sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 24 - Unexpected

Na manha seguinte eu estava imprestável. Meu corpo estava um tanto estranho, meio dolorido e pesado devido a tantos “exercícios” na madrugada e pelo jeito que havia dormido, mas por mais que estivesse desacomodada eu não queria sair da cama nem dos braços de meu marido nunca mais. Ian havia consumido minha energia e eu simplesmente adormeci em cima dele depois de termos nos unido pela ultima vez e em cima dele acordei, sem me mover um milímetro se quer.
Sinceramente não faço a mínima ideia de quantas vezes dissemos que iríamos dormir mas segundos depois estávamos nos beijando ferozmente nos excitando novamente. Eu queria saber como conseguíamos ter tão insaciáveis, Ian era ótimo no que fazia e sempre quando acabávamos eu ansiava por mais e mais e mais, era desejo que não tinha fim... Aquela noite tinha sido mais do que especial e com certeza estava na minha lista das melhores com Ian. Ian me enlouquecia tão facilmente, eu era tão vulnerável a ele... Cada toque, beijo, caricia mais ousada, olhares maliciosos e minha pele já estava em fogo. Eu era muito fraca com isso e mesmo depois de tantos anos sendo só dele as reações eram tão intensas quanto às do início de nosso relacionamento. Talvez isso acontecesse porque nós sabíamos exatamente o que o outro gostava e então investíamos naquelas táticas as aperfeiçoando cada vez que fazíamos amor.
A luz forte do sol entrava pela “janela” ao nosso lado mas pouco nos importamos, por mais que ela estivesse incomodando nós estávamos esgotados demais para ligar ou para levantar e fechar a cortina então simplesmente ignoramos a claridade nos olhos e nos acomodamos melhor na cama, agora dormindo de conchinha.
Eu estava em um sono delicioso, perfeitamente aconchegada nos braços de Ian e envolvida somente com o calor do corpo dele quando meu maldito celular começou a tocar. Ok, eu não iria atender. Não era nada importante, disso tenho certeza. Alice estava bem com seus avós e provavelmente ainda estaria dormindo, Edna tinha consciência do que eu e Ian estivemos fazendo e não iria nos ligar. Afundei a cabeça no travesseiro abafando meus ouvidos e até a pessoa que me ligava desistir. Demorou um bocado para que ele parasse de tocar e assim que eu estava quase adormecendo novamente ele volta a tocar.
– Nina, desligue essa merda se não eu mesmo vou levantar e jogar esse celular na piscina ou até mesmo no mar... – Ian resmungou mal humorado. Senhor, nem parecia que tínhamos passado a noite inteira transando de tão ranzinza.
– Meu deus, mau humor dormiu ao meu lado... – Me levantei e peguei o celular. Só para prevenir, olhei quem era e o identificador de chamadas mostrava o nome de Julian na tela. – É Julian...
– Ah agora que eu jogo ele na água mesmo! – Ian bufou. – Desligue isso pequena e volte para a cama. – Se virou de barriga para cima e olhou para mim. –Ou fale que você está muito ocupada em sua lua de mel e ele acabou de atrapalhar nossa transa! – Sorriu malicioso.
– Ian! – O repreendi corando. – O que será que ele quer? – Perguntei curiosa.
– Nina, você não vai atendê-lo na nossa lua de mel, não é mesmo? – Ele falou ciumento.
– Não deve ser nada mesmo... – Suspirei derrotada. Realmente não deveria ser nada de importante e mesmo que fosse eu não iria atender, Ian ficaria muito triste se fizesse. – Pronto, desligado! – Sorri desligando o celular.
– Muito bem... Agora o guarde bem no fundo da mala! – Falou e eu obedeci. – Agora Senhora Somerhalder, volte a se deitar aqui comigo...
– Mas você está muito folgado! – Me sentei ao seu lado me cobrindo com o lençol. – Temos que ir pegar nossa pequena na casa de sua mãe, amor.
– Não podemos aproveitar mais? Depois podemos passar o dia inteiro com ela, eu juro! – Fez bico.
– Aproveitar mais? – Perguntei perplexa. – De onde você tira tanto fogo?
– Não falei nesse sentido! – Sorriu malicioso. – Mas se você interpretou... – Se ajeitou na cama de lado virado de frente para mim. – Mas, por favor pequena, vamos dormir mais um pouco, estou acabado... – Riu cansado.
– Ok, mas só mais quinze minutinhos! – Levantei o dedo em sua direção mostrando minha condição.
– Só isso? Como você é má...
– E se você não estiver de pé, venho te buscar! – Dei um selinho nele e me levantei da cama.
– Ai como eu sofro... – Manhou. Eu apenas dei risada e peguei minha calcinha e uma regata de Ian e fui para a cozinha.
A geladeira estava cheia de coisas e eu imaginei que Ian tivesse feito alguma coisa a respeito disso. Tinha geleias, creme de amendoim, diversas frutas, sucos... Em cima do balcão tinha uma cesta com pão de forma e algumas bolachas. Felizmente não precisei ficar pensando em alguma coisa muito sofisticada para nosso desjejum, tudo estava pronto e a única coisa que realmente fiz foi passar café.
Enquanto eu esperava distraída o café preencher a garrafa da cafeteira, senti Ian me abraçar por trás beijando meu pescoço.
Ian Narrando
– Bom dia meu amor, está com o humor melhor? – Riu se deliciando com meus carinhos.
– Estou sim! – Respirei contra sua pele. Ela ainda estava com o perfume do creme que eu havia passado nela na noite anterior, não era tão forte como antes porque um pouco do cheiro estava em meu corpo e nos nossos lençóis, mas ainda assim estava delicioso. – Você ainda está com o cheiro do nosso creme... – Sorri contra seu pescoço.
– Seria estranho não estar... – Riu. – Usamos o frasco inteiro ontem... – Se aconchegou em meu peitoral.
– Aliás, gostou do efeito do creme? – Sussurrei em meu ouvido fazendo seu corpo se arrepiar.
– Pronto, muitas provocações e insinuações para uma manha só. – Me repreendeu e se soltou de mim. – Em cima da mesa tem morangos que eu acabei e lavar... Sei que você gosta! – Sorriu maliciosa para mim. Nina adorava fazer tudo o que eu gostava, ela falava que era eu que a mimava mas ela também adorava fazer as coisas que eu gostava.
– Você é perfeita! – Sorri a dando beijos estralados na bochecha. Peguei a vasilha com morangos com uma mão e com a outra levei um até a boca. – Wow isso está muito bom, sério mesmo! – A fruta estava extremamente doce, um dos melhores morangos que já tinha comido. – Sério mesmo, você tem que provar isso! – Falei indo para perto dela e levei até sua boca o morango que eu tinha mordido. Nina sorriu para mim e mordeu a fruta deixando seus lábios tocar meus dedos. – Boa não é? – Sorri.
– Uma delicia... – Concordou pegando outro e colocando a metade dele na boca e me puxou para um beijo. Nós mordemos o morango juntos e começamos um beijo delicioso e literalmente doce.
– Você faz ideia o quanto isso é sexy? – Perguntei segurando seu rosto e mordendo seu lábio. Peguei outro morango e repeti seu ato só que não nos separando após o beijo e ao invés disso a puxei pela cintura e a coloquei sentada no balcão me colocando no meio de suas pernas.
As mãos dela agarravam meus cabelos fazendo um carinho gostoso e me apertava com suas pernas. Adorava sentir suas mãos delicadas em meu corpo, me acariciando, me apertando... Suas unhas um tanto compridas me arranhando quando estava excitada ou com prazer... Desci meus beijos até seu pescoço e ela jogou a cabeça para trás abrindo mais espaço para que eu a beijasse. Deixei minhas mãos agarrarem suas coxas com força abrindo ainda mais suas pernas para que eu ficasse ali no meio.
– Ian... – Ela gemeu e só então percebi que eu já estava um tanto ereto contra sua intimidade. Nos separei por uns estantes me lembrando de que dentro do armário tinha um chantilly para ocasiões como aquela. Abri o armário e de primeira encontrei o frasco de chantilly, sem deixá-la esperar, retirei sua calcinha e ela me olhava curiosa, sem entender o que ia fazer.
– Você sabe que eu adoro chantilly com morango? – Sacudi o spray a olhando malicioso. – Mas será que chantilly com Nina fica bom? – Abri a tampa, espirrei um pouco em seus lábios e depois passei a língua por eles a fazendo sorrir e morder meu lábio antes de nos separarmos. – Se me permite, irei tirar uma casquinha... – Sorri malicioso e abri mais suas pernas espirrando chantilly no interior de suas coxas e me agachando para ficar na altura delas.
– Ian, essa é a minha noite... – Ela reclamou gemendo ao sentir minha língua lambendo a trilha suja em suas coxas.
– Tudo bem, a noite pode ser, mas ainda é dia e você ainda é minha! – Ri mordendo forte o local.
– Aah... – Agarrou a borda do balcão jogando a cabeça para trás. Adorava ver suas reações “exageradas” com meus toques, adorava a fazer gemer para mim e se arquear em minha direção e adorava também sorrir orgulhoso ao ver que minhas caricias a agradavam porque sabia que isso a irritava demais.
Antes de pegar novamente o chantilly suguei sua coxa com força deixando uma mancha vermelha na região e então peguei o spray, abri ainda mais suas pernas e coloquei uma grande quantidade do creme branco em seu sexo. Nina ainda agarrada na borda do balcão arqueou seu tronco para frente jogando a cabeça para trás extasiada de prazer. Agarrei com força suas coxas e afundei minha cabeça em sua intimidade, limpando todo o “sujo”.
– Iaaaaaaan.... – Gemeu alto agarrando meus cabelos da nuca. Deixei minha língua passear por todo seu sexo, cada perímetro dele e depois suguei seu clitóris com força. – Aaaaaah.... – Puxou meus cabelos como se pedisse por mais. Rapidamente eu a atendi e penetrei minha língua nela o máximo que consegui. Seus gemidos eram gritos de prazer, sua respiração era mais do que ofegante e eu tinha a impressão de que ela iria arrancar meus cabelos ou iria deixar minha nuca em sangue de tanto que os puxava e cravava as unhas em minha pele.
Eu podia sentir que ela estava quase lá e com isso eu apenas mordisquei seu clitóris puxando para mim entre dentes e ela estremeceu chegando ao seu clímax. Pude perceber seu corpo inteiro mole porque ela se encostou a geladeira que ficava ao seu lado no balcão de olhos fechados. Sem esperar que ela recompor a puxei para os meus braços, abraçando sua cintura e a fazendo descansar a cabeça em meu ombro. Sua respiração pinicava meu pescoço o que me deixava mais excitado do que estava, como se fosse possível, e minhas mãos acariciavam sua cintura fina por cima da minha regata branca de ontem que ficava um vestido para ela.
– Minha vez de me divertir... –Falou ainda extasiada em meu ouvido. Suas mãos agarraram minha nuca e ela me puxou para um beijo delicioso. Sua língua quente se enroscava com a minha e tomava controle da situação me empurrando para trás para que ela pudesse descer do balcão.
Quando percebi nossas posições estavam invertidas e ela me prensava contra uma parede próxima enquanto suas pequeninas mãos percorriam meu corpo inteiro. Nins contornou cada pedaço do meu peitoral, arranhando levemente e apertando com força meus ombros e braços me deixando cada vez mais louco.
– Hm, você sabe que eu não gosto muito de chantilly mas você está me fazendo mudar de ideia! – Sorriu maliciosa para mim colocando na ponta de seus dedos e depois os lambendo sensualmente olhando fixamente para mim. Depois colocou o chantilly novamente nos mesmos dedos e ofereceu para mim e bem na hora que eu abri a boca para lamber seu dedo ela lambuzou todo meu rosto.
– Golpe baixo! – Reclamei e ela riu me puxando para limpar todo meu rosto. – Mais baixo ainda! – Reclamei.
– Aé? – Riu e me melecou meu peitoral e o inicio de meu abdômen como se fizesse meu caminho da felicidade com o conteúdo branco.
– Covardia, aaah, muita covardia! – Fechei os olhos e “reclamei” quando sua língua tocou minha pele, lambendo o que havia sujado.
Eu simplesmente perdi todos os sentidos quando Nina abaixou minha cueca e seus lábios tocaram meu membro e suas mãos me estimulavam enquanto sua língua me torturava. A senti sorrir vitoriosa assim como eu fazia com ela ao me ver estremecer quando sua língua me percorreu de cima a baixo.
– Nins, vai logo.... – Seu sorriso aumentou e ela me abocanhou por inteiro me fazendo delirar jogando a cabeça para trás enquanto soltava um gemido rouco e desconexo. Sua língua me masssageou e quando eu pensei que não podia ficar melhor, começou a fazer movimentos rápidos sem que eu precisasse tentar comandar meu ritmo desejado, céus, como aquilo era bom. Eu simplesmente não aguentei quando ela parou o que fazia e me mordeu de leve. – Nina! – Gemi alto quando atingi meu ápice. Ela foi subindo pelo meu peitoral aos beijos e ao chegar a minha altura novamente acariciou meu rosto ajeitando meus cabelos molhados de suor para trás.
Nina me olhava carinhosa, esperando calmamente até que eu me recompusesse e acariciando minha nuca como sempre fazia. Sem querer esperar mais eu agarrei sua cintura e a trouxe para mim e nós nos beijamos apaixonadamente.
– Tenho uma proposta indecente a lhe fazer. – Uma ideia surgiu em minha mente me fazendo sorrir malicioso para minha esposa.
– Porque não me surpreendo? – Sorriu contra meus lábios. – Sou toda a ouvidos Sr. Somerhalder.
– O que acha de uma piscina antes de irmos buscar Alice... – Argui a sobrancelha com um olhar sugestivo.
– Wow quanta indecência! – Riu. – Mas eu adoraria. – Grudou nossos lábios e eu agarrei sua cintura com mais força e nos guiamos até a piscina.
Rapidamente eu tirei a blusa que ela usava e nos desgrudamos apenas para entrar na piscina com cuidado. Ao entrarmos na água, Nina abraçou minha cintura com as pernas e eu fui andando até o lado mais fundo da piscina prensando o corpo dela contra a borda e tomando a boca dela para mim em um beijo calmo mas ao mesmo tempo apaixonado. Ela me apertava entre suas pernas e eu podia sentir sua intimidade quente contra minha barriga, ela parecia pulsar por mim e eu estava quase a fazendo minha quando ela começou a rebolar contra meu membro.
Nina tinha acordado terrível, parecia que estavam fazendo questão de me enlouquecer e a se divertir as minhas custas. Odiava quando ela insinuava que iria nos encaixar mas então começava a me provocar. Eu ficava totalmente sem ação e ela sempre saía vitoriosa na historia. Sem esperar mais agarrei sua cintura e a penetrei de uma vez só... Como eu amava estar dentro dela, adorava fazê-la minha.
Eu ditei o ritmo que quis, não comecei lentamente como sempre fazia mas sim forte o bastante para que nos fizesse gemer extremamente alto e para fazer ondas na água da piscina. Eu sentia que não iria aguentar muito tempo, já estava excitado demais devido a brincadeira de Nina e eu não queria chegar antes dela mas com a velocidade de minhas estocadas não estava cooperando com esse meu desejo.
– Argh Nina, eu não aguento mais! – Gemi cerrando os dentes tentando me concentrar para não chegar antes dela.
– Não! – Nina segurou meu rosto e me olhou dentro dos olhos. – Consegui sim! –Falou em desespero e em resposta eu sorri vitorioso.
– E então, o que você quer que eu faça? – Sorri malicioso.
– Eu quero que você se controle e continue mais forte! – Falou convicta.
– Mais forte? – Perguntei surpreso.
– Mais forte! – Continuou com o mesmo tom. Eu só assenti e voltei a me mover ainda mais forte e rápido que antes.
...
Estávamos finalmente indo para a casa de minha mãe depois daquela manha extremamente agitada. Nina insistiu em tomar banho para depois pegar Alice e irmos para praia. Eu sinceramente achei que tomar banho era frescura, mas então ela disse que me deixaria tomar com ela e logo mudei de ideia.
Chegando à casa de minha mãe, fomos recebidos por abraços fortes de nossa filha que já estava até de biquíni e com sua bolsa de praia pronta para sairmos.
– Demoramos muito, princesa? – Nina perguntou a pegando no colo.
– Um pouco! – Riu sapeca.
– Alice não parava de chamar por vocês... – Robin entrou no assunto enquanto arrumava Clarisse também. – Lua de mel com filho não é uma historia fácil! – Ela riu e eu vi Nina ficar completamente vermelha.
– Lua de mel? O que é isso? – Alice perguntou. Havia esquecido como minha filha era curiosa e esperta, não podíamos falar nada perto dela que sempre éramos questionados.
– Wow vocês estavam fazendo bebes tio? – Clarisse perguntou abismada e eu não pude conter uma gargalhada exagerada.
– Meu deus, será que da para mudar de assunto? Tem crianças na sala... – Nina nos repreendeu.
– Eu não falei nada, me tire dessa. – Levantei meus braços me rendendo.
– Sim, vocês estavam fazendo bebes! – Clarisse concluiu.
– Não filha, seus tios ficaram jogando cartas, assistindo televisão, comendo... – Robin acrescentou.
– Ah que sem graça... – Falou cabisbaixa.
– Pronto, antes que o assunto continue, vamos? – Nina falou olhando para mim implorando para sairmos de lá.
– Vamos amor! – Sorri e peguei Alice de seu colo. Nina pegou a bolsa da nossa filha e nós nos despedimos e seguimos para a praia.
A praia não estava tão cheia e nós conseguimos um lugar privilegiado para montar a tenda. Arrumamos um lugar especial para Alice brincar na sombra, passamos protetor solar e fomos brincar.
– Pai, mãe, quero jogar bola! – Ali levantou da areia onde brincava e pegou sua bola rosa a trazendo em minha direção e de Nina.
– Vamos lá então, eu e você contra a sua mãe Ali! – Sorri perverso para Nina.
– Ata, agora eu sou a bobinha? – Nina falou birrenta.
– É isso mesmo mamãe e não reclama! – Alice riu.
– Ah, mas se eu ganhar eu encho você de cócegas menininha! – Nins ameaçou Ali.
– Eu vou ganhar! – Alice mostrou a língua e se colocou no lugar esperando que eu começasse a jogar.
– Vou jogar, quero ver você pegar ein filha! – Falei para ela jogando a bola em sua direção e sem querer joguei um pouco forte demais que acabou atingindo um casal em nossa frente. Alice automaticamente começou a rir e correu para pega a bola com os dois senhores a nossa frente.
– Ian, vai lá agora! – Nina falou brava comigo e eu comecei a rir.
– Calma pequena, foi um acidente!
– É, mas vai lá logo! – Apontou para eles me mandando ir.
Fui andando de vagar até eles e conseguia ouvir Alice conversando com o casal atingido.
– Me desculpe a bola foi forte demais! – Ela falou envergonhada.
– Olá menina bonita, tudo bem, não tem problema. – Uma voz feminina respondeu. – Você é muito linda sabia disso? Posso saber seu nome?
– Desculpe mas minha mamãe me ensinou a não falar com estranhos... – Respondeu. Tive que me conter para não começar a realmente rir. Ah minha filha sempre me dando orgulho...
– É mesmo? E cadê sua mamãe? – Ela falou.
– Hey, desculpem, não era nossa intenção, estávamos jogando ali atrás e sem querer perdi o controle da bola. – Cheguei perto deles ao perceber que ela estava tentando puxar conversa com Alice.
– Tudo bem, você tem uma filha adorável! – A senhora respondeu se levantando, mas não consegui vê-la direito pois usava grandes óculos escuros e um chapéu. Enquanto ela elogiava Alice, consegui ouvir os passos de Nina atrás de nós e ao mesmo tempo que a senhora se virou para minha mulher, as duas ficaram imóveis apenas se olhando sem falar nada.
– Michaela? – Nina sussurrou.
Ah não, o que eu mais temia, aconteceu. Nina estava frente a frente com seus pais e Alice também estava junto... Se soubesse que iria ser assim não teria as trazido para aquele lado da praia, mas infelizmente a burrada já estava feita e nós tínhamos nos reencontrado mais uma vez.
– Nina? – Michaela tirou os óculos e só então eu a reconheci, o senhor que ao seu lado lia um livro se levantou ao ouvir o nome da filha e se colocou ao lado da mulher para nos olhar.
– Alice, venha já aqui! – Nina falou com a voz tremula.
– Então é Alice o nome dela? – “Minha sogra” falou se aproximando de minha princesa que se escondia envergonhada nas pernas da mãe.
– Fique longe dela! – Nina sibilou protetora.
– Hey Alice! – A mulher continuou a avançar e eu me intrometi, me colocando a frente das duas como se fizesse uma barreira. – Ela... ela... Ela é tão linda! – Falou com lagrimas nos olhos. Qual é? Essa velha tinha coração? Duvido!
– Não ouse em chegar perto dela, se você esqueceu, eu continuo sendo uma vagabunda! – Nina falou grossa e eu peguei Alice em meu colo e puxei Nins pela cintura as protegendo. – Vamos embora Ian! – Me puxou pelo braço para irmos embora.
– Espere, me deixe vê-la! – Falou nos parando.
– Qual parte do “fique longe dela” você não entendeu? – Nina respondeu fria e nós continuamos andando.
Ao voltarmos à nossa tenda eu abracei forte Nina com Alice em meus braços e pude sentir algumas lágrimas quentes em meu peitoral nu.
– Hey meu amor... – Levantei a cabeça dela para que ela me olhasse. Alice não sabia o que fazer e também não entendia o que tinha acontecido, seus olhinhos azuis estavam arregalados e eu pude perceber que ela estava com medo de alguma coisa pelo modo que ela se segurava em meu pescoço.
– Por favor, só vamos embora. – Ela sussurrou virando o rosto desviando nossos olhares para que eu não a visse chorar. Novamente eu a puxei para outro abraço ainda mais forte e só ali ela se permitiu chorar de verdade.

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