sábado, 11 de agosto de 2012

Capítulo 2- Questions

Ah como eu amo Nova Iorque...
Acho que eu já estava dentro daquele carro a uns quarenta minutos e eu precisava buscar Alice na escola mas não estava nem na metade do caminho. Minha vontade era de sair do carro e ir ape mesmo até a escola dela e voltar para pegar meu carro por que pelo jeito que tudo estava parado meus planos seriam tranquilamente possíveis de se realizar.
Eu só queria pegar minha filha, tomar um banho pra colocar uma roupa mais leve e ficar o resto do dia em casa. Era pedir demais, NY?
Me ajeitei no banco arrumando uma posição mais confortável e liguei o rádio. Uma música conhecida e animada começou a tocar prendendo minha atenção e quando percebi já estava estacionada em frente ao prédio colorido onde deixava minha filha todas as manhas.
Assim que entrei na sala de Alice ela veio correndo até mim de braços abertos pulando em meu colo.
– Mamãe! - Abraçou meu pescoço. - Puxa, como você demorou...
– Aw me perdoe princesa, mas estava muito transito e eu acabei saindo um pouco mais tarde da faculdade. - Expliquei.
– Tudo bem, eu fiquei brincando com a tia Lucy de massinha... - Deu de ombros.
– Que bom - Sorri enquanto pegava sua mochila rosa do canto da sala. - Agora vamos para casa ver o papai?- Sugeri.
– Vamos!! - Falou animada.
Seguimos para o carro e eu coloquei Alice na cadeirinha e não demorou muito para ela começar a me contar o que tinha feito na escola.
– E então eu papei e depois me deram um mama e eu voltei a brincar. - Sorriu terminando de relatar seu dia. - A tia queria me colocar para dormir mas eu não quis... - Franziu o cenho fazendo cara de emburrada.
– Então você não dormiu de tarde?
– Nem um soninho! - Falou orgulhosa.
– E não esta com nem um pouco de sono?
– Nem um pouquinho! - Continuou com o tom vitorioso.
– Então tudo bem, vamos brincar bastante hoje quando chegarmos.
– Uhum! - Concordou pegando seu urso que estava no banco do carro e o abraçando.
Diminui a música do carro e a deixei quietinha. Alice ficou pensativa por um tempo com o olhar fixo na janela do carro. Por um momento achei que ela fosse dormir com o embalo do carro mas então ela soltou um suspiro pesado e me chamou.
– Mamãe... - O tom de sua voz era um tanto curioso e eu estava esperando uma daquelas perguntas sem respostas. - A vovó Edna é mamãe do papai, né? - Ultimamente Alice vinha perguntando muitas coisas sobre seus familiares e pelo que eu tinha entendido, família era o que ela e sua turma estavam aprendendo esse semestre na escola. Não que ela não soubesse já o grau de parentesco de cada pessoa, mas agora estava vendo o assunto mais afundo.
– Isso mesmo...
– O vovô Rob é papai do papai né?
– Uhum!
– E você? Quem é a sua mamãe e o seu papai? - Perguntou confusa me deixando assustada. Por essa eu não esperava... Alice nunca tinha perguntado sobre sua família materna antes e por alguns segundos fiquei com muito ódio da escola por estar fazendo minha filha perguntar sobre esse assunto prematuramente.
Fiquei longos segundos calada pensando em uma resposta a altura de uma criança de sua idade.
– Bom... Os papais da mamãe você não os conhece Ali. Eles moram em outro lugar bem longe de nós... - Expliquei. Um dia eu iria contar a verdade para ela, quando ela tivesse maturidade o suficiente para conversarmos sobre isso, mas por enquanto eu ia omitindo os fatos. - Você não lembra deles porque quando eu e o seu pai morávamos na cidade deles você era muito pequena e estava na barriga da mamãe ainda... - Respirei fundo um tanto mais leve quando ela pareceu engolir minha história. - Porque a pergunta, Ali?
– A tia Rosi pediu foto dos nossos vovós...
– Entendi! Mas a mamãe não tem foto dos seus avós...- Não tinha mesmo, rasguei todas quando as tive em mãos. - Estão todas na casa antiga...
– Tudo bem... - Falou cabisbaixa. - Posso levar uma foto da dinda Can e do dindo Micheal no dia dos tios?
– Claro que pode!
– Oba! - Bateu palma. - Já estamos chegando?- Perguntou entediada. - Será que meu papai já esta em casa?
– Já estamos sim. E tenho certeza que seu pai já chegou e esta impaciente esperando por nós - Sorri. Ian e Alice eram muito apegados, era lindo de se ver, parecia carne e unha... Mas Tenho que confessar que muitas vezes ficava até com ciúmes dos dois, tanto é que teve uns tempos que era só papai e ela se esquecia da minha existência.
– Papai! - Ela saiu correndo para o colo de Ian assim que entramos em casa enquanto eu fechava a porta de casa e deixava as bolsas no canto da sala. Pelo visto ele tinha acabado de chegar de um compromisso com o seu pai e estava deliciosamente vestido de terno e gravata ainda.
– Oi minha princesa! - Sorriu a abraçando. - Olá meu amor! - Olhou sedutor para mim quando eu sentei ao seu lado no sofá o abraçando.
– Uuh de terno e gravata... Gosto do que vejo...- Falei maliciosa chegando perto do rosto dele quando Alice tinha saído do seu colo para pegar um brinquedo no quarto.
– Sabia que ia gostar - Apoiou a cabeça em meu ombro beijando meu pescoço. - Apesar de que você me preferir sem... - Falou me fazendo corar.
– Alguém não dormiu essa tarde... - Sorri dando leves beijos nele.
– Então teremos muito tempo sozinhos essa noite...
– Uhum... - Levantei seu rosto na altura do meu e tomei seus lábios para mim.
Ian me puxou para seu colo apertando minha cintura e minhas coxas tentando aprofundar nosso beijo mas logo tive que nos separar porque os passinhos lentos de Alice mostravam que ela estava chegando perto da escada. Era sempre assim, quando o clima começava a esquentar, nossa filha chegava e acabava a nossa farra...
– Uh precisamos de um tempo sozinhos,pequena... - Falou manhoso quando eu me acertei no acento do sofá.
– Ela já dorme - Ri de sua frustração.
– Mamãe, to com fome! - Ela chegou na sala segurando uma de suas bonecas.
– Opa, isso é bom! - Sorri animada. - Vou fazer uma janta para nós três e o que acha de você... - Apontei para Ian. - E você - Apertei o nariz dela. - Irem tomar banho enquanto a comida não esta pronta e irem brincar lá no quartinho dos brinquedos para não vir fazer bagunça na sala?
– Vamos lá então filha que sua mamãe esta expulsando a gente daqui... - Ele se fez de magoado e pegou a mãozinha de Alice para subirem as escadas.
– Vou te expulsar de outro lugar senhor Somerhalder! - Bati de leve em sua bunda o provocando.
– Ih, patroa estressou princesa... - Riu pegando Alice que dava altas gargalhadas no colo e subindo a escada correndo com ela no colo para fugir de mim.
...
– Tadinha, ela não se aguentava mais em pé... - Sentei ao lado de Ian na cama passando creme nas pernas.
– Assim como o pai dela... Ugh minhas costas estão pegando fogo. Meu pai ainda insiste em querer passar as ações dos negócios do Canadá para meu nome e Alice ainda insiste em querer me fazer de cavalinho. - Afundou o rosto no travesseiro. - De cem palavras que eu ouvi por minuto naquela reunião, nem cinquenta e cinco entrou em minha cabeça... Só ecoa um blá blá blá e nada mais! - Murmurou.
– Calma, isso já passa, mês que vem isso já vai ter acabado e você não vai mais precisar se preocupar e daqui a pouco nossa filha cresce e você vai ter saudades de coloca-la nas costas. - Sentei em suas costas passando um pouco de creme para começar uma massagem. - Agora relaxe... - Espalhei em seus ombros e braços os apertando forte.
– Aaah benditas mãos... - Gemeu e eu sorri vitoriosa.
– Gosta? - Perguntei.
– Demais...
Continuei o massageando, deixando minhas mãos acariciarem sem pudor suas costas e os ombros, eu o apertava com força mas ao mesmo tempo com cuidado e recebia gemidos de aprovação ou uns "isso" sussurrados. Depois de um tempo ainda em suas costas o virei de frente para mim pra que eu continuasse com meus toques em seu peitoral. Contornei cada detalhe dele, contornando seus músculos bem definidos e o arranhando de vez em quando. Me debrucei nele e fui o beijando desde os lábios até seu umbigo, fazendo uma trilha molhada de beijos e contornando seus mamilos com a ponta da língua.
Ian se colocou sentado e eu abracei sua cintura com as pernas o beijando avidamente. Suas mãos foram para debaixo da regata de seda leve que eu usava e subiu diretamente para os meus seios me massageando e brincando com eles, depois foram para minhas costas as acariciando com a ponta dos dedos e me puxando para mais perto dele.
Seu membro começou a crescer contra o meu centro me deixando desvairada de desejo e só pra provoca-lo rebolei contra ele recebendo gemidos baixos de aprovação. Incrível como uma simples e inocente massagem se transformava nisso tudo...
– Por favor, não me provoque desse jeito... - Agarrou minha cintura me mantendo ali. Novamente comecei a me mover como se estivéssemos encaixados e Ian deitou a cabeça no vão entre meu ombro e meu pescoço enquanto me movia.
Não tínhamos tempo o suficiente para aproveitar dignamente um do outro principalmente quando Alice podia entrar no quarto a qualquer momento. Preliminares era um luxo que não tínhamos mais depois que nossa filha nasceu. Oportunidades como essa eram raras então tínhamos que aproveitar ao máximo.
Senti o tecido de sua box ficar molhado assim que aumentei a velocidade das "investidas" em sinal de que ele tinha chego ao seu clímax um pouco antes de mim. Enquanto nos recompúnhamos fiquei sentada em seu colo ainda mas assim que sua respiração começou a se estabilizar o puxei para outro beijo.
A parte de cima de meu pijama foi parar no chão do quarto e eu fui deitada bruscamente no colchão.
– Pedi para não me provocar! - Se sentou em cima de mim me olhando com o máximo de malícia que conseguiu. Meu corpo inteiro se arrepiou e eu arqueei o tronco para ele quando seus lábios tocaram o vale entre meus seios.
Um chorinho baixo soou na babá eletrônica e Ian gemeu em reluta se jogando na cama.
– Minha vez.... - Sorri.
– Claro né, não quer que eu vá nesse estado ver Alice... - Apontou para seu membro.
– Não vou nem olhar - Ri me levantando da cama e pegando meu pijama do chão e o vestindo.
Sai do quarto e entrei no de Alice a encontrando sentada na cama e chorando em prantos. Ela nunca chorava de noite, principalmente quando tinha tido um dia agitado como esse, então ela deveria só ter tido um pesadelo e logo eu poderia voltar para cama com Ian.
– Pronto, mamãe esta aqui - A peguei no colo. - Pronto, foi só um sonho... - Acariciei seus cabelos. - Pronto, pronto... - A aninhei em meu peito e a ninei cantarolando uma música.
– Mamãe? - Perguntou chorosa.
– Isso, mamãe aqui, dorme, foi só um sonho...
Continuei a ninando e em uns dez minutos seu corpo amoleceu e ela se entregou. Tentei a colocar na cama mas suas mãozinhas me seguraram em sinal de que não queria deixar meu colo. A ninei mais um pouco e tentei coloca-la de novo na cama mas novamente ela me segurou.
Suspirei derrotada e a levei para o quarto comigo.
– Alguém não esta afim de dormir no quarto sozinha hoje... - Sussurrei entrando no quarto com ela no colo.
– Adeus nossa noite de amor. - Ian riu abrindo espaço na cama para ela.
– Pronto, esta na cama da mamãe... - Falei em seu ouvido e a coloquei na cama.
– Ainda bem que eu amo muito essa princesa... - Ian bufou a puxando para si para dormir abraçado nela. - É melhor eu ficar bem longe de você por essa noite...
– Boa noite amor... - Falei segurando o riso e me virei para outro lado.

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