sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capítulo 9 - My future, my own business

Como combinado, eu e Ian só iriamos tentar contar aos meus pais que estávamos namorando quando as coisas estivessem ficando sérias. E bem, de uma certa forma estávamos dando esse grande passo na relação... Apesar de já estarmos um mês e meio juntos ainda não tínhamos chego nos “finalmentes”. Nossos beijos estavam cada vez mais urgentes e Ian havia me convidado novamente para ir dormir em sua casa.
Apesar de já ter ido inúmeras vezes visitá-lo, eu tentava evitar o máximo o assunto de dormir lá. Não que eu não quisesse, eu queria e muito, mas ao mesmo tempo eu tinha medo de que ele só quisesse sexo e depois me deixasse... Por mais inseguro que isso soasse; essa era uma hipótese que eu não podia deixar de constar. Ian era um homem lindo de 28 anos com muita experiência e eu era apenas uma garota de 18 que não sabia nem a metade das coisas que ele gostava na cama.
Tínhamos acabado de sair da academia e antes de eu sair do carro Ian me puxou para seu colo para um “beijo de despedida”. Agradeci pelos vidros dele terem isufilme e por a minha rua ser extremamente escura, assim ninguém nos veria dentro do carro.
Ele beijava meu pescoço e eu tentava procurar forças para pará-lo, mas ao invés de me afastar eu me apertava contra ele sentindo sua ereção contra meu sexo o fazendo ficar mais e mais exigente e querer tirar minha blusa. No momento que ele foi tentando me despir, consegui voltar à consciência e para-lo antes mesmo dele conseguir chegar até meu umbigo.
– Ian... – Falei sem fôlego. – Aqui não... – O senti resmungar alguma coisa enquanto apoiava a cabeça entre meu ombro e meu pescoço.
Eu não queria que nossa primeira vez fosse em seu carro na esquina da minha casa. Não precisava ter pétalas de rosas ou velas, mas queria que fosse especial, de preferencia em uma cama com conforto e livre acesso nos corpos, sem restrição de espaço ou com medo de sermos pegos.
– Eu simplesmente perco o controle contigo.
– Hoje não ok ? – Colei nossas testas.
– Eu te espero... Quando quiser. – Ele sorriu daquele meu jeito favorito e eu quase desisti da ideia de “hoje não”.
– Em breve... – O dei mais um selinho e logo saí de seu colo. Quando eu estava quase saindo do carro, ele me puxou novamente e me olhou com os olhos ternos.
– Nina, eu quero você, mas eu vou te esperar o quanto for... – Meu coração acelerou e eu sorri abertamente.
– Será em breve. – Repeti e o beijei calmamente e saí do carro.
Meu coração ainda batia descompensado e eu tentava reorganizar tudo o que tinha acontecido. Eu queria Ian e ele me queria, precisava de mais alguma coisa? Naquele momento eu sentia que precisava contar para meus pais sobre nós e era isso que eu estava decidida a fazer quando entrei em casa.
– Boa noite, mãe! – Sorri sentando ao seu lado no sofá. – Boa noite meu bebezinho! – Fiz voz de criança e peguei Mike no meu colo.
– Demorou ein ?
– Eu sei, fiquei conversando com o instrutor e perdi a hora. – Menti. Ultimamente eu tinha melhorado muito em mentir, talvez porque eu mentia toda hora para eles fui pegando a manha. Minha mãe pareceu aceitar a mentira e logo me olhou sorridente.
– Está tão feliz ultimamente, com um brilho diferente nos olhos... – Incrível como mãe percebia quando tinha alguma coisa acontecendo. Permaneci mais calma que consegui para ela não perceber meu nervosismo.
– Só estou feliz... – Dei de ombros sorrindo. Eu não iria simplesmente vomitar o motivo para ela e esperar ela ter uma sincope. Primeiramente iria prepara-la, ver sua reação e ai sim contar... – Huuum – Chamei sua atenção e ela me olhou. – Hoje na aula de filosofia assistimos um filme super legal. – Rapidamente inventei uma história em minha cabeça para ver o que ela diria.
– É? E qual era ?
– O nome eu não me lembro.... Mas era sobre uma menina de dezoito anos que se apaixonou por um homem de 28.
– Pffffffff. Quanto era o salário dele ? – Falou debochada. Ouch, aquilo tinha doido minha alma. Não era interesseira nem nada...
– Ele era veterinário... – Mordi o lábio começando a ficar nervosa.
– Posso concluir que ele tinha uma grande herança ou alguma coisa assim... Ou a menina era linda e ele só queria tirar a virtude dela.
– Mãe! – A repreendi começando a ficar nervosa. – Eles se amavam.
– Nina, o que uma menina de dezoito anos sabe sobre o amor ?
– Muito mais que alguém mais velho, eles se amavam! – Briguei.
– No máximo essa garota só queria status, se achar por namorar um cara bem mais velho que ela.
– Porque é tão difícil você acreditar que eles se amavam de verdade ?
– Porque é oras, maturidade Nina! Uma garota de 18 anos não tem maturidade o suficiente para amar alguém de verdade.
– Que absurdo isso!
– Acho bom você não me aprontar dessa Nina, se não a única coisa que tu leva daqui é o sobrenome. – Gelei. Eu não conseguia acreditar que eu tinha ouvido isso da minha mãe. Desisti na hora de contar para ela sobre Ian, sem antes falar com ele sobre o que conversei com ela sobre Ian.
Suspirei fundo e decidi mudar de tópico.
– Cadê meu pai ? – Perguntei quando percebi sua ausência na sala.
– No escritório... – Ótimo, assim conseguiria falar com ela sobre um assunto um pouco mais sério que meu namoro; faculdade.
– Mãe... Preciso de uma passagem para Nova Iorque. – Falei baixinho e ela riu sem graça.
– O que quer em Nova Iorque, Nina? – Perguntou um tanto irritada.
– Estava pensando em ir conhecer a faculdade com Candy... – Mordi o lábio.
– Já te falei Nina. Você não vai fazer faculdade, vai trabalhar com seu pai na empresa!
– Mãe, eu não quero trabalhar na empresa! – Relutei.
– Será que da pra parar de ser tão ingrata, Nina? Eu e seu pai trabalhamos duro naquela empresa para que ela ainda esteja de pé pra ti e assim agradece ?
– Eu agradeceria mais se vocês me deixassem fazer o que quero!
– Você é uma Dobrev, Nina. Quer que deixemos a empresa para outra pessoa ? De outra família ? Seu pai não iria ficar nada feliz com isso...
– E será que eu ficaria feliz ? – Enfatizei o “eu”. – Estou cansada de fazer tudo o que vocês querem e esquecer de mim, eu já tenho dezoito anos e sei o que é melhor para mim! Eu não quero trabalhar naquela porra de empresa!– Eu não tinha nem forças para chorar, a raiva era maior que a minha magoa e a minha única vontade era falar tudo o que estava pensando para minha mãe.
– Nina Dobrev isso não é jeito de se falar com a sua mãe! – Me repreendeu e eu ri sem graça.
– Não vou retirar o que disse! – A fuzilei com os olhos e subi irritada para o meu quarto.
Eu só queria sair de casa e correr para os braços de Ian ou ir desabafar com Candicce. Não sabia o que tinha feito para merecer tamanha injustiça! Eu iria para Columbia University no próximo ano, queria minha família ou não.

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