sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Epílogo

Acho que já se passava das onze da noite do sábado e eu ainda estava no quarto de Alice deitada junto com ela na cama na esperança que ela dormisse. Depois de ter dormido o dia inteiro, a pequena estava elétrica e parecia que nunca iria dormir mais, já eu estava exausta depois de ter aproveitado suas horas de sono para estudar para a faculdade.
– Finalmente ela dormiu... - Falei entrando no quarto e me deitando ao lado de Ian na cama quando finalmente Alice tinha se entregado. - Assistimos quase duas vezes "Monstros S.A", ela mamou duas vezes e ainda insiste em falar que ela é a Boo e você é o Sulivan. - Ri o abraçando.
– Ironicamente sou o que é chamado de gatinho... - Me puxou mais para si me deitando em seu peito.
– Mas é um bobo mesmo - Apoiei meu queixo em seu peito para olhá-lo. - Só a mamãe não aparece nesse filme, até o Micheal aparece... - Fiz bico magoada.
– Se serve de consolo, o tio Micheal é aquela bola verde de um olho só que eu nunca sei o nome... - Riu ajeitando meus cabelos para trás da orelha. - Mas a mamãe não aparece porque a mamãe é muito linda para ser um personagem de em um filme de monstros - Sorriu me dando um selinho. - Ou você quer ser aquela namorada de cobras nos cabelos?- Ergueu as sobrancelhas me provocando.
– Muito engraçadinho você... -Bufei voltando a descansar a cabeça nele. - Estou tão cansada que acho que posso dormir dois dias seguidos e não acordar descansada... - Manhei. Ian mexia no meu cabelo enquanto conversávamos e eu lutava para deixar meus olhos abertos.
– Sinto te informar, mas eu acho que você só vai conseguir dormir esses dois dias se levar para nossa princesa o Toby - Riu colocando em minha frente o urso marrom que tinha ficado em nossa cama. - Você sabe que se o Toby e o Tedy não estiverem juntos com ela na cama dá problema...- Riu. Não, não, não. Eu não iria levantar daquela cama por nada.
– O Tedy já esta lá... - Gemi.
– Mas o Toby não, vamos lá amor....
– Mas é muito folgado mesmo, levante-se e leve pra ela... - Me sentei na cama me fingindo de irritada e brigando com ele. - Estou aqui reclamando que estou cansada e você me pede para levantar...
– Ah Nins, eu insisto! - Fez beicinho.
– Mas é muita cara de pau mesmo! - Arranquei com força de sua mão o urso e assim que o peguei pude sentir algo duro por debaixo do moletom vermelho que ele usava. - O que é isso...
Olhei confusa para Ian que me olhava carinhoso e com os olhos brilhando.
Lentamente virei o urso de costas até onde tinha encontrado a rigidez e Tirei com uma certa dificuldade o objeto, revelando ser uma caixinha vermelha de veludo.
Meu coração acelerou e eu suspirei. sem olhar para Ian, abri a caixa me deparando com dois anéis banhados a ouro e um deles tinha uma pedrinha minuciosa mas um tanto brilhante no meio.
– Ian... - Sussurrei com lagrimas nos olhos já entendendo o que era tudo aquilo.
– Casa comigo, Nina? - Minha cabeça rodava e minhas mãos tremiam. Não conseguia pensar em outra coisa a não ser uma palavra com três letras. - Eu ia te fazer todo aquele discurso te convidando para ser a mãe dos meus filhos, mas você já é a mãe da minha filha, então...
Eu nunca tinha pensado em me casar, principalmente com vinte anos. Mas agora era diferente. Era Ian que estava me propondo em casamento. Era o homem pai da minha filha, o homem que sempre estava ao meu lado, o homem que me acolheu quando eu precisei, que cuidava de mim e independente do que eu estava sentindo me fazia sorrir, que me fazia perder o fôlego com apenas alguns toques, o homem que eu amava que estava me propondo para ser sua esposa...
– Sim... - Falei em meio a lagrimas. Ele sorriu abertamente para mim, tirou o anel com a pedrinha e com delicadeza pegou minha mão esquerda colocando a aliança ali. Em um ato simbólico, fiz a mesma coisa com ele e entrelacei nossas mãos.
– Eu amo você! - Ian falou sorrindo para mim e eu só o puxei para um beijo apaixonado.

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