Ian
narrando
Minhas
mãos suavam frio, eu estava ansioso demais. Nina tinha aceitado ir tomar um
café comigo e agora era só torcer para que eu não fizesse nada de errado.
Aquela
manha eu tinha acordado disposto a ter Nina de novo, acordei disposto a deixar
meu orgulho de lado para tê-la e por isso nem liguei muito por ter encontrado
Julian com ela sozinhos em casa.
O caminho
inteiro até o Starbucks foi silencioso, Nina caminhava de braços cruzados e
tensa ao meu lado. Odiava essa maldita distancia entre nós, era tão
desconfortável... Queria tanto poder abraça-la, segurar sua mão, puxa-la pela
cintura e afagar seus cabelos. Queria tanto tê-la para mim novamente..
Assim que
chegamos ao Starbucks fomos terrivelmente surpreendidos por uma ilustre
presença de Megan.
Consegui
perceber nina ficar mais tensa do que já estava, sua respiração era pesada de
nervosismo pela nossa companhia.
Odiava a
ver daquela forma.
– Ian...
- Aquela voz irritante me chamou.
– O que
quer? - Perguntei grosso.
–
Finalmente consegui te encontrar. Estava há tempos te procurando.
– Já
perguntei, o que quer?
– Nossa
Ian... - Falou magoada.
– Megan,
será que tem como falar logo? Se não percebeu estou ocupado... - Passei o braço
em volta dos ombros de Nina.
– Eu só
queria conversar, faz tanto tempo... Você nem atende o celular... - Seus olhos
se encheram de lagrimas. Uma das coisas que eu mais odiava em Megan era esse
sentimentalismo, céus, esse mulher conseguia manipular qualquer um com esses
ataques repentinos.
– Acabou
com o drama? - Suspirei. - Adeus Megan... - Guiei Nina até a mesa mais afastada
do local.
Ela não
falava nada. Estava pálida e quase achei que ela estivesse passando mal. Ela se
sentou e eu me aconcheguei ao seu lado e antes mesmo de fazer nossos pedidos,
Nina colocou suas duas mãos em cima da mesa as fitando enquanto brincava com
seus dedos.
Fizemos
nossos pedidos e então ela tomou fôlego algumas vezes para começar a falar...
– Porque
está fazendo isso comigo? - Ela perguntou receosa.
– Fazendo
o que? - Perguntei desentendido.
– Você
sabe...
– Por
favor nina, vamos conversar civilizadamente.
– Por
favor digo eu Ian, não quero mais me machucar, não quero mais discutir...
– Então
não discutimos! - Peguei sua mão, entrelaçando nossos dedos. - Nins, eu vim
aqui com um propósito e eu não saio desse café sem atingi-lo. - Nina, eu amo
você, amo demais, mais do que eu posso explicar e acaba comigo ficar separado
desse jeito.
– Ian, um
relacionamento, um casamento, é muito mais do que um "eu te amo" e de
que noites de sexo...
– Ei sei
Nina, eu sei. - Suspirei. - Pequena, eu não vejo mais a Megan, você vou, eu não
atendo mais seus telefonemas. Nina, eu sei que você já não deve me amar mais
como antes, mas eu estou disposto a reconquistar seu amor, só me de uma chance.
- Peguei suas mãos e as trouxe para mim. - Acabou comigo ver Julian em nossa
casa, sozinho com você! - Eu olhava seus olhos demonstrando todo meu sentimento
nele. - Eu posso te mostrar que sou muito melhor que Julian... - Implorei para
ela.
– Hey
hey... - Me interrompeu. - Eu não estou com Julian! - Explicou.
– Não? -
Perguntei mais tranquilo.
– Não! -
Falou convicta. - Alex está com problemas com drogas e Julian veio me pedir
ajuda... - Foi como se um peso tivesse saído de minhas costas, meu peito se
encheu de alivio e por um momento eu senti esperanças de que ela voltasse para
mim.
– Então
Nins, por favor, volte para mim... - Larguei suas mãos e peguei seu rosto com
toda a delicadeza que tinha que parecia que eu tratava de uma porcelana
chinesa. Seus lindos olhos caramelo tinham um brilho que eu não via há muito
tempo e isso me deixou ainda mais feliz.
– Eu não
sei o que falar... - Sussurrou.
– Só fale
que sim, fale que vai voltar a ser minha porque eu sempre fui seu.
– Eu
sempre fui sua... - Respondeu.
Meu
coração de acelerou e eu tive a impressão de que ele fosse saltar de meu peito
de tanta felicidade. Meus olhos se encheram de lagrimas e eu sorri abertamente.
Acariciei
seu rosto com as costas da minha mão, ajeitei uma mexa de cabelo que caia em
seu rosto para trás da orelha.
– Porque
não me beija logo? - Ela falou com a respiração ofegante por causa de minhas
caricias.
Sorri em
resposta e a trouxe ao meu encontro selando nossos lábios em um beijo demorado.
Entreabri meus lábios e a língua de Nina timidamente procurou a minha. Nosso
beijo foi calmo mas ao mesmo tempo apaixonado e urgente, por mais que
tivéssemos nos beijado há poucos meses atrás parecia que não nos beijávamos a
séculos, nossas línguas cerravam uma batalha de caricias deliciosa como se
fosse uma dança de acasalamento ou algo assim. Emaranhei meus dedos em seus
cabelos e suas mãos me puxavam para ela pela minha gola da camisa entreaberta,
intensificando nosso beijo. Por mais que tivéssemos a impressão de que esse
beijo nunca fosse acabar, ele foi diminuindo de intensidade até que ser
terminado em vários selinhos e uma mordida em meu lábio inferior.
– Você
não faz ideia o quanto eu estou feliz. - Falei.
– Não
mais do que eu. - Respondeu sorridente.
– Te amo!
- Falei.
– Eu amo
mais. - Falou em meio a beijos. - Temos que buscar uma princesa na escola... -
Sorriu.
– Não
vejo a hora de arrumar minhas coisas e voltar para nossa casa com a nossa
princesa! - Falei animado.
– De onde
você não deveria ter saído... - Adicionou.
– O que
acha de fazermos uma surpresa para Ali e irmos pegá-la mais cedo?
– Ótima
ideia. - Sorriu me dando mais um beijo.
Pegamos
nossos cafés e voltamos para casa onde pegamos meu carro e juntos seguimos para
escola de Alice. Era indescritível a felicidade que eu estava Sentindo. Parecia
que eu tinha voltado a viver novamente, parecia que meu coração tinha voltado a
bater normalmente. Era tão bom estar ao lado de Nina, poder abraça-la, poder
roubar inúmeros beijos dela nos sinais vermelhos, poder chamá-la de minha e de
pequena novamente... Me sentia inteiro como há medes não me sentia.
Chegando
a escola Ali fomos os dois buscá-la na sala. Nina foi abraçada em minhas costas
me dando vários beijos nos ombros até o caminho e quando Alice nos viu juntos
veio correndo até nós.
– Papai!
- Correu para os meus braços. - Que surpresa boa! - Pulou em meu colo.
–
Sabíamos que ia gostar! - Falei sorrindo.
– Vocês
vieram me buscar, foi?
– É sim
amor! - Nina falou.
– Sim,
vamos para casa.
– Estamos
indo na vovó Edna? - Perguntou cabisbaixa.
– Não! -
Neguei.
– Para
onde estamos indo então...
– Para
nossa casa! - Respondi animado.
– Não
acredito pai, você vai morar com a gente de novo?
– Siim!!
– Não
acredito! - Falou sorridente.
– Pois
pode acreditar. - Nina acrescentou.
– Oba,
estou tão feliz! - Bateu palma.
– Então
vá pegar suas coisas e nós vamos agora mesmo! - Respondi.
– É pra
já! - Saltou do meu colo e foi buscar suas coisas.
– Falei
que ela iria adorar... - Nina comentou me abraçando.
– Ela é
demais, não é? - Perguntei bobo pela minha filha.
Nina e
Alice eram minha vida e agora eu não as largaria por absolutamente nada nesse
mundo.
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