
trás da orelha e então me olhou travessa corando levemente. Então suas duas
mãos foram para o primeiro botão fechado e o abriu, me olhou com o mesmo
sorriso de antes e abriu o segundo, me olhou e foi para o terceiro. E assim fez
até todos os botões estarem abertos.
Nina
usava uma lingerie cor de vinho, seu sutiã tinha algumas rendinhas que deixavam
seus seios ainda mais fartos e sua calcinha era mínima. Sinceramente, não sabia
como conseguiam fazer algo tão pequeno e transparente como aquilo, era um gasto
de pano quando a mulher podia ficar sem ela porque não fazia muita diferença...
Minha
camisa deslizou pelos seus braços e então caiu no chão ficando seminua em minha
frente.
Foi
impossível não sorrir com aquela imagem. Seu corpo era escultural e ficava
ainda mais delicioso com aquele conjunto de lingerie, sua cintura era fina e os
quadris deixavam seu corpo exatamente com aquele formato de “violão” e seus
seios então... Acho que nem em sonho eu conseguiria uma mulher tão perfeita
como ela.
Meu corpo
de imediato respondeu a aquela visão e eu senti meu membro começar a criar
tamanho.
– Sabe,
as vendedoras quiseram me empurrar um uniforme de empregada e outras fantasias
estranhas, mas elas eram ridículas.... – Colocou a mão na cintura mostrando o
corpo para mim.
– Não estou
nem aí para a roupa que você vai usar, quero mais é você sem nada... – Peguei
sua mão e a puxei para o meu colo. Nina montou em meu colo e ela agarrou meus
cabelos da nuca me puxando para um beijo.
A língua
quente de Nina pediu brecha entre meus lábios e eu cedi. Nosso beijo era calmo
e intenso, mas com o tempo começou a pegar consistência e eu agarrava com força
sua cintura enquanto ela acariciava meu peitoral e meus ombros. Fui a puxando
mais para mim, mas então ela espalmou as mãos em meu peitoral me empurrando.
– Não
quer saber para onde eu fui essa tarde? – Nina não tirava a malícia de seu
sorriso e eu estava adorando tudo aquilo. – Bom, eu fui a umas lojinhas e ao
invés de improvisar como eu fiz uma vez, decidi usar os de verdade... – Pegou
uma sacola de papelão que só então eu percebi que estava ao nosso lado e tirou
uma algema falsa. Tive que fazer um enorme esforço para não rir ao imaginar
Nina extremamente corada e sem jeito comprando as coisas para essa noite, que
raiva, queria tanto ter presenciado esse momento... – E como temos um mocinho
muito teimoso e desobediente, sou obrigada a usá-las...
– Eu vou
obedecer! – Falei sério.
– Duvido!
– Sorriu divertida.
– Eu
juro! – Assenti.
– Vou te
dar apenas uma chance Somerhalder, apenas uma! – Levantou o polegar como se me
avisasse e eu apenas assenti. – Mas calma, isso não é tudo! – Voltou a mexer na
sacola e tirou de dentro uma venda vermelha. – Uma verdadeira... – Sorriu
orgulhosa me fazendo sorrir também. – Não espie... – Me reprimiu enquanto colocava
a venda em mim, eu apenas obedeci e fechei os olhos para não cair em tentação
de espiar. Os dedos dela emaranharam-se em meus cabelos e ela me puxou para si.
Sues delicados lábios roçaram-se aos meus e ao invés de começar um beijo, ela
puxou meu lábio inferior para si em uma mordida sensual e então seguiu com os
beijos para o meu rosto, seguindo para minha mandíbula e começando um caminho
até minha orelha, onde passou a ponta da língua por toda ela e fez com meu
lóbulo a mesma coisa que com o meu lábio, depois desceu para o meu pescoço, o
dando leves beijinhos e salpicando com mordidas e umas sutis lambidas.
Eu já
estava mais que ofegante, minha cabeça já tinha caído para trás e desancava no
sofá enquanto eu era pego de surpresa a cada caricia nova que recebia. A
sensação da boca de Nina em meu corpo era indescritível e a combinação de seus
lábios com suas mãos pequenas e ágeis era nada mais, nada menos que algo
entorpecente. Eu adorava quando ela assumia o controle, adorava quando ela
deixava toda aquela vergonha de lado e assumia aquela seu lado mulher sensual
que me deixava sedento de desejo.
Ela
começou um carinho leve e gostoso com as pontas de seus dedos deixando minha
pele completamente arrepiada e então começou outra trilha de beijos pelo meu
peitoral. Contornou cada músculo de meu abdômen e acariciou com a língua meus
mamilos, beijou e mordeu o restante de meu corpo descendo até meu umbigo.
Eu já
esperava que os beijos continuassem até meu membro, mas então ela parou e
apenas se ajeitou em meu colo. Eu estava quase tirando a venda para ver o
porquê de ela ter parado quando suas mãos quentes pegaram as minhas e levaram
até seu corpo. Nins as colocou no inicio de suas coxas e foi as guiando, subiu
lentamente pela mesma e foi para suas nádegas onde eu fiz questão de apertar
com força. Depois as levou para seus quadris e da mesma forma subiu pela sua
cintura fina e foi para sua barriga lisinha. Sem hesitar, subiu até seus seios
nus e só então eu entendi que a demora era porque ela estava tirando aquela peça.
Um suspiro pesado escapou quando eu senti seus mamilos já rígidos na palma de
minha mão em sinal de que ela estava igualmente excitada e eu não consegui me
controlar e acabei continuando as caricias por minha conta.
– Ian! –
Me repreendeu com a voz rouca e ofegante. – Você é muito teimoso! - Continuou
com o mesmo tom. – Eu te avisei, sua chance já era! – Eu conseguia perceber um
sorriso vitorioso pelo seu tom de voz enquanto ela pegava as algemas ao nosso
lado no chão. Em um movimento rápido minhas mãos foram para trás de meu corpo e
as algemas fechadas em torno de meus punhos.
– Não
Nina... – Gemi em reluta.
– Você se
contentaria em só sentir? Sem tentar tomar controle?– Sussurrou a milímetros de
minha boca.
– Obvio
que não! – Ri.
– Então
ficará algemado! – Sorriu saindo do meu colo para tirar minha cueca.
Ela se
sentou novamente em minhas pernas me puxando para um beijo ávido enquanto sua
mão esquerda mexia em alguma coisa ao nosso lado. Eu me perguntava o que tanto
ela mexia quando de repente a mão que ela usava tocou meu membro, extremamente
gelada, feito um cubo de gelo. Um urro de prazer escapou de mim e não conseguia
mais raciocinar direito.
–
Ni..ii..na... – Gemi. – Mas.... aaah... o que é... aaah... isso? – Ela apertava
meu membro enquanto fazia os movimentos com a mão.
– Minha
mão, oras... – Falou desaforada. – Fiquei pensando se você iria gostar da minha
mão gelada... Está gostando? – Sussurrou em meu ouvido e então trocou de mão,
colocando a direita que estava mais gelada ainda. Aquele gelado desapareceu e
quando eu estava quase chegando ao meu clímax, senti a boca quente de nina me
envolver.
Aquela
era mesmo a minha Nins? Era aquela Nina tímida e que corava quando o assunto
era sexo? Ela simplesmente queria me enlouquecer e para ser sincero estava
sendo muito bem sucedida nisso. O fato de eu não poder olhar o que ela iria
fazer ou tocá-la já tinha me deixado maluco imagine agora com toda essa
historia de gelo... Céus, eu não tinha palavras para descrever o quanto aquilo
era bom.
Ela
acelerou seus movimentos e eu não aguentei mais, simplesmente explodi de
prazer...
Minha
venda foi tirada e Nina se ajeitou no meu colo olhando de forma intensa. Seus
olhos castanhos tinham tomado um tom ainda mais escuro devido a excitação e ela
sorria de forma meiga para mim.
– Por
favor Nina, me deixe tocá-la... – Sussurrei ofegante.
– Não! –
Sorriu travessa.- Ainda não terminei...
– Vamos
logo com isso... – Implorei. Nina sorriu vitoriosa e em um movimento rápido se
colocou de pé, retirando sua “calcinha” e voltando a se sentar em mim. De leve
ela começou a rebolar sobre meu membro fingindo que iria me penetrar nela, me
colocando em sua entrada e depois saindo. – Nina... – Sussurrei.- Eu te
quero... – Gemi mas ela continuou com aquela tortura. – Arrrgh... – Falei frustrado.
Ao ver minha decepção ela foi me colocando dentro de si vagarosamente e
rebolando. – Aaaaaah... – Sorri de prazer.
Eu acho
que aquilo nunca iria mudar. Aquela sensação deliciosa de completa-la sempre
teria a mesma intensidade, poderíamos estar há anos juntos mas todas as vezes
que fazíamos amor era uma experiência nova e surpreendente, era como se ainda
não nos conhecêssemos o suficiente ou bem pelo contrario, nós nos conhecíamos e
sabíamos exatamente o que cada um queria e o que gostava.
Entre
nossos corpos não tinha um milímetro se quer, principalmente quanto Nina levou
as mãos até as minhas atrás de minhas costas as soltando. Já com as mãos livres
eu a abracei e ela fez o mesmo em mim sem parar de se mover. Eu tinha a
impressão de que nossos corpos queriam se juntos literalmente em um só de tão
colados que estávamos e não demorou muito para que exatamente juntos nós
chegássemos ao ponto mais alto da relação.
– Nins...
– Foi a única coisa que eu consegui falar depois daquele intenso clímax. Ela
não respondeu nada, apenas nos desconectou e colou nossos lábios em um beijo
gostoso.
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