sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 11 - Without him

Já nem doía tanto…
Mentira.
Doía sim, doía e doía muito!
Talvez a dor tivesse se tornado parte de mim, já tinha se tornado entorpecente... Eu sabia que ela estava ali mas nem prestava muita atenção nela, já havia me acostumado com ela.
Tudo na vida a gente se acostuma... Me acostumei com a nova cidade, me acostumei a dormir de conchinha e agora estou me acostumando a viver sem ele... Custa, demora bastante, mas nos habituamos...

Tudo tinha mudado. Eu já não dormia mais, não comia direito, não me divertia mais quando não estava com Alice... Não sabia mais o que era dormir uma noite inteira, às vezes passava em claro estudando ou assistindo televisão, já tinha tentado todos os tipos de remédios possíveis e imagináveis que faziam as pessoas dormirem mas pareciam que eles faziam o efeito contrario comigo.

Em dois meses tinha me tornado uma terceira Nina. Essa Nina era uma pessoa fria e desconfiada, sua vida se resumia a sua filha e seus estudos, nada mais. As únicas pessoas que mantinha contato era sua sogra, cunhada, melhor amiga e noivo da melhor amiga...

Ian estava morando na casa de Edna todos esses meses contra gosto dela. No dia em que nós nos separamos ele e a mãe brigaram por causa da traição e só aceitou ele em casa porque eu insisti muito. Eu podia não estar mais casada com ele e ele poderia ter pisado na bola comigo, mas infelizmente ainda assim me preocupava com ele... Era muita idiotice de minha parte ainda ama-lo? Acho que sim, mas mesmo assim ainda o amava demais... Maldito. Eu já não falava mais com ele, só conversávamos sobre Alice e nada mais. Eu não fazia questão de trocar mais palavras com ele, para mim as poucas que trocávamos era mais do que necessário, o suficiente para uma relação que nós tínhamos no momento.

Eu e ele tínhamos entrado em um consenso; Alice ficava comigo domingo, segunda-feira, terça-feira e eu a deixava na quarta-feira na escola, Ian ia a busca-la e então ela passava o restante dos dias com ele e a trazia para mim no domingo de manhã. Esses dias que eu ficava com ela, me dedicava somente a ela, esquecia-me de faculdade e tudo mais. Mas quando Alice ia para casa da avó com o pai, recuperava o tempo parada e estudava tudo o que tinha para estudar, assim ficava livre para minha pequena. Meus dias sem ela eram vazios, as horas pareciam não passar... A casa fica tão quieta, tão arrumada. Odiava isso, odiava não ter sua vozinha animada me chamando ou não ter que pensar em alguma coisa legal para nós duas brincarmos. Eu não era nada sem Alice, absolutamente nada...

Era sábado e Ian tinha pedido para ficar com Alice aquele final e semana pois queria levar ela e Clarisse para passear, em troca eu ficaria até sexta-feira com ela. Ele a viria busca-la cedo para que pudessem aproveitar bem o dia então teria que acordar a bela adormecida que tinha ido dormir muito tarde na sexta feira porque ficamos assistindo televisão em meu quarto.
Ah... Esse era outro detalhe que havia mudado; Alice dormia comigo naquela enorme cama king size. Pode parecer besteira mas eu queria aproveitar cada segundo que estava com ela porque os dias que ficávamos separadas eu simplesmente morria de saudades daquela pequena. Então ela começou há todos os dias dormir comigo, abraçada na cama.

Acordei era oito e alguma coisa e me levantei, não conseguia mais ficar muito tempo parada na cama e mesmo se ficasse iria acabar acordando Alice que dormia tranquilamente abraçada em seus ursos. Fui para meu closet procurando algo para colocar por cima de meu baby doll, estava esfriando em NY para ficar com um pijama tão curto como o meu. Abri a minha gaveta de pijamas quentes que não via há muito tempo e meu coração disparou quando vi que no topo da pilha estava uma camisa branca de Ian... Com certeza tinha sido ele que havia a colocado ali, dizia que adorava me ver com as camisas dele principalmente depois que fazíamos amor, falava que aquilo era mais uma confirmação de que eu era dele... Malditas lembranças...
Com as mãos tremulas peguei o tecido e sem pensar duas vezes o trouxe para meu rosto inalano a gola dela. Aquilo tinha exatamente o cheiro dele, parecia que eu o tinha em meus braços e que estava inalando seu pescoço o sentindo arrepiar pela minha respiração, bem como eu gostava de fazer... Peguei a camisa e a vesti por impulso fechando apenas os primeiros botões e continuando a sentir seu cheiro.
Autch... Tinha acabado de levar uma facada em meu peito... Facada era até pouco pela dor intensa que eu senti. Tentei me concentrar em outra coisa enquanto preparava café para mim mas mesmo era meio impossível... O cheiro dele era vivido e eu não conseguia me concentrar em outra coisa. Eu era uma imbecil, masoquista. Ainda pensava nele, ainda o amava e seria uma besta se negasse isso. Até quando isso duraria? Será que eu conseguiria lembrar dele sem sentir aquela saudade imensa?
– Mamãe... – Alice puxou “minha” camisa chamando minha atenção, me tirando do devaneio.
– Oi meu amor, o que houve que acordou tão cedo? – Me virei para ela e agachei em sua frente.
– Tive um sonho ruim... – Coçou os olhos encostando-se a mim.
– E o que você sonhou? - A abracei.
– Sonhei que o papai nunca mais voltou para casa... – Abraçou mais forte seu urso. – Foi só um sonho, né mamãe? – Isso fez meu coração ficar miúdo, essa separação não estava fazendo bem nem pra mim e nem para Alice, mas eu poderia lidar com isso, já Alice era muito nova para entender.
– Sim amor, foi só um sonho sim... - Forcei um sorriso mas as lagrimas foram inevitáveis.
– Mamãe, você esta chorando... - Suas mãozinhas tocaram bochechas secando as lagrimas que insistiam em cair. - Teve um sonho ruim também?
– Não, amor...
– Então o que foi?
– Não é nada filha... - Sequei as lagrimas mas novas apareceram. – É só...
– Mamãe, não fique triste, se você quiser eu empresto o tedy para você abraçar bem forte... - Me mostrou seu ursinho. – Tem eu também, posso te abraçar forte, dar um beijo e dormir abraçada contigo...
– Obrigada, princesa. - Foi impossível não sorrir com aquilo. Alice era meu porto seguro e eu agradecia demais por tê-la comigo, era pensando nela, em seu sorriso sincero que eu recebia quando ela me via. - Mamãe te ama, ok? Mamãe te ama demais, mais do que você pode imaginar... - A abracei forte e ela retribuiu. Fazia tanto tempo que eu não chorava e ali estava eu, desmoronando em choro com minha filha nos braços.
– Sinto falta do papai... – Sussurrei.
– Eu sei amor e tenho certeza que ele sente muito sua falta também. - Sequei meu rosto. Aquilo acabou mais comigo e eu tinha mais vontade de chorar, mas como sempre, eu tinha que passar força a ela... - Mas tenho uma noticia boa... Hoje você vai sair com o papai e a prima Cla, o que acha? – Mudei de assunto,
– Não quero ir mamãe...
– Mas você acabou de falar que sente falta de seu pai...
– Eu sei, mas eu quero que você vá junto... – Falou manhosa.
– Amor, mamãe não vai conseguir ir hoje, vai lá se divirta com seu pai e a Cla - Arrumei seu cabelo atrás da orelha.
– Mas mamãe, faz tanto tempo que você não sai comigo e o papai...
– Amor, agora eu e o papai somos apenas amigos. Eu sigo a minha vida e ele segue a dele, lembra que nós conversamos sobre isso?
– Uhum...
– Então amor...
– Você promete que em outro passeio você vai junto? – Fez beicinho.
– Prometo, princesa... – Sorri. Eu esperaria que o próximo passeio dela e de Ian chegasse e então inventaria outra desculpa mas até lá teria que pensar em uma nova desculpa porque já estava ficando sem.
– Obigada. – Sorriu e eu a peguei no colo. – Mamãe... – Sorriu malandra.
– Que foi princesa?
– Essa camisa é do papai...
– É sim sapeca. – Ri.
– Porque você esta com ela?
– É...Porque,.. Porque eu gosto dela... – Dei de ombros.
– Eu também gosto! – Riu.

Fiquei curtindo minha filha as ultimas horas e depois, infelizmente tive que começar a arrumá-la junto com sua bolsa. A dei um banho demorado e brincamos na água juntas, depois ela me ajudou a fazer sua bolsa, colocando as roupas que ela gostava e seus dois ursinhos inseparáveis. A arrumei com um vestido de manga comprida, meia calça fina e uma sapatilha e assim que ela ficou pronta a campainha tocou avisando que Ian havia chego.

– Desculpe, deveria ter vindo mais tarde... – Ele falou assim que eu abri a porta. Preciso falar o quanto ele estava lindo? Principalmente usando aquele chapéu preto que sempre usava e que eu tanto amava... Ian me olhou de cima a baixo me fazendo corar em vermelho vivido ao perceber que ainda estava de baby doll, mas pelo menos eu não estava mais usando sua camisa que seria muito mais vergonhoso...
– Não, ela já estava impaciente. – Falei evitando seus olhos.
– Mamãe, você não vai junto com a gente mesmo ? - Me olhou pidona. Eu me agachei em sua frente e peguei suas mãozinhas.
– Não filha, mamãe vai ficar em casa, ok? Fica para próxima, ta legal?
– Você prometeu ein...
– E eu vou cumprir. De um beijo bem gostoso em Clarisse e fale que a tia Nina esta com muitas saudades dela, ok?
– Vamos lá Nina, vai ser legal! - Ian me incentivou. - Saía um pouco de casa...
– Não, vão vocês... - Respondi fria.
– Eu espero você se arrumar... Vamos lá. - Insistiu.
– Já falei que não quero! - Aumentei meu tom de voz falando grossa com ele.
– Você quem sabe... - Falou derrotando.
– Se divirta meu amor! - Voltei minha atenção para Alice. - Te amo muito ok?
– Também te amo! - Ali falou delicada para mim e me abraçou forte. Retribui o abraço e me coloquei de pé. - Qualquer coisa me ligue... - Falei para Ian o entregando a bolsa com as roupas de Alice.
– Pode deixar... - Assentiu pegando a bolsa e a mãozinha de Alice.
– Tchau princesa, mamãe vai sentir saudades! - Os dois saíram animados e eu fechei a porta já sentindo falta de Alice. Encostei minha cabeça na porta tentando organizar tudo o que tinha acontecido.

Estava orgulhosa por te conseguido resistir a Ian, por mais que estivesse com muita vontade de sair com a minha família eu resisti. Alice não podia ter tudo o que queria e eu não podia dar esse gosto de vitoria para Ian. Tinha que ser forte, eu ia ser forte. Eu iria evita-lo até ter o realmente o esquecido.

Lentamente comecei a juntar os brinquedos de Alice que estavam na sala os levando para o quarto da bagunça onde ela brincava. Depois fui para o meu quarto e arrumei minha cama e guardei umas roupas que estavam fora do lugar.

Me via completamente sozinha. O único som que ouvia era dos meus pensamentos que na hora nao eram nada positivos...
Não tinha nada para fazer, me recusava a estudar, era demais para minha cabeça. Me deitei na cama e abracei o travesseiro de Alice tentando voltar a dormir, mas não era isso que eu queria fazer, estava inquieta demais aquela manha para ficar estirada na cama.

Peguei meu celular que estava ao meu lado na cama e disquei o primeiro número que me veio à cabeça. Depois de três chamadas a voz doce de minha amiga atendeu.

– Quem é vivo sempre aparece... - Candice me atendeu. - Ou te liga! - Riu. - O que devo a honra desse ilustre telefonema?
– Uma arregada pedindo socorro para a melhor amiga dela... - Manhei.
– Hey Nins, o que houve?
– Estou sozinha... Ian pediu para ficar com Ali esse final de semana.
– Venha aqui para casa, Micheal foi jogar futebol com os amigos e eu também estou sozinha. Podemos nos entupir de pipoca e coca cola assim como fazíamos quando solteiras... – Falou animada.
– Não quero atrapalhar...
– Nina, se você não estiver aqui em meia hora eu estou indo ai te buscar e te trazer pelos cabelos até minha casa!
– Candy... - Relutei.
– Vai se arrumar, Dobrev!
– Ok, em uma hora chego ai! - Falei me dando por vencida.

Rapidamente tomei banho e me arrumei. Não duvidava nada que Candice fosse me buscar em casa se não aparecesse lá. Ela tinha sido a única que não se afastou de mim quando me separei de Ian. Ela era a única que entendia meu mau humor, meus choros no meio da aula, a falta de interesse em outros assuntos... Candice sempre seria minha Candice.
Cheguei a casa dela e nós duas fizemos hambúrgueres para o almoço enquanto conversávamos sobre besteiras. Era ótimo estar com ela, pelo menos, eu conseguia ser eu mesma, não precisava ficar fingindo que estava bem só para não deixa-la preocupada. Candy sempre conseguiria me fazer sorrir e eu era eternamente grata por ter uma amiga assim.

– Ele me convidou para ir com eles hoje... - Falei quebrando o silencio que tinha se formado quando terminamos de comer.
– E você... - Se levantou tirando as louças sujas.
– Não aceitei, é obvio.
– Nins, vocês não podem manter essa relação fria. Por mais que tenham se separado, felizmente Alice existe e ela foi fruto do amor de vocês...
– Eu não consigo Candy. Não consigo olhar naqueles olhos azuis e não sentir nojo por ele ter feito isso comigo, da mesma forma que eu não consigo olha-lo e não o amar com todas as forças. - Suspirei. - Eu sei que vou conseguir esquecê-lo, mas ainda é muito cedo. Ele ainda me tem mas nem sabe disso...
– Eu acho que você precisa encontrar outro homem, Nins.
– Não quero outro, quero ele... Sou muito fraca por querer ter ele de novo, mas sou orgulhosa demais para deixar perdoa-lo. Eu sempre o amei, o amo e sempre vou ama-lo...
– Nina amor, vai passar, tudo passa. - Pegou minha mão. - No momento parece que vai doer para sempre, que você nunca vai mais deixar ninguém do sexo oposto chegar perto de você, mas no momento que você se decidir, que você acordar de manha, se olhar no espelho e se sentir mais forte e falar para si "Eu vou te esquecer" aos poucos começa a ver que ele não é tudo, que ele não é o único homem no mundo que ele não é o centro de sua vida... - Suas palavras doíam em mim. Por mais que eu quisesse deixar de amar Ian ao mesmo tempo eu não queria. Com ele eu me sentia única, parecia que não existia Nina sem ele, ele literalmente me completava. Acho que nenhum outro homem conseguiria me fazer sentir tão mulher como ele.
– Não sei candy... Não tenho coragem de tentar colocar outro no lugar dele, não é só em mim que eu tenho que pensar, é em Alice também. Não posso colocar outro homem dentro de casa com ela junto. Não posso colocar outro se ela não gostar, Alice é mais importante para mim que qualquer outro homem.
– Nina, vou estar aqui contigo e sempre vou te apoiar. Não posso te aconselhar nada porque eu não sou mãe ainda então não sei o que é isso que você sente. - Apertou minha mão com força me passando tranquilidade. - Eu te amo amiga, você é minha irmã e eu não consigo te ver assim...
– Vai passar amiga... Sei que vai.
– Agora Nins, nós vamos sair hoje de noite com o pessoal da faculdade! Eu quero você linda e sexy para nós nos acabarmos de dançar...
– Não acho que seja uma boa ideia Candy, não estou no humor, não gosto mais dessas coisas...
– Credo Nina, até parece que estou falando com uma velha de quarentona, largue disso, só porque seu casamento acabou não quer dizer que sua vida também tenha acabado. – Suspirou. – Vamos lá Nina, vai ser legal, faz tanto tempo que não saímos para dançar, beber...
– Ok, só vou ligar para Ian...
– Como assim?
– Preciso avisá-lo caso aconteça alguma coisa com Alice e eu não atender ao telefone...
– Você quem sabe Nina...
– Eu preciso, não só por Alice, mas preciso mostrar a ele que eu estou superando...
– Como eu disse... Você quem sabe...

Era isso mesmo que eu precisava fazer, precisava mostrá-lo que minha vida não tinha parado por causa dele, precisava mostrá-lo que eu estava o esquecendo.

– Hey Nina. – Ele atendeu animado.
– Oi...
– Aconteceu alguma coisa?
– Não, só liguei para saber se está tudo bem com Alice...
– Ah sim... – Ele respondeu cabisbaixo. – Está tudo bem com ela sim, acabamos de almoçar e agora ela está comendo bolo de chocolate.
– Olha lá Ian, manere no doce!
– É só um bolo Nina, e é final de semana...
– Só estou falando para que ela não tenha dor de barriga, você sabe disso! – Falei revoltada. – Mas em fim, não foi só pra isso que eu te liguei, queria te avisar que vou sair de noite com Candice e alguns colegas da faculdade e que não sei que horas volto, então só estou avisando que estou com candice caso eu não atenda o celular se você me ligar.
– Você vai sair? – Perguntou indignado.
– Sim, vou sair para esfriar a cabeça um pouco... – Falei vitoriosa. – Agora Ian, vou desligar. De um beijo em Ali e na Cla e falem que eu amo elas...
– Ok... – Desliguei o celular sem ao menos esperar ele se despedir.

Aquela noite seria minha. Eu iria me divertir e nem pensar naquele nome de três letras... Tinha colocado o meu melhor vestido e Candy me ajudou com a maquiagem e depois fomos nós duas e mais Micheal para uma boate badalada de NY.

Ao entrar naquele lugar agitado no mesmo momento me senti arrependida por ter ido. Eu não gostava mais daquilo, não via mais graça. Para mim era muito mais divertido passar um dia em casa com minha família assistindo um filme do que sair com os amigos para uma festa... Eu tinha perdido minha juventude muito cedo, nem cheguei a “curtir” muito. Mas também, fui obrigada a crescer e amadurecer aos meus dezoito anos quando engravidei e aos dezenove me vi casada... Não que estivesse reclamando, mas é que eu me sentia estranha por aos vinte e um anos ser tão adulta, tão crescida. Eu realmente era muito nova para casar e só agora que vi isso.

– Estou vendo fantasmas ou a Dobrev está sentada á nossa mesa? – Alex... Porque não desconfiei que esse arrogante fosse vir...
– Sinceramente, o que esse insuportável esta fazendo aqui?
– Urgh é a Dobrev mesmo... – Eu achava tão estranho as pessoas me chamando de Dobrev, tinha me desacostumado com meu sobrenome de solteira, Senhora Somerhalder era tão mais gostoso de se ouvir.
– Candice, me leva embora desse lugar.
– Qual é Nina, não deixe sua noite acabar por causa desse energúmeno. – Ela me respondeu.
– Autch... Vocês são tão queridas.
– Você é tão otário! – Retruquei.

Alex apenas suspirou derrotado e se sentou ao meu lado. Odiei tanto por ter afastado todos os meus colegas a ponto de que ninguém querer sentar ao meu lado e infelizmente só sobrou Alex para se sentar ali.

– Nina, vamos conversar...
– Não tenho nada para falar com você!
– Nina por favor! Estou aqui te implorando por perdão! Eu estou muito arrependido do que fiz, nunca mais vou tentar te beijar de novo...
– Que bom!
– Ah Nina, por favor, vamos voltar a ser amigos...
– Alex, não enche! – Revirei os olhos.
– Nina, você já esta separada de Ian e eu já falei que não vou mais tentar te beijar, qual é o problema de sermos amigos? – Insistiu.
– Alex, será que tem como me deixar em paz?
– Não, não tem. Não vou sair daqui até você me perdoar e voltar a falar comigo!
– Você é muito chato, sabia disso?
– Eu sei e é por isso que eu te defendi de todas as vezes que falaram de ti por suas costas e é por isso que vou ficar aqui sentado com você para que não fique sozinha!
– Dispenso... – Suspirei.
– Pare de se fazer de difícil, mulher!
– Olha aqui Alex, você nunca mais vai tentar nenhum tipo de contato físico intimo comigo, nem que seja um abraço, ok? – Suspirei derrotada. – E outra, só te perdoo se você pagar minha conta hoje... – Em um gole só bebi toda a vodca que se encontrava em meu copo me fazendo fazer uma careta pela ardência em minha garganta.
– Wow, que amizade cara essa...
– Está reclamando? – Ajeitei meu cabelo para o lado.
– Nem pensar, se quiser peça a bebida ou o prato mais caro desse cardápio... – Riu.
– Besta!
– Mas agora, que tal uma dança? – Sorriu.
– Alex... – O repreendi.
– Uma dança em amigos, Nina, só como amigos.
– Como amigos, ein!
– Claro! – Sorriu pegando minha mão e me conduzindo até a pista de dança.

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