Já nem
doía tanto…
Mentira.
Doía sim,
doía e doía muito!
Talvez a dor
tivesse se tornado parte de mim, já tinha se tornado entorpecente... Eu sabia
que ela estava ali mas nem prestava muita atenção nela, já havia me acostumado
com ela.
Tudo na
vida a gente se acostuma... Me acostumei com a nova cidade, me acostumei a dormir
de conchinha e agora estou me acostumando a viver sem ele... Custa, demora
bastante, mas nos habituamos...
Tudo
tinha mudado. Eu já não dormia mais, não comia direito, não me divertia mais
quando não estava com Alice... Não sabia mais o que era dormir uma noite
inteira, às vezes passava em claro estudando ou assistindo televisão, já tinha
tentado todos os tipos de remédios possíveis e imagináveis que faziam as
pessoas dormirem mas pareciam que eles faziam o efeito contrario comigo.
Em dois
meses tinha me tornado uma terceira Nina. Essa Nina era uma pessoa fria e
desconfiada, sua vida se resumia a sua filha e seus estudos, nada mais. As
únicas pessoas que mantinha contato era sua sogra, cunhada, melhor amiga e
noivo da melhor amiga...
Ian
estava morando na casa de Edna todos esses meses contra gosto dela. No dia em
que nós nos separamos ele e a mãe brigaram por causa da traição e só aceitou
ele em casa porque eu insisti muito. Eu podia não estar mais casada com ele e
ele poderia ter pisado na bola comigo, mas infelizmente ainda assim me
preocupava com ele... Era muita idiotice de minha parte ainda ama-lo? Acho que
sim, mas mesmo assim ainda o amava demais... Maldito. Eu já não falava mais com
ele, só conversávamos sobre Alice e nada mais. Eu não fazia questão de trocar
mais palavras com ele, para mim as poucas que trocávamos era mais do que
necessário, o suficiente para uma relação que nós tínhamos no momento.
Eu e ele
tínhamos entrado em um consenso; Alice ficava comigo domingo, segunda-feira,
terça-feira e eu a deixava na quarta-feira na escola, Ian ia a busca-la e então
ela passava o restante dos dias com ele e a trazia para mim no domingo de
manhã. Esses dias que eu ficava com ela, me dedicava somente a ela, esquecia-me
de faculdade e tudo mais. Mas quando Alice ia para casa da avó com o pai,
recuperava o tempo parada e estudava tudo o que tinha para estudar, assim
ficava livre para minha pequena. Meus dias sem ela eram vazios, as horas
pareciam não passar... A casa fica tão quieta, tão arrumada. Odiava isso,
odiava não ter sua vozinha animada me chamando ou não ter que pensar em alguma
coisa legal para nós duas brincarmos. Eu não era nada sem Alice, absolutamente
nada...
Era
sábado e Ian tinha pedido para ficar com Alice aquele final e semana pois queria
levar ela e Clarisse para passear, em troca eu ficaria até sexta-feira com ela.
Ele a viria busca-la cedo para que pudessem aproveitar bem o dia então teria
que acordar a bela adormecida que tinha ido dormir muito tarde na sexta feira
porque ficamos assistindo televisão em meu quarto.
Ah...
Esse era outro detalhe que havia mudado; Alice dormia comigo naquela enorme
cama king size. Pode parecer besteira mas eu queria aproveitar cada segundo que
estava com ela porque os dias que ficávamos separadas eu simplesmente morria de
saudades daquela pequena. Então ela começou há todos os dias dormir comigo,
abraçada na cama.
Acordei
era oito e alguma coisa e me levantei, não conseguia mais ficar muito tempo
parada na cama e mesmo se ficasse iria acabar acordando Alice que dormia
tranquilamente abraçada em seus ursos. Fui para meu closet procurando algo para
colocar por cima de meu baby doll, estava esfriando em NY para ficar com um
pijama tão curto como o meu. Abri a minha gaveta de pijamas quentes que não via
há muito tempo e meu coração disparou quando vi que no topo da pilha estava uma
camisa branca de Ian... Com certeza tinha sido ele que havia a colocado ali,
dizia que adorava me ver com as camisas dele principalmente depois que fazíamos
amor, falava que aquilo era mais uma confirmação de que eu era dele... Malditas
lembranças...
Com as
mãos tremulas peguei o tecido e sem pensar duas vezes o trouxe para meu rosto
inalano a gola dela. Aquilo tinha exatamente o cheiro dele, parecia que eu o
tinha em meus braços e que estava inalando seu pescoço o sentindo arrepiar pela
minha respiração, bem como eu gostava de fazer... Peguei a camisa e a vesti por
impulso fechando apenas os primeiros botões e continuando a sentir seu cheiro.
Autch...
Tinha acabado de levar uma facada em meu peito... Facada era até pouco pela dor
intensa que eu senti. Tentei me concentrar em outra coisa enquanto preparava
café para mim mas mesmo era meio impossível... O cheiro dele era vivido e eu
não conseguia me concentrar em outra coisa. Eu era uma imbecil, masoquista.
Ainda pensava nele, ainda o amava e seria uma besta se negasse isso. Até quando
isso duraria? Será que eu conseguiria lembrar dele sem sentir aquela saudade
imensa?
–
Mamãe... – Alice puxou “minha” camisa chamando minha atenção, me tirando do
devaneio.
– Oi meu
amor, o que houve que acordou tão cedo? – Me virei para ela e agachei em sua
frente.
– Tive um
sonho ruim... – Coçou os olhos encostando-se a mim.
– E o que
você sonhou? - A abracei.
– Sonhei
que o papai nunca mais voltou para casa... – Abraçou mais forte seu urso. – Foi
só um sonho, né mamãe? – Isso fez meu coração ficar miúdo, essa separação não
estava fazendo bem nem pra mim e nem para Alice, mas eu poderia lidar com isso,
já Alice era muito nova para entender.
– Sim
amor, foi só um sonho sim... - Forcei um sorriso mas as lagrimas foram
inevitáveis.
– Mamãe,
você esta chorando... - Suas mãozinhas tocaram bochechas secando as lagrimas
que insistiam em cair. - Teve um sonho ruim também?
– Não,
amor...
– Então o
que foi?
– Não é
nada filha... - Sequei as lagrimas mas novas apareceram. – É só...
– Mamãe,
não fique triste, se você quiser eu empresto o tedy para você abraçar bem
forte... - Me mostrou seu ursinho. – Tem eu também, posso te abraçar forte, dar
um beijo e dormir abraçada contigo...
–
Obrigada, princesa. - Foi impossível não sorrir com aquilo. Alice era meu porto
seguro e eu agradecia demais por tê-la comigo, era pensando nela, em seu
sorriso sincero que eu recebia quando ela me via. - Mamãe te ama, ok? Mamãe te
ama demais, mais do que você pode imaginar... - A abracei forte e ela
retribuiu. Fazia tanto tempo que eu não chorava e ali estava eu, desmoronando
em choro com minha filha nos braços.
– Sinto
falta do papai... – Sussurrei.
– Eu sei
amor e tenho certeza que ele sente muito sua falta também. - Sequei meu rosto.
Aquilo acabou mais comigo e eu tinha mais vontade de chorar, mas como sempre,
eu tinha que passar força a ela... - Mas tenho uma noticia boa... Hoje você vai
sair com o papai e a prima Cla, o que acha? – Mudei de assunto,
– Não
quero ir mamãe...
– Mas
você acabou de falar que sente falta de seu pai...
– Eu sei,
mas eu quero que você vá junto... – Falou manhosa.
– Amor,
mamãe não vai conseguir ir hoje, vai lá se divirta com seu pai e a Cla -
Arrumei seu cabelo atrás da orelha.
– Mas
mamãe, faz tanto tempo que você não sai comigo e o papai...
– Amor,
agora eu e o papai somos apenas amigos. Eu sigo a minha vida e ele segue a
dele, lembra que nós conversamos sobre isso?
– Uhum...
– Então
amor...
– Você
promete que em outro passeio você vai junto? – Fez beicinho.
–
Prometo, princesa... – Sorri. Eu esperaria que o próximo passeio dela e de Ian
chegasse e então inventaria outra desculpa mas até lá teria que pensar em uma
nova desculpa porque já estava ficando sem.
– Obigada.
– Sorriu e eu a peguei no colo. – Mamãe... – Sorriu malandra.
– Que foi
princesa?
– Essa
camisa é do papai...
– É sim
sapeca. – Ri.
– Porque
você esta com ela?
–
É...Porque,.. Porque eu gosto dela... – Dei de ombros.
– Eu
também gosto! – Riu.
Fiquei
curtindo minha filha as ultimas horas e depois, infelizmente tive que começar a
arrumá-la junto com sua bolsa. A dei um banho demorado e brincamos na água
juntas, depois ela me ajudou a fazer sua bolsa, colocando as roupas que ela
gostava e seus dois ursinhos inseparáveis. A arrumei com um vestido de manga
comprida, meia calça fina e uma sapatilha e assim que ela ficou pronta a
campainha tocou avisando que Ian havia chego.
–
Desculpe, deveria ter vindo mais tarde... – Ele falou assim que eu abri a porta.
Preciso falar o quanto ele estava lindo? Principalmente usando aquele chapéu
preto que sempre usava e que eu tanto amava... Ian me olhou de cima a baixo me
fazendo corar em vermelho vivido ao perceber que ainda estava de baby doll, mas
pelo menos eu não estava mais usando sua camisa que seria muito mais
vergonhoso...
– Não,
ela já estava impaciente. – Falei evitando seus olhos.
– Mamãe,
você não vai junto com a gente mesmo ? - Me olhou pidona. Eu me agachei em sua
frente e peguei suas mãozinhas.
– Não
filha, mamãe vai ficar em casa, ok? Fica para próxima, ta legal?
– Você
prometeu ein...
– E eu
vou cumprir. De um beijo bem gostoso em Clarisse e fale que a tia Nina esta com
muitas saudades dela, ok?
– Vamos
lá Nina, vai ser legal! - Ian me incentivou. - Saía um pouco de casa...
– Não,
vão vocês... - Respondi fria.
– Eu
espero você se arrumar... Vamos lá. - Insistiu.
– Já
falei que não quero! - Aumentei meu tom de voz falando grossa com ele.
– Você
quem sabe... - Falou derrotando.
– Se
divirta meu amor! - Voltei minha atenção para Alice. - Te amo muito ok?
– Também
te amo! - Ali falou delicada para mim e me abraçou forte. Retribui o abraço e
me coloquei de pé. - Qualquer coisa me ligue... - Falei para Ian o entregando a
bolsa com as roupas de Alice.
– Pode
deixar... - Assentiu pegando a bolsa e a mãozinha de Alice.
– Tchau
princesa, mamãe vai sentir saudades! - Os dois saíram animados e eu fechei a
porta já sentindo falta de Alice. Encostei minha cabeça na porta tentando
organizar tudo o que tinha acontecido.
Estava
orgulhosa por te conseguido resistir a Ian, por mais que estivesse com muita
vontade de sair com a minha família eu resisti. Alice não podia ter tudo o que
queria e eu não podia dar esse gosto de vitoria para Ian. Tinha que ser forte,
eu ia ser forte. Eu iria evita-lo até ter o realmente o esquecido.
Lentamente
comecei a juntar os brinquedos de Alice que estavam na sala os levando para o
quarto da bagunça onde ela brincava. Depois fui para o meu quarto e arrumei
minha cama e guardei umas roupas que estavam fora do lugar.
Me via
completamente sozinha. O único som que ouvia era dos meus pensamentos que na
hora nao eram nada positivos...
Não tinha
nada para fazer, me recusava a estudar, era demais para minha cabeça. Me deitei
na cama e abracei o travesseiro de Alice tentando voltar a dormir, mas não era
isso que eu queria fazer, estava inquieta demais aquela manha para ficar
estirada na cama.
Peguei
meu celular que estava ao meu lado na cama e disquei o primeiro número que me
veio à cabeça. Depois de três chamadas a voz doce de minha amiga atendeu.
– Quem é
vivo sempre aparece... - Candice me atendeu. - Ou te liga! - Riu. - O que devo
a honra desse ilustre telefonema?
– Uma
arregada pedindo socorro para a melhor amiga dela... - Manhei.
– Hey
Nins, o que houve?
– Estou
sozinha... Ian pediu para ficar com Ali esse final de semana.
– Venha
aqui para casa, Micheal foi jogar futebol com os amigos e eu também estou
sozinha. Podemos nos entupir de pipoca e coca cola assim como fazíamos quando
solteiras... – Falou animada.
– Não
quero atrapalhar...
– Nina,
se você não estiver aqui em meia hora eu estou indo ai te buscar e te trazer
pelos cabelos até minha casa!
–
Candy... - Relutei.
– Vai se
arrumar, Dobrev!
– Ok, em
uma hora chego ai! - Falei me dando por vencida.
Rapidamente
tomei banho e me arrumei. Não duvidava nada que Candice fosse me buscar em casa
se não aparecesse lá. Ela tinha sido a única que não se afastou de mim quando
me separei de Ian. Ela era a única que entendia meu mau humor, meus choros no
meio da aula, a falta de interesse em outros assuntos... Candice sempre seria
minha Candice.
Cheguei a
casa dela e nós duas fizemos hambúrgueres para o almoço enquanto conversávamos
sobre besteiras. Era ótimo estar com ela, pelo menos, eu conseguia ser eu
mesma, não precisava ficar fingindo que estava bem só para não deixa-la
preocupada. Candy sempre conseguiria me fazer sorrir e eu era eternamente grata
por ter uma amiga assim.
– Ele me
convidou para ir com eles hoje... - Falei quebrando o silencio que tinha se
formado quando terminamos de comer.
– E
você... - Se levantou tirando as louças sujas.
– Não
aceitei, é obvio.
– Nins,
vocês não podem manter essa relação fria. Por mais que tenham se separado,
felizmente Alice existe e ela foi fruto do amor de vocês...
– Eu não
consigo Candy. Não consigo olhar naqueles olhos azuis e não sentir nojo por ele
ter feito isso comigo, da mesma forma que eu não consigo olha-lo e não o amar
com todas as forças. - Suspirei. - Eu sei que vou conseguir esquecê-lo, mas
ainda é muito cedo. Ele ainda me tem mas nem sabe disso...
– Eu acho
que você precisa encontrar outro homem, Nins.
– Não
quero outro, quero ele... Sou muito fraca por querer ter ele de novo, mas sou
orgulhosa demais para deixar perdoa-lo. Eu sempre o amei, o amo e sempre vou
ama-lo...
– Nina
amor, vai passar, tudo passa. - Pegou minha mão. - No momento parece que vai
doer para sempre, que você nunca vai mais deixar ninguém do sexo oposto chegar
perto de você, mas no momento que você se decidir, que você acordar de manha,
se olhar no espelho e se sentir mais forte e falar para si "Eu vou te
esquecer" aos poucos começa a ver que ele não é tudo, que ele não é o
único homem no mundo que ele não é o centro de sua vida... - Suas palavras
doíam em mim. Por mais que eu quisesse deixar de amar Ian ao mesmo tempo eu não
queria. Com ele eu me sentia única, parecia que não existia Nina sem ele, ele
literalmente me completava. Acho que nenhum outro homem conseguiria me fazer
sentir tão mulher como ele.
– Não sei
candy... Não tenho coragem de tentar colocar outro no lugar dele, não é só em
mim que eu tenho que pensar, é em Alice também. Não posso colocar outro homem
dentro de casa com ela junto. Não posso colocar outro se ela não gostar, Alice
é mais importante para mim que qualquer outro homem.
– Nina,
vou estar aqui contigo e sempre vou te apoiar. Não posso te aconselhar nada
porque eu não sou mãe ainda então não sei o que é isso que você sente. -
Apertou minha mão com força me passando tranquilidade. - Eu te amo amiga, você
é minha irmã e eu não consigo te ver assim...
– Vai
passar amiga... Sei que vai.
– Agora
Nins, nós vamos sair hoje de noite com o pessoal da faculdade! Eu quero você
linda e sexy para nós nos acabarmos de dançar...
– Não
acho que seja uma boa ideia Candy, não estou no humor, não gosto mais dessas
coisas...
– Credo
Nina, até parece que estou falando com uma velha de quarentona, largue disso,
só porque seu casamento acabou não quer dizer que sua vida também tenha
acabado. – Suspirou. – Vamos lá Nina, vai ser legal, faz tanto tempo que não
saímos para dançar, beber...
– Ok, só
vou ligar para Ian...
– Como
assim?
– Preciso
avisá-lo caso aconteça alguma coisa com Alice e eu não atender ao telefone...
– Você
quem sabe Nina...
– Eu
preciso, não só por Alice, mas preciso mostrar a ele que eu estou superando...
– Como eu
disse... Você quem sabe...
Era isso
mesmo que eu precisava fazer, precisava mostrá-lo que minha vida não tinha
parado por causa dele, precisava mostrá-lo que eu estava o esquecendo.
– Hey
Nina. – Ele atendeu animado.
– Oi...
–
Aconteceu alguma coisa?
– Não, só
liguei para saber se está tudo bem com Alice...
– Ah
sim... – Ele respondeu cabisbaixo. – Está tudo bem com ela sim, acabamos de
almoçar e agora ela está comendo bolo de chocolate.
– Olha lá
Ian, manere no doce!
– É só um
bolo Nina, e é final de semana...
– Só
estou falando para que ela não tenha dor de barriga, você sabe disso! – Falei
revoltada. – Mas em fim, não foi só pra isso que eu te liguei, queria te avisar
que vou sair de noite com Candice e alguns colegas da faculdade e que não sei
que horas volto, então só estou avisando que estou com candice caso eu não
atenda o celular se você me ligar.
– Você
vai sair? – Perguntou indignado.
– Sim,
vou sair para esfriar a cabeça um pouco... – Falei vitoriosa. – Agora Ian, vou
desligar. De um beijo em Ali e na Cla e falem que eu amo elas...
– Ok... –
Desliguei o celular sem ao menos esperar ele se despedir.
Aquela
noite seria minha. Eu iria me divertir e nem pensar naquele nome de três
letras... Tinha colocado o meu melhor vestido e Candy me ajudou com a maquiagem
e depois fomos nós duas e mais Micheal para uma boate badalada de NY.
Ao entrar
naquele lugar agitado no mesmo momento me senti arrependida por ter ido. Eu não
gostava mais daquilo, não via mais graça. Para mim era muito mais divertido
passar um dia em casa com minha família assistindo um filme do que sair com os
amigos para uma festa... Eu tinha perdido minha juventude muito cedo, nem
cheguei a “curtir” muito. Mas também, fui obrigada a crescer e amadurecer aos
meus dezoito anos quando engravidei e aos dezenove me vi casada... Não que
estivesse reclamando, mas é que eu me sentia estranha por aos vinte e um anos
ser tão adulta, tão crescida. Eu realmente era muito nova para casar e só agora
que vi isso.
– Estou
vendo fantasmas ou a Dobrev está sentada á nossa mesa? – Alex... Porque não
desconfiei que esse arrogante fosse vir...
–
Sinceramente, o que esse insuportável esta fazendo aqui?
– Urgh é
a Dobrev mesmo... – Eu achava tão estranho as pessoas me chamando de Dobrev,
tinha me desacostumado com meu sobrenome de solteira, Senhora Somerhalder era
tão mais gostoso de se ouvir.
–
Candice, me leva embora desse lugar.
– Qual é
Nina, não deixe sua noite acabar por causa desse energúmeno. – Ela me respondeu.
–
Autch... Vocês são tão queridas.
– Você é
tão otário! – Retruquei.
Alex
apenas suspirou derrotado e se sentou ao meu lado. Odiei tanto por ter afastado
todos os meus colegas a ponto de que ninguém querer sentar ao meu lado e
infelizmente só sobrou Alex para se sentar ali.
– Nina,
vamos conversar...
– Não
tenho nada para falar com você!
– Nina
por favor! Estou aqui te implorando por perdão! Eu estou muito arrependido do
que fiz, nunca mais vou tentar te beijar de novo...
– Que
bom!
– Ah
Nina, por favor, vamos voltar a ser amigos...
– Alex,
não enche! – Revirei os olhos.
– Nina,
você já esta separada de Ian e eu já falei que não vou mais tentar te beijar,
qual é o problema de sermos amigos? – Insistiu.
– Alex,
será que tem como me deixar em paz?
– Não,
não tem. Não vou sair daqui até você me perdoar e voltar a falar comigo!
– Você é
muito chato, sabia disso?
– Eu sei
e é por isso que eu te defendi de todas as vezes que falaram de ti por suas
costas e é por isso que vou ficar aqui sentado com você para que não fique
sozinha!
–
Dispenso... – Suspirei.
– Pare de
se fazer de difícil, mulher!
– Olha
aqui Alex, você nunca mais vai tentar nenhum tipo de contato físico intimo
comigo, nem que seja um abraço, ok? – Suspirei derrotada. – E outra, só te
perdoo se você pagar minha conta hoje... – Em um gole só bebi toda a vodca que
se encontrava em meu copo me fazendo fazer uma careta pela ardência em minha
garganta.
– Wow,
que amizade cara essa...
– Está
reclamando? – Ajeitei meu cabelo para o lado.
– Nem
pensar, se quiser peça a bebida ou o prato mais caro desse cardápio... – Riu.
– Besta!
– Mas
agora, que tal uma dança? – Sorriu.
– Alex...
– O repreendi.
– Uma
dança em amigos, Nina, só como amigos.
– Como
amigos, ein!
– Claro!
– Sorriu pegando minha mão e me conduzindo até a pista de dança.
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