Como combinado, eu e Ian só iriamos tentar contar aos meus pais que
estávamos namorando quando as coisas estivessem ficando sérias. E bem,
de uma certa forma estávamos dando esse grande passo na relação...
Apesar de já estarmos um mês e meio juntos ainda não tínhamos chego nos
“finalmentes”. Nossos beijos estavam cada vez mais urgentes e Ian havia
me convidado novamente para ir dormir em sua casa.
Apesar de já
ter ido inúmeras vezes visitá-lo, eu tentava evitar o máximo o assunto
de dormir lá. Não que eu não quisesse, eu queria e muito, mas ao mesmo
tempo eu tinha medo de que ele só quisesse sexo e depois me deixasse...
Por mais inseguro que isso soasse; essa
era uma hipótese que eu não podia deixar de constar. Ian era um homem
lindo de 28 anos com muita experiência e eu era apenas uma garota de 18
que não sabia nem a metade das coisas que ele gostava na cama.
Tínhamos
acabado de sair da academia e antes de eu sair do carro Ian me puxou
para seu colo para um “beijo de despedida”. Agradeci pelos vidros dele
terem isufilme e por a minha rua ser extremamente escura, assim ninguém
nos veria dentro do carro.
Ele beijava meu pescoço e eu tentava
procurar forças para pará-lo, mas ao invés de me afastar eu me apertava
contra ele sentindo sua ereção contra meu sexo o fazendo ficar mais e
mais exigente e querer tirar minha blusa. No momento que ele foi
tentando me despir, consegui voltar à consciência e para-lo antes mesmo
dele conseguir chegar até meu umbigo.
– Ian... – Falei sem
fôlego. – Aqui não... – O senti resmungar alguma coisa enquanto apoiava a
cabeça entre meu ombro e meu pescoço.
Eu não queria que nossa
primeira vez fosse em seu carro na esquina da minha casa. Não precisava
ter pétalas de rosas ou velas, mas queria que fosse especial, de
preferencia em uma cama com conforto e livre acesso nos corpos, sem
restrição de espaço ou com medo de sermos pegos.
– Eu simplesmente perco o controle contigo.
– Hoje não ok ? – Colei nossas testas.
– Eu te espero... Quando quiser. – Ele sorriu daquele meu jeito favorito e eu quase desisti da ideia de “hoje não”.
–
Em breve... – O dei mais um selinho e logo saí de seu colo. Quando eu
estava quase saindo do carro, ele me puxou novamente e me olhou com os
olhos ternos.
– Nina, eu quero você, mas eu vou te esperar o quanto for... – Meu coração acelerou e eu sorri abertamente.
– Será em breve. – Repeti e o beijei calmamente e saí do carro.
Meu
coração ainda batia descompensado e eu tentava reorganizar tudo o que
tinha acontecido. Eu queria Ian e ele me queria, precisava de mais
alguma coisa? Naquele momento eu sentia que precisava contar para meus
pais sobre nós e era isso que eu estava decidida a fazer quando entrei
em casa.
– Boa noite, mãe! – Sorri sentando ao seu lado no sofá. –
Boa noite meu bebezinho! – Fiz voz de criança e peguei Mike no meu
colo.
– Demorou ein ?
– Eu sei, fiquei conversando com o
instrutor e perdi a hora. – Menti. Ultimamente eu tinha melhorado muito
em mentir, talvez porque eu mentia toda hora para eles fui pegando a
manha. Minha mãe pareceu aceitar a mentira e logo me olhou sorridente.
–
Está tão feliz ultimamente, com um brilho diferente nos olhos... –
Incrível como mãe percebia quando tinha alguma coisa acontecendo.
Permaneci mais calma que consegui para ela não perceber meu nervosismo.
–
Só estou feliz... – Dei de ombros sorrindo. Eu não iria simplesmente
vomitar o motivo para ela e esperar ela ter uma sincope. Primeiramente
iria prepara-la, ver sua reação e ai sim contar... – Huuum – Chamei sua
atenção e ela me olhou. – Hoje na aula de filosofia assistimos um filme
super legal. – Rapidamente inventei uma história em minha cabeça para
ver o que ela diria.
– É? E qual era ?
– O nome eu não me lembro.... Mas era sobre uma menina de dezoito anos que se apaixonou por um homem de 28.
–
Pffffffff. Quanto era o salário dele ? – Falou debochada. Ouch, aquilo
tinha doido minha alma. Não era interesseira nem nada...
– Ele era veterinário... – Mordi o lábio começando a ficar nervosa.
–
Posso concluir que ele tinha uma grande herança ou alguma coisa
assim... Ou a menina era linda e ele só queria tirar a virtude dela.
– Mãe! – A repreendi começando a ficar nervosa. – Eles se amavam.
– Nina, o que uma menina de dezoito anos sabe sobre o amor ?
– Muito mais que alguém mais velho, eles se amavam! – Briguei.
– No máximo essa garota só queria status, se achar por namorar um cara bem mais velho que ela.
– Porque é tão difícil você acreditar que eles se amavam de verdade ?
– Porque é oras, maturidade Nina! Uma garota de 18 anos não tem maturidade o suficiente para amar alguém de verdade.
– Que absurdo isso!
–
Acho bom você não me aprontar dessa Nina, se não a única coisa que tu
leva daqui é o sobrenome. – Gelei. Eu não conseguia acreditar que eu
tinha ouvido isso da minha mãe. Desisti na hora de contar para ela sobre
Ian, sem antes falar com ele sobre o que conversei com ela sobre Ian.
Suspirei fundo e decidi mudar de tópico.
– Cadê meu pai ? – Perguntei quando percebi sua ausência na sala.
– No escritório... – Ótimo, assim conseguiria falar com ela sobre um assunto um pouco mais sério que meu namoro; faculdade.
– Mãe... Preciso de uma passagem para Nova Iorque. – Falei baixinho e ela riu sem graça.
– O que quer em Nova Iorque, Nina? – Perguntou um tanto irritada.
– Estava pensando em ir conhecer a faculdade com Candy... – Mordi o lábio.
– Já te falei Nina. Você não vai fazer faculdade, vai trabalhar com seu pai na empresa!
– Mãe, eu não quero trabalhar na empresa! – Relutei.
–
Será que da pra parar de ser tão ingrata, Nina? Eu e seu pai
trabalhamos duro naquela empresa para que ela ainda esteja de pé pra ti e
assim agradece ?
– Eu agradeceria mais se vocês me deixassem fazer o que quero!
–
Você é uma Dobrev, Nina. Quer que deixemos a empresa para outra pessoa ?
De outra família ? Seu pai não iria ficar nada feliz com isso...
–
E será que eu ficaria feliz ? – Enfatizei o “eu”. – Estou cansada de
fazer tudo o que vocês querem e esquecer de mim, eu já tenho dezoito
anos e sei o que é melhor para mim! Eu não quero trabalhar naquela porra
de empresa!– Eu não tinha nem forças para chorar, a raiva era maior que
a minha magoa e a minha única vontade era falar tudo o que estava
pensando para minha mãe.
– Nina Dobrev isso não é jeito de se falar com a sua mãe! – Me repreendeu e eu ri sem graça.
– Não vou retirar o que disse! – A fuzilei com os olhos e subi irritada para o meu quarto.
Eu
só queria sair de casa e correr para os braços de Ian ou ir desabafar
com Candicce. Não sabia o que tinha feito para merecer tamanha
injustiça! Eu iria para Columbia University no próximo ano, queria minha
família ou não.
Michaela começando a mostrar as garras... :S
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