sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 17 - Friends with Benefits

Naquela manha acordei mais cedo do que esperava, depois de termos ido dormir três da manha contra nosso gosto não era para mais que acordássemos bem depois do almoço, pelo jeito Ian iria demorar para levantar, mas eu já estava despertada. Meu corpo inteiro estava dolorido, mas eu gostava daquela dor... Era uma dor gostosa, pode-se assim dizer.
Me virei lentamente na cama e encontrei Ian dormindo tranquilo ao meu lado. Parecia até um sonho tê-lo ali comigo, eu finalmente me sentia completa novamente, ainda um pouco receosa, mas completa. Nossa noite tinha sido perfeita, Ian tinha conseguido me fazer a mulher mais desejada do mundo com todos os orgasmos da noite e com todas as sensações deliciosas que só ele me causava.
Me apoiei no cotovelo e fiquei o contemplando dormir. Tão lindo, tão meu... Eu o amava, tinha certeza disso, absoluta, mas porque ainda sentia um algo estranho no meu peito? Não era dor, era bem diferente daquela dor agonizante que senti por cinco meses, parecia ser uma agonia, um medo terrível de perdê-lo. Por mais que tivesse o desculpado ainda sentia uma certa desconfiança, ele precisava me mostrar que tinha mudado. A separação foi um dos principais motivos pelo qual me separei com Ian, mas se ele não tivesse demorado tanto para vir me procurar e se nas vezes que conversávamos ele não fosse tão estúpido e orgulhoso eu teria voltado com ele mais rápido. Mas não e isso me machucou bastante...
Me levantei sem fazer barulho e fui até o closet, peguei outra blusa larga e uma calcinha e desci para a cozinha para preparar café. Desci as escadas devagar me lembrando da noite passada e sorrindo maliciosa devido às lembranças. Fui juntando nossas roupas que faziam uma trilha da sala até a cozinha e deixei o monte de roupa na lavanderia. No balcão da cozinha tinha café que tinha virado da cafeteira e o chão estava completamente sujo. Céus, teria muita coisa para arrumar antes de Alice voltar para casa.
Eu estava nervosa demais para uma pessoa que teve uma noite tão perfeita como a minha, mas a verdade era uma... Eu estava confusa demais. Megan ainda estava na cidade e eu não sabia qual era o grau de relação dela e Ian, não sabia se eles continuavam se vendo e se ele ainda continuava nos negócios do pai dele... Para falar a verdade eu não sabia de nada que estava acontecendo na vida de meu marido, ou ex-marido, e isso me incomodou de uma forma tão estanha que chegou a me sufocar. Eu era a mãe da filha dele e tinha o direito de saber deles... Eu acho.
Sentei no sofá da sala me lembrando dos detalhes de nossa “reconciliação”... Eu sei que era tarde demais para me arrepender, não que eu me arrependesse da noite passada, mas é que tinha pontos em minha relação com Ian que eu precisava falar para ele e eu tinha completamente esquecido deles devido à excitação do momento. Eu o amava muito, mas isso não era o suficiente, ele precisava me reconquistar.
– O que minha pequena faz tão cedo fora da cama? – Ian se sentou ao meu lado enrolado da cintura para baixo no lençol.
– Precisamos conversar... – Falei tentando não olhar aquele seu corpo perfeito coberto por apenas um lençol praticamente transparente.
– Ok, sabia que iria se arrepender da noite passada... – Falou cabisbaixo.
– Hey, não estou arrependida, só estou falando que precisamos conversar...
– Sobre o que quer falar, amor? – Pegou minha mão.
– Sobre nós dois...
– Comece... – Me incentivou.
– Sei que vai achar ridículo eu estar falando isso mesmo depois de termos transado como dois maníacos a noite inteira, mas queria que entenedsse meu lado Ian. – Comecei. – Tente ser compreensivo ok? – Ele assentiu. – Ian, acho que precisamos ir com calma...
– Explique...
– Por mais que tenhamos uma harmonia perfeita na cama te sinto ainda muito distante de mim, entende? – Seu olhar era sério e pela sua postura pude perceber que ele achava a mesma coisa. – Ian, você demorou cinco meses para vir me procurar e mesmo assim o máximo que fez foi me levar para cama... – Falei em um tom de desespero. – Não que eu não tenha gostado, eu amei, de verdade. – Corei. – Mas é que eu sinto que isso tudo, digo, nós, está muito físico, mais físico do que sentimento...
– Você não me ama mais, Nina? – Seus olhos se encheram de lágrimas e eu revirei os olhos incrédula pela pergunta.
– Amo, amo demais Ian e é por isso que estamos tendo essa conversa...
– Então é o que?
– É... Bem... – Gaguejei, não sabia como falar aquilo para ele.
– Você não confia em mim, não é mesmo? – Autch.... Era isso mesmo. Eu só fechei os olhos com força e assenti com medo de olhá-lo. – E o que eu faço para tê-la de novo?
– Você sabe como...
– Noite passada não significou nada para ti?
– Significou Ian, significou o mundo para mim, mas eu não quero só uma atração física com você...
– E o que você sugere?
– Sugiro que recomecemos do zero... Tudo de novo, como se não nos conhecêssemos. – Peguei seu rosto acariciando. – Você já me conquistou uma vez, sei que consegue outra...
– E noite passada, esquecemos ela? – Perguntou malicioso.
– O que acha de sermos amigos? – Arqueei uma sobrancelha sugestiva. – Com benefícios? Só por enquanto...
– Soa perfeito para mim, se for para conseguir te ter cem por cento pra mim novamente... – Sorriu e eu o beijei. Um beijo calmo, doce e cheio de amor.
– Olá, sou Nina Dobrev... – Sorri sedutora ao dar meu nome de solteira.
– Ian Somerhalder... – Entrou na minha.
– Prazer Ian! – Mordi meu lábio olhando seus lábios.
– Todo meu... – Segurou minha cintura me puxando para si. – Tem planos para hoje a noite?
– Não tenho nada em mente... – Sorri.
– Está afim de sair com um cara legal? Uma janta, um filme talvez...
– Eu adoraria... – Sorri. – Mas algo me diz que você tem uma filha para cuidar. - O lembrei.
– Acho que a avó dela me daria uma força, é por um bom motivo...
– Se for assim... – Sorri.
– Te pego as sete?
– Em ponto, por favor! – Exigi.
– Nem um minuto a mais!
– Ótimo! – Emaranhei meus dedos em seus cabelos e o trouxe até mim para beijá-lo intensamente. – Mas agora falando sério, o que acha de passarmos um dia em paz com a nossa pequena? Ela sente falta disso...
– Uma ótima ideia... – Me deu um selinho.
Ian colocou suas roupas de ontem mesmo e foi para casa e enquanto eu me arrumava em “minha” casa ele se arrumava na “dele” e depois fomos juntos buscar Alice em um carro só.
– Lembra quando estávamos em Malibu? – Falou colocando sua mão em minha perna. – Quando nem quando dirigia eu desgrudava de ti? – Sorriu.
– Lembra de quando ia dormir em sua casa escondido? – Coloquei a minha em sua coxa assim como quando andávamos em Malibu.
– Lembra de quando fazíamos amor na praia? – Sorriu para mim.
– E de quando esquecemos a camisinha? – Comecei a rir. – E quando eu descobri que estava grávida...
– Como se fosse ontem... – Suspirou. – Depois daquilo nossa vida nunca mais foi a mesma. – Nada foi o mesmo, absolutamente nada. Foi incrível como tudo mudou assim que descobri que carregava Alice em meu ventre.
– Eu não me arrependo. Nem um pouco – Falei depois de longos minutos e silencio. – Tudo valeu tão a pena.
– Ela é perfeita, não é mesmo? – Sorriu bobo.
– Demais! – Suspirei.
– Nós vamos contar para ela sobre nós?
– Ainda não... Faremos surpresa até você voltar para casa...
– Ela vai ficar tão feliz! – Comentou.
– Demais! – Assenti. Levei minha mão até sua nuca e deixei ali fazendo um carinho gostoso como sabia que ele gostava.
Ao chegar na casa de Candice conseguíamos ouvir as gargalhadas dela e de seus padrinhos da rua e eu fiquei imaginando desde que horas ela estava acordada... Candice e Micheal deveriam estar exaustos por causa daquela bagunceira.
– Mamãe! – Alice saiu correndo até mim assim que Candy abriu a porta.
– Minha princesa! – A peguei no colo a abraçando com força. – Tenho uma surpresa para você!
– É de comer? – Perguntou faceira.
– Não, longe disso! – Ri.
– Então o que é?
– Vim buscar você! – Ian apareceu atrás de nós.
– PAPAI!! – Sorriu.
– Minha princesa! – Sorriu a tirando do meu colo.
– Pera ai, vocês... – Micheal falou meio desentendido abraçando Candice por trás.
– Micheal... – Candy o repreendeu.
– Praticamente. – Pisquei para eles apontando com cabeça para Alice.
– Papai, você vai para sua casa? – Alice perguntou tristonha,
– Não! Nós três vamos passar um dia inteiro juntos, o que acha? – Ian falou animado.
– Não acredito! – Falou animada. – Sério?
– Seriíssimo!
– Você ouviu isso dindos? – Alice olhou para Candice e Micheal. – Eu vou passar um dia com o meu papai e com a minha mamãe!
– Ouvimos! – Candy falou igualmente animada. – Se divirta muito amor!
– Eu vou! – Bateu palminhas.
– Ela se comportou, Candy?
– Como um anjo! – Falou.
– Nós três dormimos aqui no chão da sala assistindo televisão...
– Sim, e o tio Micheal ronca muito! – Alice falou tapando a boca com a mão para conter o riso.
– Ah é mesmo? – Falei.
– Uhum... – Riu.
Nós pegamos as coisas de Alice e fomos para o carro. Acho que não cabia tanta felicidade em minha filha. O caminho inteiro para o shopping ela cantou e fez piadas com seu pai que dirigia e eu e ela cantávamos no banco de trás. Ali narrava detalhadamente sua noite na casa da madrinha e nós conseguíamos ver em seus olhos o quanto ela estava feliz. Não tinha nada que se igualasse a felicidade de minha pequena, nada, nenhum dinheiro do mundo compraria tamanha felicidade para mim como ver aquilo...
Ela ficou ainda mais feliz quando a deixamos na casa da vovó Edna e dissemos que iríamos sair juntos, como um casal novamente, e com isso eu e Ian saímos sem peso na consciência de deixá-la.
...
Me via completamente nervosa para sair com Ian. Me olhei no espelho inúmeras vezes, retoquei a maquiagem sempre que ia ao espelho e passei o meu perfume favorito pois sabia que Ian gostava. Estava parecendo uma adolescente em seu primeiro encontro de tão ridícula que estava sendo...
Quando a campainha tocou disparei para a porta e antes de abri-la, ajeitei meu gloss, arrumei meu sutiã e abri a porta.
– Wow... - Falou assim que me viu. - Você está deslumbrante... - Ok, exagero... Usava uma roupa simples; uma regata decotada e por cima uma jaqueta de couro preta, um skinny jeans de lavagem escura e uma sapatilha baixinha, deixei meus cabelos ao natural mesmo, minhas enormes ondas me combinavam bastante com a ocasião.
– Você também não está nada mal... -Menti. Ele estava lindo como sempre, usava seu fiel chapéu e uma regata branca que deixava a mostra seus deliciosos braços musculosos.
– Pra você... - Ian tirou de trás dos braços um buque de rosas brancas que eram minhas favoritas.
– Aw você me trouxe flores... - Falei encanada. Fazia tantos anos que não recebia flor dele que aquele buque significou tudo pra mim.
– Gostou? - Sorriu torto.
– Adorei!
– Que bom! - Sorriu. - Agora vamos se não vamos perder a seção.... - Pegou minha mão.
– Vamos mesmo ao cinema?
– Claro que sim! Algo me diz que você adora um filme... E sei que gosta também do escuro de cinema... - Sorriu sugestivo. Ian sabia que eu era louca por filmes, cinema e afins e pelo jeito estava dando duro para me reconquistar.
– Vamos ver se você merece aproveitar o escurinho do cinema... - Sorri maliciosa fechando a porta atrás de mim. Ian me deu um beijo demorado e eu sorri para ele. - Vamos? - Ele assentou e pegou minha cintura me levando até o carro.
Na sala de cinema Ian fez questão de se sentar lá no fundo, bem no canto onde ninguém nos visse. Comprou para nós um saco com balas azedas e dentaduras de vampiros doce . Assistimos uma comedia romântica e Ian me abraçou o filme inteiro. Às vezes roubava uns beijos dele mas nada demais. Estávamos nos aproveitando o máximo, esquecendo de que precisávamos conversar e só curtindo nosso tempo juntos.
Nós dois parecíamos um recém-casal que estávamos ainda nos conhecendo e loucamente apaixonados. Andamos abraçados, demos comida na boca um do outro, dividimos bala e rimos de besteiras... Era um encontro de recomeço para nós dois.
– Sinceramente Ian, nunca entendi como você não gosta de sorvete de menta com flocos de chocolate. - Depois do filme só conseguimos comer um sorvete de tantos doces que beliscamos durante a seção.
– E eu sinceramente nunca entendi como você adora esse negocio! – Revirou os olhos jogando seu potinho e a colher no lixo.
– Pare de frescura, duvido que você já provou! - Peguei a ultima colher e fiz o mesmo que ele.
– Eu não, menta só combina com bala e não com sorvete... - Deu de ombros.
– E com um beijo? Ela combina? -Me enfiei em sua frente o puxei pela gola da camisa enquanto andávamos.
– Não sei... - Deu de ombros desentendido. - Quem sabe nos lábios de uma certa morena não fique melhor... - Pegou minha cintura.
– Será que você vai gostar? - Selei nossos lábios e puxei seu lábio para mim. - Ein?
– Não sei, não consegui sentir direito... - Se fingiu e eu o puxei para mim o beijando apaixonadamente.
– E agora? - Sussurrei em seus lábios.
– Estou quase... - Emaranhou seus dedos em meus cabelos e me puxou para ele e atacando meus lábios de forma faminta. - Ah... Delicioso - Terminou o beijo com vários selinhos.
Nos namoramos mais um pouco, passeamos pelas ruas de NY e Ian me deixou em casa.
– Eu te convidaria para entrar... Mas não sei se isso é permitido no primeiro encontro.... - Me encostei-me à soleira da porta de braços cruzados.
– Mas não somos um casal normal... Somos amigos... - Chegou perto de mim pegando minha cintura e afastando meu cabelo para sussurrar em meu ouvido. - Com benefícios... - Sussurrou sedutor fazendo meu corpo inteiro arrepiar e me gemer em rendição.
– Então acho que pode ficar por pelo menos vinte minutos... - Agarrei sua nuca.
– Tempo o suficiente... - Encaixou nossas pernas e nos guiou em meio a beijos até o interior da sala.
Ian fechou a porta atrás de nos e me prensou contra a mesma já se livrando de minha jaqueta e eu de seu chapéu junto com sua regata branca. Ele ficava delicioso com a regata, mas sem ela, ficava ainda melhor.
Enquanto ele fazia sua tortura deliciosa em meu pescoço, eu me aproveitava de seu peitoral nu, me deliciando com sua pele macia e seus músculos bem definidos. Contornei suas costas não ligando em arranha-lo com força e de descer para seus quadris e ainda mais para suas nádegas as apertando forte e o friccionando em mim. Me livrei de seus lábios e troquei nossas posições tirando seu jeans enquanto ele se livrava dos sapatos junto com as meias.
O empurrei até o sofá e o sentei ali me sentando em seu colo para o provocar. Não estava em meus planos acabar a noite na cama com Ian, mas ele começou e eu não consegui resistir, então iria usar aquilo ao meu favor e iria provocá-lo até seu ultimo fio de cabelo. Tirei minha blusa e ele levantou as mãos para vir me tocar, mas eu abaixei suas mãos o olhando feio.
– Nina...
– Quieto... – Sorri.
– Malvada! – Cuspiu.
– Só vai ter se for do meu jeito... – Sussurrei em seu ouvido mordendo seu lóbulo.
– Ahh...
Ignorando meu atrevimento desci minhas mãos até o botão de meus jeans ainda em seu colo e o abri fazendo questão de cutucar seu membro no processo. Ele mordeu o lábio sorrindo e eu me levantei de seu colo para tirar meu jeans, rebolando de forma sensual no processo. Voltei a me sentar em seu colo e ataquei seu pescoço rebolando em seu colo. Ele repousou as mãos em minha cintura e quando quis deslizar para as laterais da minha calcinha com intenção de retirá-la, estapeei forte sua mão.
– Por que não me obedece? – Falei brava e assim que ele foi tentar responder, “encaixei” nossas intimidades por cima das roupas intimas mesmo. Rebolei com força nele e Ian soltou um grunhido estranho me fazendo sorrir abertamente.
Fui me movendo lentamente sobre ele, segurando suas mãos para cima de sua cabeça na guarda do sofá para que ele não tentasse me impedir de torturá-lo. Fazia movimentos fortes mas lentos ao mesmo tempo e por mais que isso também estivesse sendo terrível para mim me divertia horrores com as expressões de prazer e reprovação dele. Gradualmente fui aumentando até que não aguentei mais mesmo e deixei meus movimentos frenéticos tomarem conta daquela brincadeirinha. Eu praticamente pulava no colo dele quando senti sua cueca molhar com seu clímax que havia chego antes do meu. Não demorou muito, talvez umas quatro “investidas” a mais e aquele delicioso calor tomou conta da região abaixo do meu ventre fazendo meu corpo inteiro tremer em resposta.
Me aconcheguei no colo de Ian esperando nosso fôlego decidir voltar, mas antes mesmo de retomá-lo, Ian me abraçou forte e nos deitou no chão com ele por cima de mim.
– Você não cansa, não? – Perguntei para ele.
– Há, com você dessa forma em baixo de mim? Nunca... – Sorriu malicioso e sem muitas dificuldades desabotoou o fecho frontal do meu sutiã. Sua língua contornou minhas aureolas, uma por uma, e depois abocanhou meu seio direito, se deleitando primeiramente nele e depois no direito. Depois de ter trabalhado em meus seios, sua boca desceu para minha barriga assim como minha calcinha que foi retirada sem mais delongas. Ele abriu levemente minhas pernas e se aconchegou ali, entrando vagarosamente em mim.
Estávamos esgotados, eu ainda estava por cima dele mas mesmo assim estávamos completamente estirados no chão da sala apenas com uma manta nos cobrindo sobre o tapete felpudo. Não tinha coragem de falar e quebrar o clima perfeito que estava entre nós dois e pelo jeito Ian estava cansado demais para proferir alguma palavra ou estava tão imerso em pensamentos como eu que nem tinha o que falar.
– Nins... – Ian falou um tanto rouco.
– Hmm... – Respondi.
– E Julian? – Falou de repente me deixando completamente surpreendida pelo assunto.
– O que tem ele? – Cerrei os olhos ainda deitada sobre ele.
– Como vocês dois ficam depois de tudo isso que aconteceu entre nós... – Perguntou receoso.
– Ian... – Levantei a cabeça para olhá-lo. – Julian é só meu amigo. – Expliquei.
– Você não estava com ele? – Falou confuso,
– Não! – Ri. – Não passamos de uma noite, Ian... – Expliquei divertida.
– O QUE? – Se exaltou. – Você transou com ele?
– Não Ian! Foi só um beijo! – Expliquei. – E alem do mais, você não pode falar nada porque quem transou primeiro foi você... – Sorri.
– Eu sei pequena e estou muito arrependido por isso... – Passou a mão no meu rosto fazendo um carinho gostoso.
– Bom que esteja mesmo, porque se você enfiar esse seu colega em outro lugar que não seja em mim eu vou ter o prazer de eu mesma arrancá-lo fora. – Sorri “meiga”. – Está avisa Somerhalder. – Dei um selinho nele e voltei a me deitar em seu peito.
Adormecemos ali mesmo, no chão da sala, cobertos com a manta que deixávamos no sofá... Exaustos, mas felizes.

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