Na manha
seguinte eu estava imprestável. Meu corpo estava um tanto estranho, meio
dolorido e pesado devido a tantos “exercícios” na madrugada e pelo jeito que
havia dormido, mas por mais que estivesse desacomodada eu não queria sair da
cama nem dos braços de meu marido nunca mais. Ian havia consumido minha energia
e eu simplesmente adormeci em cima dele depois de termos nos unido pela ultima
vez e em cima dele acordei, sem me mover um milímetro se quer.
Sinceramente
não faço a mínima ideia de quantas vezes dissemos que iríamos dormir mas
segundos depois estávamos nos beijando ferozmente nos excitando novamente. Eu
queria saber como conseguíamos ter tão insaciáveis, Ian era ótimo no que fazia
e sempre quando acabávamos eu ansiava por mais e mais e mais, era desejo que
não tinha fim... Aquela noite tinha sido mais do que especial e com certeza
estava na minha lista das melhores com Ian. Ian me enlouquecia tão facilmente,
eu era tão vulnerável a ele... Cada toque, beijo, caricia mais ousada, olhares
maliciosos e minha pele já estava em fogo. Eu era muito fraca com isso e mesmo
depois de tantos anos sendo só dele as reações eram tão intensas quanto às do
início de nosso relacionamento. Talvez isso acontecesse porque nós sabíamos
exatamente o que o outro gostava e então investíamos naquelas táticas as
aperfeiçoando cada vez que fazíamos amor.
A luz
forte do sol entrava pela “janela” ao nosso lado mas pouco nos importamos, por
mais que ela estivesse incomodando nós estávamos esgotados demais para ligar ou
para levantar e fechar a cortina então simplesmente ignoramos a claridade nos
olhos e nos acomodamos melhor na cama, agora dormindo de conchinha.
Eu estava
em um sono delicioso, perfeitamente aconchegada nos braços de Ian e envolvida
somente com o calor do corpo dele quando meu maldito celular começou a tocar.
Ok, eu não iria atender. Não era nada importante, disso tenho certeza. Alice
estava bem com seus avós e provavelmente ainda estaria dormindo, Edna tinha
consciência do que eu e Ian estivemos fazendo e não iria nos ligar. Afundei a
cabeça no travesseiro abafando meus ouvidos e até a pessoa que me ligava
desistir. Demorou um bocado para que ele parasse de tocar e assim que eu estava
quase adormecendo novamente ele volta a tocar.
– Nina,
desligue essa merda se não eu mesmo vou levantar e jogar esse celular na
piscina ou até mesmo no mar... – Ian resmungou mal humorado. Senhor, nem
parecia que tínhamos passado a noite inteira transando de tão ranzinza.
– Meu
deus, mau humor dormiu ao meu lado... – Me levantei e peguei o celular. Só para
prevenir, olhei quem era e o identificador de chamadas mostrava o nome de
Julian na tela. – É Julian...
– Ah
agora que eu jogo ele na água mesmo! – Ian bufou. – Desligue isso pequena e
volte para a cama. – Se virou de barriga para cima e olhou para mim. –Ou fale
que você está muito ocupada em sua lua de mel e ele acabou de atrapalhar nossa
transa! – Sorriu malicioso.
– Ian! –
O repreendi corando. – O que será que ele quer? – Perguntei curiosa.
– Nina,
você não vai atendê-lo na nossa lua de mel, não é mesmo? – Ele falou ciumento.
– Não
deve ser nada mesmo... – Suspirei derrotada. Realmente não deveria ser nada de
importante e mesmo que fosse eu não iria atender, Ian ficaria muito triste se
fizesse. – Pronto, desligado! – Sorri desligando o celular.
– Muito
bem... Agora o guarde bem no fundo da mala! – Falou e eu obedeci. – Agora
Senhora Somerhalder, volte a se deitar aqui comigo...
– Mas
você está muito folgado! – Me sentei ao seu lado me cobrindo com o lençol. –
Temos que ir pegar nossa pequena na casa de sua mãe, amor.
– Não
podemos aproveitar mais? Depois podemos passar o dia inteiro com ela, eu juro!
– Fez bico.
–
Aproveitar mais? – Perguntei perplexa. – De onde você tira tanto fogo?
– Não
falei nesse sentido! – Sorriu malicioso. – Mas se você interpretou... – Se
ajeitou na cama de lado virado de frente para mim. – Mas, por favor pequena,
vamos dormir mais um pouco, estou acabado... – Riu cansado.
– Ok, mas
só mais quinze minutinhos! – Levantei o dedo em sua direção mostrando minha
condição.
– Só
isso? Como você é má...
– E se
você não estiver de pé, venho te buscar! – Dei um selinho nele e me levantei da
cama.
– Ai como
eu sofro... – Manhou. Eu apenas dei risada e peguei minha calcinha e uma regata
de Ian e fui para a cozinha.
A
geladeira estava cheia de coisas e eu imaginei que Ian tivesse feito alguma
coisa a respeito disso. Tinha geleias, creme de amendoim, diversas frutas,
sucos... Em cima do balcão tinha uma cesta com pão de forma e algumas bolachas.
Felizmente não precisei ficar pensando em alguma coisa muito sofisticada para
nosso desjejum, tudo estava pronto e a única coisa que realmente fiz foi passar
café.
Enquanto
eu esperava distraída o café preencher a garrafa da cafeteira, senti Ian me
abraçar por trás beijando meu pescoço.
Ian
Narrando
– Bom dia
meu amor, está com o humor melhor? – Riu se deliciando com meus carinhos.
– Estou
sim! – Respirei contra sua pele. Ela ainda estava com o perfume do creme que eu
havia passado nela na noite anterior, não era tão forte como antes porque um
pouco do cheiro estava em meu corpo e nos nossos lençóis, mas ainda assim
estava delicioso. – Você ainda está com o cheiro do nosso creme... – Sorri
contra seu pescoço.
– Seria
estranho não estar... – Riu. – Usamos o frasco inteiro ontem... – Se aconchegou
em meu peitoral.
– Aliás,
gostou do efeito do creme? – Sussurrei em meu ouvido fazendo seu corpo se
arrepiar.
– Pronto,
muitas provocações e insinuações para uma manha só. – Me repreendeu e se soltou
de mim. – Em cima da mesa tem morangos que eu acabei e lavar... Sei que você
gosta! – Sorriu maliciosa para mim. Nina adorava fazer tudo o que eu gostava,
ela falava que era eu que a mimava mas ela também adorava fazer as coisas que
eu gostava.
– Você é
perfeita! – Sorri a dando beijos estralados na bochecha. Peguei a vasilha com
morangos com uma mão e com a outra levei um até a boca. – Wow isso está muito
bom, sério mesmo! – A fruta estava extremamente doce, um dos melhores morangos
que já tinha comido. – Sério mesmo, você tem que provar isso! – Falei indo para
perto dela e levei até sua boca o morango que eu tinha mordido. Nina sorriu
para mim e mordeu a fruta deixando seus lábios tocar meus dedos. – Boa não é? –
Sorri.
– Uma
delicia... – Concordou pegando outro e colocando a metade dele na boca e me
puxou para um beijo. Nós mordemos o morango juntos e começamos um beijo
delicioso e literalmente doce.
– Você
faz ideia o quanto isso é sexy? – Perguntei segurando seu rosto e mordendo seu
lábio. Peguei outro morango e repeti seu ato só que não nos separando após o
beijo e ao invés disso a puxei pela cintura e a coloquei sentada no balcão me
colocando no meio de suas pernas.
As mãos
dela agarravam meus cabelos fazendo um carinho gostoso e me apertava com suas
pernas. Adorava sentir suas mãos delicadas em meu corpo, me acariciando, me
apertando... Suas unhas um tanto compridas me arranhando quando estava excitada
ou com prazer... Desci meus beijos até seu pescoço e ela jogou a cabeça para
trás abrindo mais espaço para que eu a beijasse. Deixei minhas mãos agarrarem
suas coxas com força abrindo ainda mais suas pernas para que eu ficasse ali no
meio.
– Ian...
– Ela gemeu e só então percebi que eu já estava um tanto ereto contra sua
intimidade. Nos separei por uns estantes me lembrando de que dentro do armário
tinha um chantilly para ocasiões como aquela. Abri o armário e de primeira
encontrei o frasco de chantilly, sem deixá-la esperar, retirei sua calcinha e
ela me olhava curiosa, sem entender o que ia fazer.
– Você
sabe que eu adoro chantilly com morango? – Sacudi o spray a olhando malicioso.
– Mas será que chantilly com Nina fica bom? – Abri a tampa, espirrei um pouco
em seus lábios e depois passei a língua por eles a fazendo sorrir e morder meu
lábio antes de nos separarmos. – Se me permite, irei tirar uma casquinha... –
Sorri malicioso e abri mais suas pernas espirrando chantilly no interior de
suas coxas e me agachando para ficar na altura delas.
– Ian,
essa é a minha noite... – Ela reclamou gemendo ao sentir minha língua lambendo
a trilha suja em suas coxas.
– Tudo
bem, a noite pode ser, mas ainda é dia e você ainda é minha! – Ri mordendo
forte o local.
– Aah...
– Agarrou a borda do balcão jogando a cabeça para trás. Adorava ver suas
reações “exageradas” com meus toques, adorava a fazer gemer para mim e se
arquear em minha direção e adorava também sorrir orgulhoso ao ver que minhas
caricias a agradavam porque sabia que isso a irritava demais.
Antes de
pegar novamente o chantilly suguei sua coxa com força deixando uma mancha
vermelha na região e então peguei o spray, abri ainda mais suas pernas e
coloquei uma grande quantidade do creme branco em seu sexo. Nina ainda agarrada
na borda do balcão arqueou seu tronco para frente jogando a cabeça para trás
extasiada de prazer. Agarrei com força suas coxas e afundei minha cabeça em sua
intimidade, limpando todo o “sujo”.
–
Iaaaaaaan.... – Gemeu alto agarrando meus cabelos da nuca. Deixei minha língua
passear por todo seu sexo, cada perímetro dele e depois suguei seu clitóris com
força. – Aaaaaah.... – Puxou meus cabelos como se pedisse por mais. Rapidamente
eu a atendi e penetrei minha língua nela o máximo que consegui. Seus gemidos
eram gritos de prazer, sua respiração era mais do que ofegante e eu tinha a
impressão de que ela iria arrancar meus cabelos ou iria deixar minha nuca em
sangue de tanto que os puxava e cravava as unhas em minha pele.
Eu podia
sentir que ela estava quase lá e com isso eu apenas mordisquei seu clitóris
puxando para mim entre dentes e ela estremeceu chegando ao seu clímax. Pude
perceber seu corpo inteiro mole porque ela se encostou a geladeira que ficava
ao seu lado no balcão de olhos fechados. Sem esperar que ela recompor a puxei
para os meus braços, abraçando sua cintura e a fazendo descansar a cabeça em
meu ombro. Sua respiração pinicava meu pescoço o que me deixava mais excitado
do que estava, como se fosse possível, e minhas mãos acariciavam sua cintura
fina por cima da minha regata branca de ontem que ficava um vestido para ela.
– Minha
vez de me divertir... –Falou ainda extasiada em meu ouvido. Suas mãos agarraram
minha nuca e ela me puxou para um beijo delicioso. Sua língua quente se
enroscava com a minha e tomava controle da situação me empurrando para trás
para que ela pudesse descer do balcão.
Quando
percebi nossas posições estavam invertidas e ela me prensava contra uma parede
próxima enquanto suas pequeninas mãos percorriam meu corpo inteiro. Nins
contornou cada pedaço do meu peitoral, arranhando levemente e apertando com
força meus ombros e braços me deixando cada vez mais louco.
– Hm,
você sabe que eu não gosto muito de chantilly mas você está me fazendo mudar de
ideia! – Sorriu maliciosa para mim colocando na ponta de seus dedos e depois os
lambendo sensualmente olhando fixamente para mim. Depois colocou o chantilly
novamente nos mesmos dedos e ofereceu para mim e bem na hora que eu abri a boca
para lamber seu dedo ela lambuzou todo meu rosto.
– Golpe
baixo! – Reclamei e ela riu me puxando para limpar todo meu rosto. – Mais baixo
ainda! – Reclamei.
– Aé? –
Riu e me melecou meu peitoral e o inicio de meu abdômen como se fizesse meu
caminho da felicidade com o conteúdo branco.
–
Covardia, aaah, muita covardia! – Fechei os olhos e “reclamei” quando sua
língua tocou minha pele, lambendo o que havia sujado.
Eu
simplesmente perdi todos os sentidos quando Nina abaixou minha cueca e seus
lábios tocaram meu membro e suas mãos me estimulavam enquanto sua língua me
torturava. A senti sorrir vitoriosa assim como eu fazia com ela ao me ver
estremecer quando sua língua me percorreu de cima a baixo.
– Nins,
vai logo.... – Seu sorriso aumentou e ela me abocanhou por inteiro me fazendo
delirar jogando a cabeça para trás enquanto soltava um gemido rouco e
desconexo. Sua língua me masssageou e quando eu pensei que não podia ficar
melhor, começou a fazer movimentos rápidos sem que eu precisasse tentar
comandar meu ritmo desejado, céus, como aquilo era bom. Eu simplesmente não
aguentei quando ela parou o que fazia e me mordeu de leve. – Nina! – Gemi alto
quando atingi meu ápice. Ela foi subindo pelo meu peitoral aos beijos e ao
chegar a minha altura novamente acariciou meu rosto ajeitando meus cabelos
molhados de suor para trás.
Nina me
olhava carinhosa, esperando calmamente até que eu me recompusesse e acariciando
minha nuca como sempre fazia. Sem querer esperar mais eu agarrei sua cintura e
a trouxe para mim e nós nos beijamos apaixonadamente.
– Tenho
uma proposta indecente a lhe fazer. – Uma ideia surgiu em minha mente me
fazendo sorrir malicioso para minha esposa.
– Porque
não me surpreendo? – Sorriu contra meus lábios. – Sou toda a ouvidos Sr.
Somerhalder.
– O que
acha de uma piscina antes de irmos buscar Alice... – Argui a sobrancelha com um
olhar sugestivo.
– Wow
quanta indecência! – Riu. – Mas eu adoraria. – Grudou nossos lábios e eu
agarrei sua cintura com mais força e nos guiamos até a piscina.
Rapidamente
eu tirei a blusa que ela usava e nos desgrudamos apenas para entrar na piscina
com cuidado. Ao entrarmos na água, Nina abraçou minha cintura com as pernas e
eu fui andando até o lado mais fundo da piscina prensando o corpo dela contra a
borda e tomando a boca dela para mim em um beijo calmo mas ao mesmo tempo
apaixonado. Ela me apertava entre suas pernas e eu podia sentir sua intimidade
quente contra minha barriga, ela parecia pulsar por mim e eu estava quase a
fazendo minha quando ela começou a rebolar contra meu membro.
Nina
tinha acordado terrível, parecia que estavam fazendo questão de me enlouquecer
e a se divertir as minhas custas. Odiava quando ela insinuava que iria nos
encaixar mas então começava a me provocar. Eu ficava totalmente sem ação e ela
sempre saía vitoriosa na historia. Sem esperar mais agarrei sua cintura e a
penetrei de uma vez só... Como eu amava estar dentro dela, adorava fazê-la
minha.
Eu ditei
o ritmo que quis, não comecei lentamente como sempre fazia mas sim forte o
bastante para que nos fizesse gemer extremamente alto e para fazer ondas na
água da piscina. Eu sentia que não iria aguentar muito tempo, já estava
excitado demais devido a brincadeira de Nina e eu não queria chegar antes dela
mas com a velocidade de minhas estocadas não estava cooperando com esse meu
desejo.
– Argh
Nina, eu não aguento mais! – Gemi cerrando os dentes tentando me concentrar
para não chegar antes dela.
– Não! –
Nina segurou meu rosto e me olhou dentro dos olhos. – Consegui sim! –Falou em
desespero e em resposta eu sorri vitorioso.
– E
então, o que você quer que eu faça? – Sorri malicioso.
– Eu
quero que você se controle e continue mais forte! – Falou convicta.
– Mais
forte? – Perguntei surpreso.
– Mais
forte! – Continuou com o mesmo tom. Eu só assenti e voltei a me mover ainda
mais forte e rápido que antes.
...
Estávamos
finalmente indo para a casa de minha mãe depois daquela manha extremamente
agitada. Nina insistiu em tomar banho para depois pegar Alice e irmos para
praia. Eu sinceramente achei que tomar banho era frescura, mas então ela disse
que me deixaria tomar com ela e logo mudei de ideia.
Chegando
à casa de minha mãe, fomos recebidos por abraços fortes de nossa filha que já
estava até de biquíni e com sua bolsa de praia pronta para sairmos.
–
Demoramos muito, princesa? – Nina perguntou a pegando no colo.
– Um
pouco! – Riu sapeca.
– Alice
não parava de chamar por vocês... – Robin entrou no assunto enquanto arrumava
Clarisse também. – Lua de mel com filho não é uma historia fácil! – Ela riu e
eu vi Nina ficar completamente vermelha.
– Lua de
mel? O que é isso? – Alice perguntou. Havia esquecido como minha filha era
curiosa e esperta, não podíamos falar nada perto dela que sempre éramos
questionados.
– Wow
vocês estavam fazendo bebes tio? – Clarisse perguntou abismada e eu não pude
conter uma gargalhada exagerada.
– Meu
deus, será que da para mudar de assunto? Tem crianças na sala... – Nina nos
repreendeu.
– Eu não
falei nada, me tire dessa. – Levantei meus braços me rendendo.
– Sim,
vocês estavam fazendo bebes! – Clarisse concluiu.
– Não
filha, seus tios ficaram jogando cartas, assistindo televisão, comendo... –
Robin acrescentou.
– Ah que
sem graça... – Falou cabisbaixa.
– Pronto,
antes que o assunto continue, vamos? – Nina falou olhando para mim implorando
para sairmos de lá.
– Vamos
amor! – Sorri e peguei Alice de seu colo. Nina pegou a bolsa da nossa filha e
nós nos despedimos e seguimos para a praia.
A praia
não estava tão cheia e nós conseguimos um lugar privilegiado para montar a
tenda. Arrumamos um lugar especial para Alice brincar na sombra, passamos
protetor solar e fomos brincar.
– Pai,
mãe, quero jogar bola! – Ali levantou da areia onde brincava e pegou sua bola rosa
a trazendo em minha direção e de Nina.
– Vamos
lá então, eu e você contra a sua mãe Ali! – Sorri perverso para Nina.
– Ata,
agora eu sou a bobinha? – Nina falou birrenta.
– É isso
mesmo mamãe e não reclama! – Alice riu.
– Ah, mas
se eu ganhar eu encho você de cócegas menininha! – Nins ameaçou Ali.
– Eu vou
ganhar! – Alice mostrou a língua e se colocou no lugar esperando que eu
começasse a jogar.
– Vou
jogar, quero ver você pegar ein filha! – Falei para ela jogando a bola em sua
direção e sem querer joguei um pouco forte demais que acabou atingindo um casal
em nossa frente. Alice automaticamente começou a rir e correu para pega a bola
com os dois senhores a nossa frente.
– Ian,
vai lá agora! – Nina falou brava comigo e eu comecei a rir.
– Calma
pequena, foi um acidente!
– É, mas
vai lá logo! – Apontou para eles me mandando ir.
Fui
andando de vagar até eles e conseguia ouvir Alice conversando com o casal
atingido.
– Me
desculpe a bola foi forte demais! – Ela falou envergonhada.
– Olá
menina bonita, tudo bem, não tem problema. – Uma voz feminina respondeu. – Você
é muito linda sabia disso? Posso saber seu nome?
–
Desculpe mas minha mamãe me ensinou a não falar com estranhos... – Respondeu.
Tive que me conter para não começar a realmente rir. Ah minha filha sempre me
dando orgulho...
– É
mesmo? E cadê sua mamãe? – Ela falou.
– Hey,
desculpem, não era nossa intenção, estávamos jogando ali atrás e sem querer
perdi o controle da bola. – Cheguei perto deles ao perceber que ela estava
tentando puxar conversa com Alice.
– Tudo
bem, você tem uma filha adorável! – A senhora respondeu se levantando, mas não
consegui vê-la direito pois usava grandes óculos escuros e um chapéu. Enquanto
ela elogiava Alice, consegui ouvir os passos de Nina atrás de nós e ao mesmo
tempo que a senhora se virou para minha mulher, as duas ficaram imóveis apenas
se olhando sem falar nada.
–
Michaela? – Nina sussurrou.
Ah não, o
que eu mais temia, aconteceu. Nina estava frente a frente com seus pais e Alice
também estava junto... Se soubesse que iria ser assim não teria as trazido para
aquele lado da praia, mas infelizmente a burrada já estava feita e nós tínhamos
nos reencontrado mais uma vez.
– Nina? –
Michaela tirou os óculos e só então eu a reconheci, o senhor que ao seu lado
lia um livro se levantou ao ouvir o nome da filha e se colocou ao lado da
mulher para nos olhar.
– Alice,
venha já aqui! – Nina falou com a voz tremula.
– Então é
Alice o nome dela? – “Minha sogra” falou se aproximando de minha princesa que
se escondia envergonhada nas pernas da mãe.
– Fique
longe dela! – Nina sibilou protetora.
– Hey
Alice! – A mulher continuou a avançar e eu me intrometi, me colocando a frente
das duas como se fizesse uma barreira. – Ela... ela... Ela é tão linda! – Falou
com lagrimas nos olhos. Qual é? Essa velha tinha coração? Duvido!
– Não
ouse em chegar perto dela, se você esqueceu, eu continuo sendo uma vagabunda! –
Nina falou grossa e eu peguei Alice em meu colo e puxei Nins pela cintura as
protegendo. – Vamos embora Ian! – Me puxou pelo braço para irmos embora.
– Espere,
me deixe vê-la! – Falou nos parando.
– Qual
parte do “fique longe dela” você não entendeu? – Nina respondeu fria e nós
continuamos andando.
Ao
voltarmos à nossa tenda eu abracei forte Nina com Alice em meus braços e pude
sentir algumas lágrimas quentes em meu peitoral nu.
– Hey meu
amor... – Levantei a cabeça dela para que ela me olhasse. Alice não sabia o que
fazer e também não entendia o que tinha acontecido, seus olhinhos azuis estavam
arregalados e eu pude perceber que ela estava com medo de alguma coisa pelo
modo que ela se segurava em meu pescoço.
– Por
favor, só vamos embora. – Ela sussurrou virando o rosto desviando nossos
olhares para que eu não a visse chorar. Novamente eu a puxei para outro abraço
ainda mais forte e só ali ela se permitiu chorar de verdade.
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