sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 23 - Honeymoon

Finalmente nossa viagem tinha chego. Alice estava tão ansiosa para isso, não parava de falar que ia para a cidade onde a mamãe nasceu e que iria para praia fazer muitos castelos de areia. Ian era outro que estava ansioso, ele tinha alugado uma casa para nós dois com vista para o mar para que nós pudéssemos ter uma lua de mel. Eu era a única que não estava tão ansiosa com o assunto, na verdade, eu estava nervosa, morrendo de medo de encontrar minha família ou alguém indesejável que fez parte do meu passado.
Durante o voo tentei não pensar muito no que me esperava e só dar atenção para minha filha que dormiu em meu colo a viagem inteira.
O clima em Malibu estava uma delicia. Era único de verão e não podia estar mais quente do que estava. Chegamos de noite na cidade e eu e Ian só deixamos Alice dormindo na casa de minha sofra e fomos para onde ele tinha alugado para nós.
A casa era linda, uma das mais bonitas da região. Era razoavelmente grande e tinha uma vista perfeita para a praia dos fundos da casa, ela ficava meio que no topo de alguma coisa o que não nos deixava completamente ligados a praia e que conseguíamos a ver de abaixo de nós. O lugar era aberto e tinha uma piscina enorme mesmo tendo um mar bem em nossa frente. A única coisa que nos separava dele era uma camada espessa de arvores e um muro pequeno que não era alto o suficiente para bloquear nossa visão da água. Era perfeito e extremamente romântico.
Ao chegarmos fomos direto para o local onde ficamos abraçados vendo a lua que brilhava intensamente acima de nós e sentindo o vento quente junto com a maresia bater em nossas faces.
– Já falei que adoro esse lugar? - Falei. Era verdade, eu amava Malibu. Era o lugar mais delicioso de se morar no mundo. O clima, a praia, tudo era bom lá... Tinha que admitir que sentia falta de morar lá, mas a presença de algumas pessoas acabava com a cidade.
– Ele me trás boas lembranças... - Beijou meu pescoço me apertando mais em seus braços. - Foi aqui que te conheci, então...
– Você é um bobo romântico, sabia disso? - Sorri fechando os olhos por causa das caricias.
– Eu sei... - Riu contra meu pescoço. Seus lábios começaram a contornar sinuosos beijos pela minha pele me fazendo jogar a cabeça para o lado abrindo mais espaço para que ele continuasse com seu chamego. Ele roçava seus lábios pelo meu pescoço e de vez enquanto salpicava com deliciosas lambidas ali. Suas mãos começaram a subir pelo meu corpo, apertando meu quadril e parando em minha cintura. - Você se lembra de nossas ultimas transas? - Sussurrou em meu ouvido passando a ponta da língua por volta dele.
– Cada detalhe delas... - Falei já extasiada.
– Então pequena, você vai esquecê-las e nós vamos fazer que essa realmente fosse nossa primeira vez depois de tempos... - Subiu as mãos pela lateral de meu corpo e então chegou aos meus seios os apertando forte, assim como ele se friccionava contra minhas nádegas. - Gosta da ideia? - Eu não encontrava forças para falar que sim, então apenas fiz que sim com a cabeça. Ian sorriu presunçoso e subiu as mãos pelos meus braços indo até meus ombros e abaixando as alças de meu vestido solto que usava me deixando apenas de calcinha.
– Queria poder te possuir aqui mesmo só com a luz da lua mas o que eu quero fazer precisa de uma cama bem macia para te relaxar. - Meu corpo inteiro arrepiou e eu me virei para ele, tirando sua regata. Abracei seu pescoço, esmagando meus seios contra seu peitoral e o puxando para um beijo apaixonado. Ele segurou minha cintura e nos guiou para dentro da casa em meio a beijos audaciosos e caricias em meu corpo chegando até a suíte do casal.
O quarto era enorme, tinha uma cama igualmente grande no centro da cama que parecia ser extremamente macia. O quarto estava iluminado com a luz da lua devido à parede de vidro que servia como janela e tinha uma visão perfeita do céu estrelado e de uma parte do mar. A decoração era linda e bem moderna, não que eu tivesse prestado muita atenção, mas no dia seguinte consegui ver todos os detalhes dele. O clima ficava ainda mais romântico não só pela lua mas pela fraca iluminação das luzes da persiana.
– Andei comprando umas coisas em uma loja erótica... – Sorriu me deitando no meio da cama.
– Não me diga que comprou um vibrador... – Sorri maliciosa tentando me controlar para não rir com a imagem de Ian em um sex shop que veio em minha mente.
– Espere e verás! – Riu me deixando sozinha na cama e indo até a nossa mala que estava no canto do quarto e voltou com uma sacola na mão. – Comecemos com o mais leve mas o mais relaxante... – Se sentou nos pés da cama colocando a sacola longe de mim. – Agora deite-se de bruços.
– Ian... – Falei meio receosa.
– Juro que não vai doer, relaxe... – Me acalmou. – Você sabe que eu nunca te machucaria nessas horas... – Acariciou meu rosto delicadamente. – Deite-se, amor... – Eu suspirei e me virei de costas para ele, deitando na cama de bruços.
Assim que me aconcheguei ele tirou minha calcinha, arredou meus cabelos das costas os colocando para o lado e um cheiro delicioso de perfume de frutas vermelhas atingiu o quarto. Algo gelado foi colocado na pele de minhas costas que estavam em chamas e logo as duas mãos de Ian espalharam o creme por toda a extensão dela. Relaxei a cabeça no travesseiro, fechando os olhos e apenas sentindo o que ele fazia. As mãos dele massagavam meus ombros e depois descia com os polegares pela minha espinha. O creme parecia gelar minha pele causando uma sensação gostosa, parecia um formigamento que chegava a ser até prazeroso, era difícil de explicar a sensação mas com toda a certeza aquele não era um creme qualquer.
Seus dedos brincavam com os lados de meus seios e com a lateral de meu corpo e depois de ter dado a atenção devida ao meu tronco ele segue para minhas pernas aplicando mais um pouco do creme para massagear minhas coxas as apertando com força e as “arranhando” com a ponta dos dedos. Foi a mesma coisa com as minhas panturrilhas e depois fez em minha perna inteira.
Eu estava adorando, completamente amando aquelas caricias. Ian sabia direitinho o que estava fazendo e eu não fazia ideia de onde ele tinha aprendido a fazer essas coisas... Minha respiração estava ofegante mas eu estava relaxando, a tensão tinha se esvaído de meu corpo e eu não pensava em mais nada a não ser mas mãos grandes de Ian percorrendo meu corpo.
– Vire-se, pequena... – Ian sussurrou me tirando do devaneio e como se eu fosse um fantoche eu o obedeci completamente atordoada. – Está gostando?
– Uhum... – Falei de olhos fechados. Era impossível não estar gostando daquilo, seria uma louca se não estivesse amando a “massagem”.
– Ótimo! – Sorriu. – O creme está aprovado?
– Uhum... – Respondi da mesma forma para ele o fazendo aumentar o sorriso.
Ian colocou um punhado do creme em minha barriga um pouco acima de meu umbigo e com as duas mãos o passou por todo o meu corpo. Ali ele não massageou, só espalhou o creme que logo fez efeito em minha pele. Ele contornou ao redor de meus seios e depois com as mãos abertas, subiu os apertando deliciosamente. Eu ofeguei me arqueando em sua direção, pedindo por mais toques. Logo fui concedida e Ian com seus polegares, brincou com meus mamilos os esmagando de leve os transformando em botões ainda mais rígidos do que já estavam quando ele contornou minha aureola e sugou meus mamilos.
– Pare de se arquear, preciso continuar com minha massagem... – Ian riu contra o vale entre meus seios. Ele se levantou e pegou mais um pouco de creme para passar em minhas pernas. Agora ele apartava minha coxa inteira ao invés de só a parte da frente, suas caricias se tornaram mais audaciosas e ele até brincou em minha virilha para me provocar.
Provavelmente tínhamos usado o frasco inteiro aquela noite e no final de tudo eu sentia que meu corpo tinha o mesmo peso que uma pena de tão leve e relaxada que eu estava. Acho que iria dormir a qualquer instante, minhas pálpebras pesavam e eu estava quase me entregando quando Ian voltou a falar malicioso.
– Acho que já podemos usar o outro brinquedinho se não alguém vai cair no sono... – Sorriu dobrando minhas pernas e as abrindo.
– Mais um? – Levantei minha cabeça.
– E esse é não vai acabar tão cedo... – Sorriu. – A não ser que você queira o usar bastante... – Arqueou a sobrancelha pegando o artefato de dentro da sacola.
Deus, aquilo tinha formato de borboleta? É isso mesmo? Meu rosto assumiu um vermelho vivido e eu tive vontade de acabar com aquilo tudo. – Em minha opinião esse é o melhor... – Ele colocou a “borboleta” em mim como se vestisse uma calcinha e então se sentou ao meu lado e pegou uma espécie de controle. – Eu queria poder te ajudar a chegar lá com esse negocinho, mas quero assistir suas expressões para ver se ele é potente como dizem...
– Ian, o que... – Levantei minha cabeça para vê-lo mas logo uma onda de prazer me atingiu assim que algo começou a vibrar contra meu clitóris. – Ah... – Gemi.
– Sabia que iria gostar... – Sorriu. – Podemos usá-lo juntos da próxima vez, a moça da loja me deu todas as dicas.... – Riu. Ele estava rindo enquanto eu me contorcia de prazer? Era isso mesmo? – Quer mais? – Sussurrou perto de mim.
– Sim... – Falei mordendo meu lábio. Gradualmente eu fui sentindo o estimulador vibrar e eu sentia que não aguentaria muito tempo...
Acho que eu estava me contorcendo na cama e gritando o invés de gemer enquanto aquele maldito homem insistia em aumentar e diminuir os níveis de vibração do nosso brinquedo. Eu puxava os lençóis com força para mim e em minha mente passava inúmeras coisas o que fazia aumentar ainda mais meu prazer. Tortura demais, muita tortura... Eu implorava por mais e ao invés disso Ian diminuia. Minha vontade era de aumentar eu mesma e depois de chegar ao ápice socar com toda a minha força aquele rosto lindo que sorria malicioso para mim.
– Pare de me torturar! - Exigi.
– Você quem manda... - Riu e assim que ele chegou ao nível máximo meu corpo tremeu e foi impossível controlar o calor abaixo do meu ventre. - Brinquedinho aprovado? - Me perguntou tirando o tirando de mim;
– Demais... – Suspirei assim que me recompus e me virei para ele.
– Ótimo! – Riu. - Da próxima vez usaremos juntos, ok? - Sorriu malicioso.
– Hey... – Chamei sua atenção. – Isso é injusto, sabia?
– O que? – Falou divertido.
– Eu também quero te dar prazer... – Falei cabisbaixa.
– Mais do que já me da? – Se deitou em cima de mim e eu o coloquei no meio de minhas pernas.
– Pare, está falando isso para me deixar feliz... – Fiz bico. Era sempre assim, eu era sempre a passiva da relação... Me sentia uma inútil.
– Nunca mais fale isso ok? – Sorriu. – Faremos uma coisa então... – Sugeriu.
– O que?
– Essa noite é minha, você vai só receber prazer e na outra você pode trabalhar em mim... – Sorriu malicioso.
– Terá outra? – Entrei na dele.
– Viremos para essa casa todos os dias se quiser!
– Será que nada apaga esse seu fogo? – Agarrei seus cabelos da nuca o trazendo para mim e mordendo seu lábio.
– Só fica pior com a idade! – Riu. – E eu sei que você gosta...
– Que bom que sabe... – Tomei iniciativa do beijo e o empurrei para o lado da cama montando em cima dele. Consegui tomar controle e comecei um beijo ávido, tórrido e sensual. Eu me perdia em seus lábios e podia sentir que Ian também se excitava com eles. Adorava vê-lo se excitar com um simples beijo, me sentia tão poderosa...
Enquanto nos beijávamos, deixei minhas mãos percorrerem seu tronco nu e sem demorar desabotoei seu jeans e o tirei junto com sua cueca de uma só vez.
– Essa é minha noite, não se lembra? – Sorriu em meus lábios e pegou minha coxa direita me jogando novamente na cama e se acomodando mais uma vez no meio de minhas pernas.
Eu esperava mais torturas, mais preliminares, mas assim que ele estava aconchegado em cima de mim Ian me pegou de surpresa e penetrou seu membro lentamente em mim me fazendo soltar um gemido pesado. Eu fechei meus olhos e joguei minha cabeça mais para trás, afundando no travesseiro e deixando meu pescoço a mostra mas assim que Ian viu minha reação pegou meu rosto me fazendo olhá-lo.
– Abra os olhos Nina... – Sussurrou mas eu não fiz. – Abra pequena! – Falou mais ríspido e eu não tive escolha a não ser obedecê-lo. – Eu quero você de olhos abertos durante todo o ato, ok? Quero que você olhe dentro dos meus olhos, quero ver cada expressão sua, quero ver o brilhos de seus olhos quando chegarmos lá... – Explicou. – Entendeu? – Deu mais uma estocada lenta como a anterior.
– Uhum... – Não resisti e acabei revirando os olhos.
– Os mantenha abertos, Nina! – Continuou com a mesma velocidade de investidas. Tinha que admitir que aquilo era delicioso, mas eu queria mais rápido, aquela lentidão parecia acabar comigo e elas já não eram mais o suficiente...
– Ian, você está me enlouquecendo... – Gemi. – Por favor, mais rápido... – Supliquei.
– Impossível negar quando você me pede assim... – Acelerou um pouco.
– Então não negue! – Sussurrei.
Aquilo deveria ser crime de tão gostoso... Ian começou a se mover de verdade em mim e eu realmente estava enlouquecendo. Minhas pálpebras estavam pesadas e eu estava quase as fechando, era quase um impulso fecha-los e eu tentava me concentrar nos azuis marinho de Ian. Ele parecia sofrer igualmente e isso me consolava porque pelo visto eu não era a única a estar “sofrendo”. Nós nos movíamos juntos, eu ajudava ele naquela dança erótica e nos enlouquecíamos de prazer juntos...
Eu podia ver pelas suas feições que ele estava quase chegando ao ápice comigo e para adiantar tudo, me movi com mais velocidade contra ele.
– Ninns... – Falou entre dentes lutando para não fechar os olhos e se moveu mais depressa e com mais força me fazendo cravar as unhas com força em seus braços.
Com mais alguns movimentos, juntos, atingimos o clímax da relação...
Os olhos de Ian pareciam cintilar com o orgasmo, era incrível como ele deixava transparecer tudo o que sentia pelos olhos... Aquilo fez eu me sentir única, não que eu já não me sentisse perto dele, mas foi muito especial... Eu consegui ver o que ele realmente sentia quando estava comigo.
– Te amo minha pequena... – Ian sussurrou me trazendo para si.
– Te amo mais, acredite, muito mais. – O beijei levemente e me deitei em seu peito.

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