sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 21 - We belong together

Ian narrando
Minhas mãos suavam frio, eu estava ansioso demais. Nina tinha aceitado ir tomar um café comigo e agora era só torcer para que eu não fizesse nada de errado.
Aquela manha eu tinha acordado disposto a ter Nina de novo, acordei disposto a deixar meu orgulho de lado para tê-la e por isso nem liguei muito por ter encontrado Julian com ela sozinhos em casa.
O caminho inteiro até o Starbucks foi silencioso, Nina caminhava de braços cruzados e tensa ao meu lado. Odiava essa maldita distancia entre nós, era tão desconfortável... Queria tanto poder abraça-la, segurar sua mão, puxa-la pela cintura e afagar seus cabelos. Queria tanto tê-la para mim novamente..
Assim que chegamos ao Starbucks fomos terrivelmente surpreendidos por uma ilustre presença de Megan.
Consegui perceber nina ficar mais tensa do que já estava, sua respiração era pesada de nervosismo pela nossa companhia.
Odiava a ver daquela forma.
– Ian... - Aquela voz irritante me chamou.
– O que quer? - Perguntei grosso.
– Finalmente consegui te encontrar. Estava há tempos te procurando.
– Já perguntei, o que quer?
– Nossa Ian... - Falou magoada.
– Megan, será que tem como falar logo? Se não percebeu estou ocupado... - Passei o braço em volta dos ombros de Nina.
– Eu só queria conversar, faz tanto tempo... Você nem atende o celular... - Seus olhos se encheram de lagrimas. Uma das coisas que eu mais odiava em Megan era esse sentimentalismo, céus, esse mulher conseguia manipular qualquer um com esses ataques repentinos.
– Acabou com o drama? - Suspirei. - Adeus Megan... - Guiei Nina até a mesa mais afastada do local.
Ela não falava nada. Estava pálida e quase achei que ela estivesse passando mal. Ela se sentou e eu me aconcheguei ao seu lado e antes mesmo de fazer nossos pedidos, Nina colocou suas duas mãos em cima da mesa as fitando enquanto brincava com seus dedos.
Fizemos nossos pedidos e então ela tomou fôlego algumas vezes para começar a falar...
– Porque está fazendo isso comigo? - Ela perguntou receosa.
– Fazendo o que? - Perguntei desentendido.
– Você sabe...
– Por favor nina, vamos conversar civilizadamente.
– Por favor digo eu Ian, não quero mais me machucar, não quero mais discutir...
– Então não discutimos! - Peguei sua mão, entrelaçando nossos dedos. - Nins, eu vim aqui com um propósito e eu não saio desse café sem atingi-lo. - Nina, eu amo você, amo demais, mais do que eu posso explicar e acaba comigo ficar separado desse jeito.
– Ian, um relacionamento, um casamento, é muito mais do que um "eu te amo" e de que noites de sexo...
– Ei sei Nina, eu sei. - Suspirei. - Pequena, eu não vejo mais a Megan, você vou, eu não atendo mais seus telefonemas. Nina, eu sei que você já não deve me amar mais como antes, mas eu estou disposto a reconquistar seu amor, só me de uma chance. - Peguei suas mãos e as trouxe para mim. - Acabou comigo ver Julian em nossa casa, sozinho com você! - Eu olhava seus olhos demonstrando todo meu sentimento nele. - Eu posso te mostrar que sou muito melhor que Julian... - Implorei para ela.
– Hey hey... - Me interrompeu. - Eu não estou com Julian! - Explicou.
– Não? - Perguntei mais tranquilo.
– Não! - Falou convicta. - Alex está com problemas com drogas e Julian veio me pedir ajuda... - Foi como se um peso tivesse saído de minhas costas, meu peito se encheu de alivio e por um momento eu senti esperanças de que ela voltasse para mim.
– Então Nins, por favor, volte para mim... - Larguei suas mãos e peguei seu rosto com toda a delicadeza que tinha que parecia que eu tratava de uma porcelana chinesa. Seus lindos olhos caramelo tinham um brilho que eu não via há muito tempo e isso me deixou ainda mais feliz.
– Eu não sei o que falar... - Sussurrou.
– Só fale que sim, fale que vai voltar a ser minha porque eu sempre fui seu.
– Eu sempre fui sua... - Respondeu.
Meu coração de acelerou e eu tive a impressão de que ele fosse saltar de meu peito de tanta felicidade. Meus olhos se encheram de lagrimas e eu sorri abertamente.
Acariciei seu rosto com as costas da minha mão, ajeitei uma mexa de cabelo que caia em seu rosto para trás da orelha.
– Porque não me beija logo? - Ela falou com a respiração ofegante por causa de minhas caricias.
Sorri em resposta e a trouxe ao meu encontro selando nossos lábios em um beijo demorado. Entreabri meus lábios e a língua de Nina timidamente procurou a minha. Nosso beijo foi calmo mas ao mesmo tempo apaixonado e urgente, por mais que tivéssemos nos beijado há poucos meses atrás parecia que não nos beijávamos a séculos, nossas línguas cerravam uma batalha de caricias deliciosa como se fosse uma dança de acasalamento ou algo assim. Emaranhei meus dedos em seus cabelos e suas mãos me puxavam para ela pela minha gola da camisa entreaberta, intensificando nosso beijo. Por mais que tivéssemos a impressão de que esse beijo nunca fosse acabar, ele foi diminuindo de intensidade até que ser terminado em vários selinhos e uma mordida em meu lábio inferior.
– Você não faz ideia o quanto eu estou feliz. - Falei.
– Não mais do que eu. - Respondeu sorridente.
– Te amo! - Falei.
– Eu amo mais. - Falou em meio a beijos. - Temos que buscar uma princesa na escola... - Sorriu.
– Não vejo a hora de arrumar minhas coisas e voltar para nossa casa com a nossa princesa! - Falei animado.
– De onde você não deveria ter saído... - Adicionou.
– O que acha de fazermos uma surpresa para Ali e irmos pegá-la mais cedo?
– Ótima ideia. - Sorriu me dando mais um beijo.
Pegamos nossos cafés e voltamos para casa onde pegamos meu carro e juntos seguimos para escola de Alice. Era indescritível a felicidade que eu estava Sentindo. Parecia que eu tinha voltado a viver novamente, parecia que meu coração tinha voltado a bater normalmente. Era tão bom estar ao lado de Nina, poder abraça-la, poder roubar inúmeros beijos dela nos sinais vermelhos, poder chamá-la de minha e de pequena novamente... Me sentia inteiro como há medes não me sentia.
Chegando a escola Ali fomos os dois buscá-la na sala. Nina foi abraçada em minhas costas me dando vários beijos nos ombros até o caminho e quando Alice nos viu juntos veio correndo até nós.
– Papai! - Correu para os meus braços. - Que surpresa boa! - Pulou em meu colo.
– Sabíamos que ia gostar! - Falei sorrindo.
– Vocês vieram me buscar, foi?
– É sim amor! - Nina falou.
– Sim, vamos para casa.
– Estamos indo na vovó Edna? - Perguntou cabisbaixa.
– Não! - Neguei.
– Para onde estamos indo então...
– Para nossa casa! - Respondi animado.
– Não acredito pai, você vai morar com a gente de novo?
– Siim!!
– Não acredito! - Falou sorridente.
– Pois pode acreditar. - Nina acrescentou.
– Oba, estou tão feliz! - Bateu palma.
– Então vá pegar suas coisas e nós vamos agora mesmo! - Respondi.
– É pra já! - Saltou do meu colo e foi buscar suas coisas.
– Falei que ela iria adorar... - Nina comentou me abraçando.
– Ela é demais, não é? - Perguntei bobo pela minha filha.
Nina e Alice eram minha vida e agora eu não as largaria por absolutamente nada nesse mundo.

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